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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Atentado de Boston não é nada diante das centenas de jovens executados todos os anos pelas forças da "Segurança Pública" do Brasil!




         "Em cada batalhão da PM tem um grupo de extermínio".


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Por Tatiana Merlino

Primeiro, identificam-se os "bilões" de cada batalhão, que, na gíria da Polícia Militar (PM), são os policiais mais violentos. Depois, eles são chamados para integrar os "caixas-dois", como são conhecidos os grupos de extermínio de cada batalhão. Para o "trabalho", geralmente usam viaturas da Rota e da Força Tática – ou Forjas Trágicas, como são apelidadas. O caixa-dois é formado por três integrantes, sendo um deles escoltado até um local seguro, onde tira a farda, coloca uma roupa civil e usa uma moto ou um carro para orientar ou executar os assassinatos. Geralmente, atuam em sua área de circunscrição de trabalho.

Leia abaixo o que a PM diz sobre as denúncias.

Quando o serviço acaba, chega uma viatura, encarregada de recolher as cápsulas e pedir para o pessoal do comércio lavar o local. O importante é adulterar a cena do crime. Em seguida, coloca-se a vítima no carro, e, mesmo que esteja morta, ela é levