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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ato político em frente ao Consulado da Venezuela/RJ: LBI denuncia provocações fascistas contra governo Maduro e defende o armamento popular para derrotar os agentes do imperialismo!




TROTSKY AINDA VIVE! 

"Nahuel Moreno está cambaleando. Não sabe se cai nos braços de Adam Smith ou nos braços de Barak Obama. Enquanto isso Valério Arcary (teórico do PSTU) que defende a revolução com distribuição de biscoitos, pirulitos e bandeiraços, está se borrando todo diante dos movimentos sociais de massa que defendem a ação direta"...


Por Liga Bolchevique Internacionalista

A militância da LBI se fez presente no ato político contra as provocações fascistas ao governo Maduro. A atividade ocorreu no final da tarde desta ultima terça-feira (25/02) em frente ao Consulado da Venezuela na capital fluminense localizado na Av. Presidente Vargas, 463, no centro do Rio de Janeiro. Cerca de 150 ativistas se fizeram presentes, representando diversas correntes políticas entre elas o PCB, Esquerda Marxista (PT), PCR, PCML/Jornal Inverta, Brigadas Populares, PCdoB, Levante Popular da Juventude, MST e CTB. Ao final do ato, provocadores de direita ligados ao fascista Jair Bolsonaro (PP) apareceram no local, mas logo se retiraram ante o repúdio militante dos presentes que gritaram em viva voz que “Fascistas, não passarão!”. Nem a CST e a LSR (PSOL), assim como a LER-QI e, muito menos, o PSTU compareceram a atividade, o que reforça seu apoio velado às manifestações da direita sob o manto da política supostamente abstencionista de “nem o MUD nem Maduro”. A LBI usou o megafone disponibilizado no ato para defender em sua fala a unidade de ação com o “chavismo” e as forças populares que o apoiam para derrotar os golpistas. Desde já alertamos aos ativistas presentes que os fascistas somente serão derrotados com o armamento popular e não por meio das FFAA “bolivarianas” como assegura o governo Maduro, já que elas são o principal sustentáculo de manutenção do Estado burguês. Frente a uma crise revolucionária profunda, invariavelmente as forças armadas se colocam contra o movimento de massas e em defesa da ordem capitalista como já vimos no Chile de Allende.

Todas as falas das organizações políticas presentes, a exceção da LBI, saudaram a revolução bolivariana e o chamado “Socialismo do Século XXI”, sem qualquer crítica. Nossa corrente trotskista, ao contrário, pontuou que apesar de ter chamado a votar criticamente em Maduro nas eleições presidenciais de 2013 não apoiava seu limitado programa nacionalista burguês, que acabava por sua natureza de classe por favorecer as investidas do fascismo. Esclarecemos, entretanto, que nossas profundas diferenças com o “chavismo” jamais seriam motivos para não estar na mesma trincheira de luta contra os agentes pró-imperialistas. Defendemos que os trabalhadores se armem e formem milícias populares para garantir a permanência de suas conquistas operárias e seus direitos sociais rumo à expropriação do conjunto da burguesia. Nesse sentido, demos como exemplo a Ucrânia, onde a covardia do governo Viktor Yanukovych possibilitou que as hordas fascistas tomassem as ruas de Kiev e o depusesse. Um panfleto dedicado a esta questão foi amplamente distribuído e debatido com os presentes pela militância da LBI.

O debate sobre a Ucrânia esteve bastante vivo no ato em defesa da Venezuela. Nossa crítica marxista à vergonhosa conduta do Partido Comunista da ex-replública soviética (PCU), que não mobilizou os trabalhadores para barrar o golpe da direita que depôs Viktor Yanukovych, jogando todas suas expectativas na ação das forças policiais, serviu como alerta no ácido debate sobre o que vem ocorrendo na pátria de Hugo Chávez. O fato das tropas de elite das FFAA da Ucrânia terem pedido desculpas públicas ao “novo” governo golpista e aos fascistas, demonstra bem que sob as FFAA tanto de lá como da Venezuela não podem repousar ilusões democráticas ou “constitucionalistas”. Ao mesmo tempo o “acordo” que Yanukovych havia assinado dias antes, no qual ele fazia enormes concessões à direita, foi jogado no lixo assim que esta se sentiu fortalecida para impor o golpe. Este fato demonstra que também os chamados de Maduro a uma “Conferência Nacional de Paz” com participação da direita liderada por Henrique Capriles é o caminho para a derrota na medida em que desmoraliza o movimento de massas. Capriles espera que os fascistas ligados a López sangrem Maduro até o “referendo revogatório” que se realizará em 2015 e se convoquem eleições antecipadas onde o MUD saia vencedor. Trata-se de uma clara divisão de tarefas orquestrada pelo imperialismo!

Ao final do ato, provocadores fascistas ligados ao deputado Jair Bolsonaro apareceram em frente ao Consulado da Venezuela, mas foram rechaçados pelos presentes. Da mesma forma como fizemos no ato do Rio de Janeiro deste dia 25/02, o proletariado venezuelano deve responder à reação fascista com uma demonstração de força em defesa da ampliação das conquistas sociais da classe operária e de repúdio aos golpistas, forjando no calor da batalha um programa genuinamente comunista de completa ruptura com o nacionalismo burguês. A vanguarda classista deve protagonizar ações diretas, contemplando uma plataforma de ocupações de fábricas, nacionalizações de grupos econômicos sob o controle dos trabalhadores e socialização do latifúndio. A tarefa que se impõe nesta polarizada conjuntura, acompanhando a evolução política das massas, é a construção do partido operário revolucionário, única forma de combate consequente ao Estado capitalista, cabendo à vanguarda do proletariado adotar uma política de “estimular” as tendências de radicalização do setor popular e camponês do nacionalismo burguês para que se choque com os limites impostos pelo próprio Maduro e a direção do PSUV a frente do governo!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Diante da covardia de Ianukovitch, neofascistas tomam Kiev e ameaçam colocar o país em guerra civil. Revisionistas da LIT/ PSTU se perfilam mais uma vez no campo do nazi-imperialismo.



Por Liga Bolchevique Internacionalista

O presidente da Ucrânia, Viktor Ianukovitch, diante da pressão das turbas neofascistas que ocuparam a praça Maidan, abandonou covardemente a capital Kiev, deixando que os parlamentares do partido Pátria (ultranacionalista) empossassem um novo governo pela via de um golpe de estado. A Rada (parlamento) nomeou Oleksandr Turtchinov, um extremista de direita, como novo presidente interino do país, até a realização de eleições gerais no final de maio. A ex-primeira ministra Yulia Tymoshenko, líder da oposição pró-imperialista, foi libertada da prisão pelo novo governo, onde cumpria pena por corrupção. Os EUA e a União Europeia já reconheceram de pronto a legitimidade do novo governo golpista e ameaçaram a Rússia a não intervir na situação ucraniana sob pena de retaliações econômicas e militares. Diante das concessões políticas cada vez mais vergonhosas de Ianukovitch em relação às demandas da oposição conservadora, os bandos neofascistas que infestam Kiev tomaram conta da situação, impondo a fuga do presidente. Um deputado do Partido das Regiões, de Yanukovitch, que afirmou a sua oposição ao novo governo da coligação direitista foi retirado da Rada e levado para a Praça algemado, com um cartaz onde se lia a palavra “Traidor!”. Monumentos em Kiev que prestavam homenagem aos heroicos combatentes que derrotaram as forças nazistas na Segunda Guerra Mundial foram todos destruídos, na mesma vaga reacionária que anteriormente já tinha atacado as estátuas dos lideres soviéticos. O dirigente de outro partido ultranacionalista pediu a expulsão dos “comunistas, dos judeus e da escumalha russa”. Por outro lado, regiões do país que sofrem forte influência histórica da Rússia, prometem reagir à ofensiva neofascista e já anunciaram que não reconhecem o novo governo golpista, que quer banir da Ucrânia o idioma russo e cortar as relações econômicas e militares com a antiga “pátria socialista”. Uma guerra civil está se delineando no conturbado cenário nacional ucraniano, onde ao mesmo tempo em que se organizam e se fortalecem os bandos nazistas, todos financiados pelos EUA, é patente a ausência de um partido revolucionário de massas que se coloque na vanguarda social do enfrentamento de classe com os ultranacionalistas “amantes de Washington”.

No teatro das operações geopolíticas da região, considerando que a Ucrânia joga um papel estratégico para toda a Europa, o país ainda é considerado o “celeiro” do velho continente, o governo russo se mostra cauteloso com a possibilidade de uma intervenção direta no conflito. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, considerou que “a legitimidade de uma série de órgãos de poder na Ucrânia levanta sérias dúvidas”, segundo declarou a AFP: “Se considerar que as pessoas que passeiam em Kiev com máscaras negras e Kalashnikovs são o governo, então será difícil de trabalhar com um governo assim”. Foi a primeira resposta política muito tímida ao afastamento no sábado de Ianukovitch com quem o Presidente russo, Vladimir Putin, assinou em dezembro um acordo de cooperação econômica que canalizaria para os cofres ucranianos 15 bilhões de Dólares e que está agora seriamente em dúvida (a ligação comercial da Ucrânia com a UE tanto defendida pelos nazifascistas poderá arrastar o país para uma bancarrota, similar a vivida hoje pela Grécia e Espanha). Acontece que tanto Putin como o ex-presidente ucraniano, que se revelou completamente incapaz de enfrentar a reação interna com medidas operárias e progressistas, são herdeiros diretos do processo restauracionista que liquidou os estados “socialistas” do Leste Europeu. Como Marxistas Revolucionários sabemos muito bem que a Rússia de hoje pouco tem a ver com o antigo Estado Operário Soviético, que apesar da burocratização Estalinista “carregava” imensas conquistas históricas para o proletariado. Porém, mesmo absolutamente conscientes da natureza de classe do governo Putin, ou do próprio partido das Regiões (o PR ainda conta com mais de um milhão de militantes) não nos omitiremos de convocar a classe operária ucraniana para conformar uma poderosa Frente Única Antifascista, baseada no método da ação direta para derrotar a reação interna e o imperialismo.

O Partido Comunista da Ucrânia, que observou muito passivamente o desenrolar dos acontecimentos que hoje ameaçam inclusive a integridade física de todos os seus militantes, diante da covarde fuga de Ianukovitch, emitiu ontem (23/02) o seguinte comunicado: “Caros camaradas comunistas! Dirijo-me a vós em um dos momentos mais dramáticos da história do nosso país. Durante os trágicos acontecimentos dos últimos três meses foi derramado sangue, morreram pessoas. Foi ameaçada a integridade territorial da Ucrânia e a sua própria existência como Estado unificado, independente, soberano... Nas circunstâncias que se criaram, a nossa tarefa mais importante é manter a estrutura e os quadros do partido, estar vigilantes, não sucumbir às provocações. É importante aproveitar todas as oportunidades para esclarecer os trabalhadores sobre a natureza do golpe ocorrido e o perigo das suas consequências para os cidadãos comuns — uma acentuada deterioração da economia, o aumento do desemprego e dos atrasos no pagamento dos salários e pensões, o aumento dos preços e tarifas, uma criminalidade desenfreada, um ainda maior empobrecimento do povo.A direção do Partido e o nosso grupo parlamentar na Rada Suprema da Ucrânia farão todo o possível nestas dificílimas condições para defender os interesses dos trabalhadores, salvaguardar o Partido, preservar a integridade da Ucrânia.” Como facilmente pode-se aferir na mensagem política do PCU não há nenhum chamado a uma ação enérgica do proletariado para aplastar o golpe neofascista, mais além das justas preocupações com a vida de seus militantes em uma etapa onde a ofensiva imperialista sobre o país só tem paralelo na história recente da Europa com a agressão militar da OTAN a Iugoslávia. O PCU padece do mesmo “vírus” dos partidos comunistas que sucumbiram completamente no pântano do reformismo burguês, por isso é impotente para levantar um programa revolucionário, e sequer faz menção à necessidade de se construir um novo poder no país, baseado na unidade socialista dos povos irmãos da Rússia e Ucrânia.

Como já tem sido uma “tradição” nefasta dos Morenistas nestas últimas décadas, a LIT/PSTU perfilou-se mais uma vez no campo do imperialismo e do fascismo na crise política e social que atravessa a Ucrânia. Mal se recomporam da apologia que fizeram da intervenção militar da OTAN que destruiu a Líbia, batizada por estes canalhas Morenistas como “revolução”, novamente consideram as forças abertamente reacionárias e pró-imperialistas na Ucrânia como um “levante popular” (SIC!). Vejamos o que afirma o PSTU em seu artigo mais recente sobre a questão: “Em primeiro lugar, é preciso desmistificar que o levante na Ucrânia se trata de um golpe da direita, tal como anunciado pelo governo Víctor Yanukovych, e como quer ‘acreditar’ a esquerda stalinista.” (Sítio eletrônico do PSTU, 24/02). Se para estes “ratos” da LIT o Partido Pátria (ultranacionalista) do novo presidente empossado pela Rada, Turchinov, e também da ex-primeira ministra fascista Yulia Tymoshenko não pode ser considerado de “direita”, então é melhor “diplomar” logo os governos Obama, Cameron e Merkel como autenticamente “populares”... Nós da LBI ao contrário destes pústulas que enlameiam o legado de Trotsky, afirmamos que o novo governo ucraniano é produto de um golpe de direita, de caráter abertamente fascista e que ameaça a classe operária, da mesma forma quando Hitler assumiu o poder na Alemanha pela mãos do Reichstag controlado pelos parlamentares nazistas. Se faz necessário a denúncia política destes impostores (pró-imperialistas) da LIT/PSTU como uma organização que não tem o menor “fio de ligação” com o programa histórico da IV Internacional e com o genuíno Trotsquismo. Com dirigentes bolcheviques do quilate de Lenin e do “velho” León, aprendemos desde muito cedo que o fascismo deve ser combatido pelo proletariado com o método da ação direta nas ruas, e é exatamente esta a tarefa política que hoje se coloca na Ucrânia.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Movimento “Não vai ter copa”: Lutar por um programa revolucionário ou se abster de intervir deixando-o sob a influência da direita e do PIG?



Por Liga Bolchevique Internacionalista

A LBI vem intervindo nos chamados “Comitês populares da Copa do Mundo” e impulsionando no seu interior uma orientação classista e revolucionária. Trataremos de dar este combate nas manifestações marcadas para este 22 de fevereiro em todo país contra a mafiosa Fifa e seu meganegócio capitalista. No curso desta luta política nos delimitamos tanto com o PSTU/PSOL que defendem uma “Copa Popular” como com os setores da direita que estão presentes neste movimento. 

Além disso, denunciamos a política abstencionista do PCO, que se nega a dar a batalha política no interior destes fóruns. Sintomático neste debate é que foi divulgado no sitio de Causa Operária na internet, uma palestra de Rui Pimenta, presidente desta seita revisionista, onde este ataca ferozmente os Comitês populares contra a Copa do mundo da FIFA no Brasil, nos "mostrando" entre outras coisas que estes fazem o "jogo" da direita, em um discurso muito próximo do PT/PCdoB e da frente popular. Em seu site acrescenta mais: “o ‘Não vai ter Copa’ servirá para que a direita faça sua propaganda. Desta forma, manifestantes (na sua maioria jovens) viram meras peça neste jogo eleitoral entre a direita e o PT. 

Pior, servindo justamente ao setor mais reacionário.” (site PCO, 17/02). A base dos ataques de Rui a estes Comitês se dá no sentido de que segundo ele, “não há objetivos e nem reivindicações concretas” destes, que esses espaços se resumem a “propaganda e conversa” composto por “coxinhas”, como afirma também neste mesmo artigo. As posições de Causa Operária sobre estes Comitês é de que, pelo vazio de uma política de enfrentamento claro contra a burguesia, resulta inevitavelmente em uma articulação da direita e do imperialismo, visando desgastar o provável crédito eleitoral do PT capitalizado com o mundial de futebol. Desta forma, o PCO defende na prática o abstencionismo que favorece o PT e a própria direita.


É interessante notar que, apesar da fraseologia “esquerdista”, o PCO reconhece que motivos para a luta dos trabalhadores e da juventude tendo como eixo as questões relacionadas à Copa não faltam: “A revolta contra a Copa tem motivos? Sem dúvida. Este jornal já denunciou em inúmeras oportunidades a política do PT e de seus aliados que, usando a Copa do Mundo como pretexto, promoveu remoções, ampliou as UPPs, aprovou leis repressivas, beneficiou setores empresariais etc” e que grandes eventos como a Copa são na realidade (...) “grandes instrumentos de propaganda para a classe operária. Foi usado por Mussolini na Itália e Videla na Argentina. 

O PT, copiando um esquema antigo da direita, trouxe os megaeventos para o Brasil para fazer propaganda” (site do PCO, 17/02). Neste sentido, embora concordamos que há um aprofundamento do recrudescimento do regime político burguês no país – que acompanha a tendência mundial – e que os setores da direita recalcitrante mais próximos ao imperialismo vem se articulando com o intuito de se recuperarem eleitoralmente, fortalecendo uma agenda ultradireitista apertando a faca contra a goela dos burocratas petistas, não isenta de forma alguma a política covarde e capituladora do PCO à frente popular.


Pelo contrário, a obrigação de uma organização que se diz marxista e revolucionária é justamente atuar nestes movimentos demarcando uma posição comunista contra as tentativas da burguesia de pauta-los como ocorreu com as manifestações multitudinárias de junho passado, onde pela falta de uma política correta e centralizada dos revolucionários, o PIG influenciou diretamente os rumos do movimento.

 Como vimos defendendo em nossa intervenção nos comitês de São Paulo e Fortaleza, os revolucionários devem atuar nestas organizações populares dotando-as de um programa revolucionário, denunciando a farsa da democracia dos ricos e propagandeando o socialismo, permitindo um avanço no nível de consciência política das massas num período de profundo retrocesso ideológico entre a classe, marcado por um anticomunismo característico do processo de auge da contrarrevolução mundial em que vivemos, aberto qualitativamente com o fim da URSS defendido vergonhosamente pelo PCO. 

O engraçado é que enquanto abre mão de disputar a consciência da classe contra a pequena burguesia e a direita nestes comitês populares, CO rompeu com todo critério de classe para apoiar os “rebeldes” da CIA na Líbia e Síria no início da chamada “Primavera Árabe”, caracterizando estes como revolucionários quando defendiam abertamente a contrarrevolução imperialista e a recolonização do Oriente Médio e do Norte da África. Ou quando de forma totalmente oportunista fora do tempo e do espaço defendeu de forma ridícula recentemente uma nova constituição burguesa com um viés extremamente reformista. Dessa forma, todo o catastrofismo dessa gente vai ao ar quando se necessita de sua atuação política prática, saindo do mundo das fantasias.

Abandonar as massas trabalhadoras que estão sendo despejadas em massa de seu local de moradia pela especulação imobiliária potencializada com o evento da FIFA e a juventude pobre e negra que serão as maiores vítimas do incremento da máquina repressiva do Estado burguês decorrente diretamente do mundial de futebol, deixando-os sob a influência do PIG com a desculpa de não haver “ação concreta” é a pior das traições, um rompimento com toda a tradição bolchevique. De nossa parte, não esquecemos o conselho de Lenin quando nos diz: “Para saber ajudar a ‘massa’ e conquistar sua simpatia, adesão e apoio é preciso não temer as dificuldades, mesquinharias, armadilhas, insultos e perseguição dos ‘chefes’ (que, sendo oportunistas e social-chauvinistas, estão, na maioria das vezes, relacionados direta ou indiretamente com a burguesia e a polícia). Além disso, deve-se trabalhar obrigatoriamente onde estejam as massas. É necessário saber fazer todas as espécies de sacrifícios e transpor os maiores obstáculos para realizar uma propaganda e uma agitação sistemática, pertinaz, perseverante e paciente exatamente nas instituições, associações e sindicatos, por mais reacionários que sejam, onde haja massas proletárias ou semiproletárias.” (Lenin, “Esquerdismo, doença infantil do comunismo”). Em resumo, diante da ofensiva da direita e da frente popular, os leninistas devem intervir no movimento “Não vai ter copa” para denunciar o conjunto da democracia dos ricos e não agir como avestruz, em um abstencionismo covarde como prega o PCO. Os recentes ataques desde a esquerda e do PIG contra as manifestações populares, com sua uníssona Lei Antiterror, só reafirmam a necessidade desta dura batalha!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

COMISSÃO DA VERDADE QUER SABER COMO QUARTÉIS VIRARAM FILIAIS DO INFERNO


Por Celso Lungaretti (*)

Por fora, o DOI-Codi de SP era assim...
A Comissão Nacional da Verdade exige que as Forças Armadas apurem como sete instituições militares foram transformadas em centros de tortura durante a ditadura de 1964/85.

Segundo o coordenador do colegiado, Pedro Dallari, elas têm o "dever de investigar" tal desvio de finalidade: 
"Esse desvio não foi algo ocasional, não foi algo eventual. Houve um padrão, foi rotineira e administrativamente organizado. (...) O desvirtuamento do uso, em si, já é um dano ao erário, na medida em que aquele espaço se destina às funções constitucionais das Forças Armadas e não foi utilizado para tal".
Requerimento neste sentido foi entregue nesta 3ª feira (18) ao ministro da Defesa, Celso Amorim. A comissão pede a instalação de sindicância interna e a punição administrativa dos responsáveis. 

Contar pormenorizadamente a história desses horrores é válido -eu diria até obrigatório. Espero que a tal sindicância forneça os elementos necessários. 

...e por dentro, mais ou menos assim.
Já a disposição de punir os coadjuvantes menores do terrorismo de estado chega com décadas de atraso; o momento certo seria 1985, quando o Brasil saiu das trevas.

A metamorfose de algumas dependências de quartéis e distritos policiais em filiais do inferno se deu no final dos anos 60 e início dos '70. É pra lá de improvável que quem comandou tais adequações ainda se encontre no serviço ativo. 

Ademais, seria patética a punição dos envolvidos na montagem do cenário para as torturas antes da punição dos que as ordenaram e dos que as executaram. Comer pelas bordas não é a solução neste caso. 

E a Casa da Morte de Petrópolis (RJ), onde pelo menos 19 resistentes foram abatidos como animais? Um empresário alemão, provavelmente saudoso do nazismo, cedeu o imóvel. Mas, não seria o caso de investigarem-se também, do ponto de vista administrativo, os detalhes de sua adaptação e manutenção? Como a ordem partiu do então ministro do Exército Orlando Geisel, o principal culpado já é conhecido. 

As sete instituições listadas são aquelas contra as quais foram apresentadas mais queixas pelos torturados: os DOI-Codi's do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Recife; a 1ª Companhia da Polícia do Exército da Vila Militar, no RJ; o quartel do 12º Regimento de Infantaria do Exército, em Belo Horizonte; a base aérea da Ilha das Flores e a base aérea do Galeão, ambas no RJ.

São 19 as execuções confirmadas na Casa da Morte
Certifico e dou fé que as torturas grassavam soltas em três delas:
  • no DOI-Codi do RJ, instalado no quartel da Polícia do Exército da rua Barão de Mesquita, onde tanto me fizeram que passei perto de enfartar aos 19 anos de idade;
  • na PE da Vila Militar, onde me estouraram o tímpano; e
  • no DOI-Codi de SP, que ficava nos fundos de uma delegacia da rua Tutóia (era onde eu pernoitava quando me traziam do RJ para as sessões nas auditorias do Exército, daí ter ouvido os gritos de torturados e conversado com alguns deles na cela, além de o comandante haver, orgulhosamente, me conduzido num tour compulsório pelas instalações, com direito a conhecer e a sentar na chamada cadeira do dragão).
Talvez os pais de Auschwitz e Buchenwald tivessem a mesma devoção por suas crias...

     * jornalista, escritor e ex-preso político. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Direita fascistizante e esquerda “chapa branca” se unem na cruzada reacionária da Rede Globo para o recrudescimento do regime “democrático”



Passados 33 anos da operação militar montada no ataque terrorista do Riocentro, onde a esquerda foi amplamente responsabilizada pela morte de um sargento do Exército e de colocar uma bomba no show (com a presença de vinte mil pessoas) em homenagem ao dia do trabalhador, o Estado brasileiro foi obrigado a reconhecer a responsabilidade criminal da sórdida trama urdida por generais fascistas e apoiada jornalisticamente pelo patriarca da famiglia Marinho. Mas como afirmou Marx em seu livro “O 18 Brumário de Luís Bonaparte” a história se repete primeiro como tragédia e depois como farsa, estamos assistindo a mesma famiglia Marinho montar mais uma vez um grande embuste midiático, tendo como pano de fundo a trágica morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade. Exatamente como em 1981, neste momento o objetivo das forças burguesas reacionárias é o recrudescimento do regime político, criminalizando as organizações de esquerda como “terrorista e assassina”, abrindo desta forma o caminho para legitimar a repressão estatal ao movimento de massas. 

A farsa eletrônica responsabilizando supostos ativistas do Black Bloc pela morte de Santiago começou a ser montada pela Globo logo após um repórter da própria emissora ter apontado “on line” a PM como responsável pelos disparos de bombas de “dispersão” que vitimaram o trabalhador da Band. Logo depois imagens foram veiculadas nacionalmente (comprovadas até por “peritos”, talvez da mesma cepa dos que concluíram que a bomba que explodiu no colo do militar no Riocentro foi obra dos comunistas) indicando jovens portando rojões que teriam atingindo Santiago, na sequência da “ópera bufa” surge um ativista (Fábio Raposo) que espontaneamente confessa que passou o artefato explosivo para outro manifestante que o teria lançado. Curiosamente, Fábio, provável ativista do Black Bloc, contrata um advogado ligado à máfia das milícias, Jonas Tadeu que passa a acusar o deputado Marcelo Freixo de ter ligação com Fábio. 

No capítulo posterior da pantomima aparece no interior da Bahia Caio Silva, delatado por Fábio, que também acolhe para sua defesa Jonas Tadeu, o próprio advogado que o entregou à polícia em um “espetaculoso” operativo com direito a jatinho fretado e plantão jornalístico ao vivo em plena madrugada Global, tudo isto sem “custo algum” ou pelo menos não declarado... Mas se o “miliciano” Jonas é um advogado que pratica filantropia... este não é o caso do pseudomilitante Caio Silva que ao se entregar à polícia declarou que recebia pagamento (150 Reais) por cada manifestação que comparecia e ainda por cima instigou a investigação estatal para os partidos que “aliciavam” jovens para os protestos. No mínimo, para sermos generosos, a “estranha” conduta da dupla Fábio e Caio é passível de uma investigação rigorosa por parte das lideranças do movimento de massas e da esquerda revolucionária, conhecemos muito bem o metiê sujo de infiltração realizada pelos organismos de “inteligência” do Estado capitalista e não esquecemos dos danos ao movimento causados por vermes asquerosos do calibre de um Cabo Anselmo. Também nos causa perplexidade a postura de ativistas reconhecidos como a “Sininho” e de grupos revisionistas como o “TPOR” que logo sairiam em defesa de Fábio Raposo sem ao menos aferir seu envolvimento na farsa montada pelos barões da mídia “Murdochiana”. No bojo do fraudulento “libreto” produzido pela Globo estava posto um enunciado pétreo para a reação, é necessário permanentemente criminalizar (inclusive com o rigor ácido dos cárceres) todos aqueles que são considerados seus inimigos históricos, ou seja, os que combatem na trincheira dos oprimidos por uma sociedade sem classes, onde o acúmulo material e espiritual da civilização humana não beneficie apenas um punhado de aristocratas capitalistas.



Diante do verdadeiro bombardeio midiático, onde o ataque aos Black Blocs e de “quebra” a Marcelo Freixo (PSOL) era apenas uma manobra distracionista, o alvo central é o movimento operário, o conjunto do arco político nacional (da esquerda pequeno burguesa até a extrema direita neonazista) se rendeu servilmente a “verdade” suprema das organizações Globo. O “primeiro da fila”, por motivos óbvios, foi o próprio deputado estadual carioca, que “jurou diante da cruz da santa inquisição” que seu gabinete parlamentar não presta nenhum tipo de apoio jurídico a ativistas que participam dos atos e mobilizações de protesto. Tendo um advogado que integra um comitê de apoio jurídico a militantes vítimas da repressão policial, funcionário de seu gabinete na ALERJ, Freixo argumentou covardemente que se tratava de uma iniciativa pessoal de seu servidor... Chamando a solidariedade de “personalidades” em sua defesa, como a do compositor Caetano Veloso (ex- tiéte de FHC), Freixo declarou que abominava a violência dos manifestantes e que desconhecia a legitimidade da autodefesa dos ativistas reprimidos pela truculência policial. O PSOL e PSTU ambos acuados pela sórdida campanha Global, passaram logo para o campo das “carpideiras” hipócritas de Santiago, somando-se politicamente na cruzada contra os “vândalos” Black Blocs. Somente quando tardiamente “percebeu” que o fulcro do ataque publicitário contra os “baderneiros assassinos” estava dirigido ao conjunto do movimento de massas, a chamada “oposição de esquerda” decidiu registrar uma tímida crítica contra os riscos da aprovação de uma nova legislação antiterrorismo, patrocinada por petistas e tucanos no congresso nacional. Como parte integrante deste regime da “democracia dos ricos”, PSOL e PSTU são incapazes programaticamente de se oporem pelo vértice aos princípios de classe que norteiam as ações mais agressivas da burguesia contra o proletariado, por isso omitiram a verdadeira responsabilidade da Polícia Militar na morte de Santiago, além do profundo silêncio diante dos desdobramentos políticos desta farsa criminosa.



Para o governo do PT, que parece apostar firmemente na continuidade da parceria com a quadrilha do PMDB no comando do Palácio da Guanabara, a morte de Santiago serviu como o “start” necessário para desencadear sua operação política preventiva de resgate dos “bons” negócios que também envolvem a realização da Copa do Mundo no Brasil este ano. Para assegurar o fluxo de crédito internacional, para as grandes empreiteiras já no curso das obras das Olimpíadas de 2016, a presidente Dilma deve “governar com mão de ferro”, demonstrando capacidade de conter as mobilizações populares. Como a Frente Popular ignorou solenemente todas as reivindicações das “Jornadas de Junho”, flexionando seu governo no sentido oposto: aumento da taxa de juros para alimentar os parasitas do mercado financeiro provocando cortes das verbas estatais para a saúde e educação, a via mais “segura” é a da violenta repressão policial e intimidação política para a vanguarda do movimento de massas. Por isso mesmo foi convocada a blogosfera “chapa branca” que saiu salivando ódio e pedindo a “cabeça” de cada Black Bloc, “vivo ou morto!”.

Com o clima artificialmente criado de comoção nacional pela morte de Santiago e a deflagração da “caça” aos Black Blocs, o PT e seus satélites políticos pretenderam “dar o troco” ao PSOL, por este ter comemorado a prisão (pelas mãos do sinistro Joaquim Barbosa) dos dirigentes históricos da “Articulação”. Parlamentares petistas chegaram a cogitar a suspensão institucional da legenda do PSOL (como ocorreu com o PCB em 1947), no curso de uma “CPI dos vândalos” a ser instaurada no Congresso. No Senado avança o apetite reacionário das oligarquias por elaborar uma nova legislação draconiana, com a roupagem de um projeto de lei sobre o terrorismo, sob o pleno aval da esquerda governista. Enquanto não passa o putrefato odor exalado pela campanha fascistizante contra o direito de lutar e se defender do monopólio da violência estatal, a direita midiática vai agindo sorrateiramente e já prepara uma nova “armação” acusando José Dirceu de ter usado telefone celular no presídio da Papuda, fato desmentido pela própria direção do órgão. Como para os cânones máximos da reação PT, Black Blocs e PSOL serão sempre todos “bandidos” (e isto vale para toda esquerda), a guerra autofágica no campo popular, de se “brindar” o ataque da direita a um militante reformista, anarquista ou revolucionário, só serve aos interesses mais retrógrados das classes dominantes.


Os Black Blocs nunca foram e tampouco serão vanguarda política do movimento de massas, seus métodos “anarcóides” de combate estão totalmente dissociados das melhores tradições de luta da classe operária, mas nem por isso como Marxistas Leninistas fazemos nenhum tipo de apologia do pacifismo, ou mesmo condenamos a utilização da violência revolucionária dos explorados. Somente com a construção de uma rígida organização centralizada do proletariado será possível vencer nossos inimigos de classe, tese refutada visceralmente pelos Black Blocs. Mas o foco central de debate na atual conjuntura não deve ser os “desvios” das ações mais radicalizadas dos Black Blocs, como quer enfiar goela abaixo a mídia corporativa, e sim as tentativas já bem avançadas por parte da burguesia de recrudescimento do regime “democrático”. A repressão policial aos movimentos sociais vem ganhando novos contornos políticos, com prisões, torturas e até mesmo assassinatos de lideranças populares. Fatos graves que tinham “saído de cena” no final dos anos 70 agora retornam pela porta da frente do cenário nacional em pleno governo do PT. Sob esta cruzada reacionária está ameaçado, como na ditadura militar, o próprio direito de organização e manifestação política da esquerda e do movimento de massas. Convocamos todas as forças políticas do campo operário e popular a cerrar fileiras, apesar das diferenças políticas e ideológicas, no combate frontal pela senda da ação direta, a toda e qualquer medida estatal (em todas as suas instâncias) que mire na eliminação de nossas conquistas democráticas e sociais, porque entendemos que cada derrota acumulada do proletariado “joga água no moinho” do retrocesso histórico e do obscurantismo da humanidade em uma etapa de ofensiva total do imperialismo.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Três mortos na Venezuela: Direita golpista orquestra provocação contra governo Maduro! Unidade de ação com o “chavismo” para derrotar a reação burguesa pró-imperialista!


Por Liga Bolchevique Internacionalista

Nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, ocorreu o protesto o mais intenso contra Maduro desde que ele sucedeu Hugo Chávez. Os enfrentamentos de rua provocaram conflitos durante várias horas. Três pessoas morreram, dezenas ficaram feridas e quase 80 foram detidas. “Lamentável o assassinato de um membro combativo da Revolução Bolivariana perto da Praça Candelária (a 200 metros de onde os opositores protestavam).

 Foi assassinado de forma vil pelo fascismo", disse o presidente da Câmara, Diosdado Cabello, ao anunciar o primeiro morto dos protestos, em um ato transmitido pela televisão oficial. O primeiro morto durante as manifestações era um simpatizante do chavismo, identificado como morador do bairro popular 23 de Janeiro, reduto do governo. Em um discurso exaltado transmitido por rádio e televisão, Maduro denunciou um “golpe de Estado em desenvolvimento”, mas prometeu que “a revolução bolivariana vai triunfar”. O presidente, que assistiu a um grande desfile militar, com exibição de mísseis em rampas de lançamento móveis e blindados, disse ter dado “instruções muito claras às forças de segurança: quem sair para tentar exercer violência sem permissão para mobilização será detido”.

 A Venezuela, com gigantescas reservas de petróleo, tem uma inflação anual de 56,3% e um índice de escassez que, em janeiro, alcançou um em cada quatro produtos básicos, enquanto a violência provoca entre 39 e 79 homicídios a cada 100 mil habitantes por ano, segundo estatísticas oficiais e de várias ONGs. O quadro social, político e econômico reflete a investida do imperialismo e da direita golpista contra o governo Maduro. Frente a esta situação defendemos a unidade de ação com o “chavismo” para derrotar a reação burguesa pró-imperialista, forjando uma alternativa de direção revolucionária para os trabalhadores!


A inteligência venezuelana recebeu ordem para prender um líder da oposição na madrugada desta quinta-feira (13), depois que o presidente Nicolás Maduro chamou de “tentativa de golpe de Estado” os conflitos que deixaram três mortos durante protestos estudantis na quarta-feira (12). A juíza Ralenys Tovar ordenou ao Serviço Bolivariano de Inteligência a detenção do opositor Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular (um dos maiores da oposição) e acusado de homicídio, lesões graves e associação para cometer delitos, informou o site do jornal “El Universal”, que publicou uma imagem da ordem de apreensão. Uma porta-voz de López afirmou que não tinha informações a respeito. 

Na quarta-feira, estudantes de classe média alta e de cunho fascista, acompanhados por líderes da oposição, protestaram nas ruas de Caracas e de outras cidades contra a “insegurança” em uma nova etapa da mobilização de jovens registrada há 10 dias. Leopoldo López, agora com ordem de captura, é um dos três dirigentes que estimulam a tática de ocupar as ruas com protestos antigovernamentais com o lema “A saída”. Os outros dois líderes do movimento são o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, e a deputada Maria Corina Machado, que tem imunidade parlamentar. Os três dirigentes ratificaram a estratégia na noite de quarta-feira. “Diante de uma tirania a resposta é a rua e a mobilização”, disse a deputada Maria Corina Machado, que chama o governo de “ditadura Castro-Comunista”. “Seguiremos com nossa agenda de luta nas ruas”, completou o prefeito Ledezma.


Maduro foi eleito em abril de 2013 por pequena margem de 1,5% ante Henrique Capriles. Mas 8 meses depois, nas eleições municipais de dezembro de 2013, os candidatos do governo receberam 55% dos votos. Com uma diferença de apenas 235 mil votos, venceu as eleições presidenciais na Venezuela em dia 14 de abril de 2013. Enquanto o candidato do PSUV alcançou os 7,51 milhões de votos, o fascistizante Henrique Capriles obteve a marca de 7,27 milhões, ou seja, o resultado foi 50,66% a 49,07%, uma vantagem de apenas 1,59% para o chavismo. 

Sem dúvida alguma, houve um avanço da contrarrevolução na Venezuela, com a burguesia nativa e a Casa Branca partindo para uma dura ofensiva diante da aberta polarização política e social, que definitivamente não se revolverá no terreno eleitoral. Este quadro político dramático que dividiu a Venezuela ao meio e que polariza todo o continente (Brasil, Argentina, Equador...) confirmou plenamente o acerto da posição principista da LBI de convocar o apoio crítico a Maduro, com total independência do chavismo e seu programa nacionalista burguês. 

Longe de patrocinar ilusões na candidatura do PSUV afirmamos na época que ela expressava deformadamente o sentimento e a tendência política das massas de lutar contra o imperialismo e seus marionetes. Por esta razão, apontamos já em plena campanha eleitoral, que era necessário combater centralmente nas ruas, fábricas e no campo os inimigos de classe do proletariado, perspectiva que só se reforçou agora com a ofensiva fascista em curso.

O chavismo é consciente que a burguesia venezuelana está indo para a direita perante o aprofundamento da crise e a perspectiva do ascenso independente das massas. Por sua vez, diferente de Chávez que conseguiu manter uma margem de 10% de distância do MUD em outubro, um Maduro defensivo, que quase se limitava a reivindicar a figura mítica de Chávez, não conseguiu centralizar sua base com propostas concretas de enfrentamento com a burguesia e de mobilização direta do povo trabalhador por suas demandas imediatas e históricas. 

Ademais, o dramático quadro econômico e social após 14 anos de governo “bolivariano”, com o agravamento da inflação, a continuidade da dependência ao petróleo e a necessidade de importar 40% dos alimentos fizeram um setor do eleitorado chavista duvidar das perspectivas de “aprofundar a revolução” como apregoou Maduro. Esses dados mostram que há um claro desgaste da via eleitoral para manter o chamado “Socialismo do Século XXI” que vem limitando o ascenso de massas e a luta direta pela ampliação das pequenas conquistas sociais, porque teme justamente que os trabalhadores avancem para além de seu programa nacionalista burguês, colocando na ordem do dia a expropriação das transnacionais, a nacionalização da terra e a destruição revolucionária do Estado burguês, o que significaria um choque aberto com as FFAA, pilar de sustentação do regime capitalista, ainda que vendida tragicamente pelos quatro ventos como “fiel à revolução bolivariana”.

 A luta de classes dos últimos meses demonstrou, vide a radicalização das massas nas marchas multitudinárias no enterro de Chávez e, agora, com as respostas dos trabalhadores aos ataques fascistas dos bandos criminosos da oposição golpista, que para avançar o proletariado deve focar sua luta revolucionária recorrendo aos seus próprios métodos de combate (greves com ocupações de fábricas e terra, comitês de autodefesa, combate a mídia burguesa reacionária, criação de organismo de poder popular). O proletariado deve responder a reação fascista com uma demonstração de força em defesa da ampliação das conquistas sociais da classe operária e de repúdio aos golpistas, forjando no calor da batalha um programa genuinamente comunista de completa ruptura com o nacionalismo burguês. Devemos convocar a vanguarda classista para a ação direta, contemplando uma plataforma de ocupações de fábricas, nacionalizações de grupos econômicos sob o controle dos trabalhadores e socialização do latifúndio.

 A tarefa que se impõe nesta polarizada conjuntura, acompanhando a evolução política das massas, é a construção do partido operário revolucionário, única forma de combate consequente ao Estado capitalista, cabendo à vanguarda do proletariado adotar uma política de “estimular” as tendências de radicalização do setor popular e camponês do nacionalismo burguês para que se choque com os limites impostos pelo próprio Maduro e a direção do PSUV a frente do governo!

Se o golpe de 2002 fracassou pela falta de respaldo de setores do imperialismo, agora com a oposição tendo ampliado sua base social e eleitoral, gestam-se as premissas para a Casa Branca impor uma alternativa ao “Socialismo do Século XXI” pela chamada via democrática, sempre fustigando o governo nas ruas. O povo venezuelano que apesar da mediação chavista, se confrontava com os fundamentos do establishment capitalista, deverá agora enfrentar mais duramente a oligarquia “crioula”, pela qual responde a chamada oposição liderada pelo multimilionário fascistizante Henrique Capriles, o herdeiro político dos golpistas de 2002. Por isto, diante do ascenso multitudinal das massas venezuelanas após a morte provocada de Chávez (desde a Guerra Fria a CIA vem trabalhando com afinco para desenvolver substâncias que podem matar líderes “inconvenientes” de países não-alinhados sem deixar qualquer vestígio ou provas de envenenamento), as ameaças declaradas do monstro imperialista e da “oposição” golpista a soldo da Casa Branca e uma possível “mobilização democrática” organizada pela CIA foi correto em 2013 os genuínos revolucionários lançarem a palavra de ordem de acompanhar o apoio a Maduro sem capitular ao chavismo. 

Os grupos pseudotrotskistas (PTS, LIT, UIT, PCO), os mesmos que se aliaram a OTAN na Líbia e a seus “rebeldes” na Síria chamara o voto nulo em 14 de abril, alegando que Maduro era candidato de um partido burguês nacionalista, portanto apoiá-lo seria "capitular ao chavismo"! Esses estúpidos revisionistas, que não se cansam em afirmar que estamos à beira da “revolução” e que apoiaram os mercenários da CIA na Líbia, na época das eleições fingiram ser “puros” marxistas ortodoxos! Ao contrário desses embusteiros que se aliam a Obama e ao imperialismo mundial em nome da farsesca “revolução árabe”, apoiamos nas eleições criticamente a Maduro não porque depositamos confiança ou ilusões nele, ao contrário, compreendemos perfeitamente seus limites programáticos.

Por esta razão reafirmamos que é preciso derrotar com os métodos de luta da classe operária a direita golpista sem capitular ao “chavismo” e seu projeto nacionalista burguês! Para os trabalhadores venezuelanos e latino-americanos, que acompanham o desenrolar dos últimos acontecimentos e buscam intervir de forma independente na crise venezuelana fica claro que é preciso preparar uma alternativa política dos explorados tanto ao chavismo decadente como à direita reacionária. Devemos chamar pela derrota da direita golpista com manifestações populares que expressem os métodos de luta e as reivindicações imediatas e históricas dos trabalhadores em unidade de ação com Madura, porém sem prestar nenhum apoio político ao PSUV e ao chavismo! 

O exemplo de Honduras, onde a Frente Nacional de Resistência (FNRP) avalizou a política de legitimação do governo golpista e mesmo a passividade de Lugo e da “centro-esquerda” burguesa do continente diante do golpe no Paraguai, demonstra que não se deve confiar nas direções “bolivarianas ou progressistas”, é preciso denunciá-las vigorosamente e preparar o terreno para a construção de um genuíno partido revolucionário capaz de enfrentar a onda de reação “democrática” ou mesmo a direita fascista. Cabe aos trabalhadores participarem e encabeçarem as manifestações convocadas pelo chavismo não para prestar apoio político ao seu governo nacionalista burguês, mas para defenderem com um próprio programa e independente suas conquistas operárias, a fim de forjar entre a vanguarda um partido comunista proletário cuja estratégia seja a conquista do poder político pelos explorados!

Morte de cinegrafista da Rede Bandeirantes foi mera fatalidade!


Por Carlos Alberto Bento da Silva
Jornalista MTb 0004028SC



Sobre a morte do cinegrafista da Band, aqui está a minha opinião: Fatalidade!!!

Mais do que uma ação organizada, aquilo ali foi uma fatalidade. Ademais, o mesmo não ocorreu com o massacre da ponte do Rio Tocantins no ano de 1987, quando trabalhadores do garimpo de serra pelada foram brutalmente assassinados pela policia militar do estado do Pará, durante o governo de Hélio Gueiros que deixou dezenas de mortos espalhados pelo rio e pelas imediações da ponte.

 Já no ano de 1988 (três anos após o termino da ditadura militar) o exercito brasileiro assassinou três trabalhadores durante uma greve na CSN de Volta Redonda no RJ.

Segundo os mesmos gritantes histéricos de hoje, aquele fato foi normal diante da condição daquela cidade por ser considerada de segurança nacional (pasmem).

No ano de 1990 na Vila Socialista da cidade de Diadema SP (governo do PT), houve um despejo violento com dois mortos e dezenas de feridos, entre estes mulheres, velhos, jovens e crianças e o vereador e camarada Boni do POR (Partido Operário Revolucionário, hoje, eventualmente no PSTU) além de outro vereador do próprio PT.

Mais de 500 Policiais Militares participaram daquela ação injusta como o que vem ocorrendo nos dias de hoje no governo Lula-Dilma, tendo como exemplo a comunidade de Pinheirinho em São José dos Campos no estado de São Paulo.

Os massacres de Carajás contra integrantes do Movimento dos Sem Terra e de presos do antigo Carandiru são apenas mais outros acontecimentos históricos que apenas aumentam as estatísticas junto aos assassinatos premeditados de lideranças indígenas, de sindicalistas, de líderes do campo e até mesmo de jornalistas que, infelizmente contaram com a complacência covarde do judiciário e do Congresso Nacional, tendo como aliados históricos a mídia fascista...

Os grupos de extermínio militarizados e para-militares existentes nas periferias das cidades criam um estado de terror aliado às políticas policialescas dos fascistas que governam este país.

E, a volta do AI-5 (Versão PT “Poder fascistizante”) é apenas uma questão de tempo na criminalização dos movimentos sociais de massa. No Congresso dos ricos tramitam projetos mirabolantes neste sentido...

E, creiam, sob a argumentação falsa de ações políticas orquestradas (são espontâneas, já que os partidos da falsa esquerda perderam o momento histórico) que, na verdade não tem nada a ver com socialismo, comunismo ou qualquer outra falácia amplamente utilizada pela Rede Globo, Band, Record, Folha, Veja, Estadão e o “carvalho”. 

Até porque, enquanto isso eles estão sonegando informações e impostos (sic), enchendo as malas e investindo em paraísos fiscais as custas do erário público, que gasta milhões de reais em propagandas vazias...

Na minha individualidade como integrante da categoria dos jornalistas, diante desta fatalidade, meus pêsames. 

Aos Black Bloc, aos indignados e a todos aqueles que não suportam mais o estado de miséria que vive o povo, sem água, sem energia elétrica, sem educação, sem saúde, sem terra e moradia digna, e sem a demarcação das terras indígenas, tendo o seu dinheiro suado dos impostos investidos na copa dos ricos, firmes na luta...

É somente através da ação direta que os ordinários e salafrários muitas vezes entendem os anseios justos do povo...

Aos Guarani-Kaiowá nunca existiu nenhuma palavra governamental ou da mídia entreguista, que possa ao menos "sutilmente" favorecer a dignidade de vida e cultura dos povos originários do Brasil. 

Muito pelo contrário... 

Que, aliados ao judiciário comprometido até a medula óssea com os latifundios predatórios, do agronegócio de fachada e de falcatruas, ampliam o cerco as comunidades humildes, ultrajadas e quase famintas dos nossos ancestrais biológicos, hoje em processo de extinção étnica pelas políticas xenófobas orquestradas...

Aos covardes, boca fechada...


O Brasil só terá mudanças concretas quando as pessoas abastadas ou de mentes aburguesadas deixarem de ser hipócritas, afinal, o povo já está de saco cheio...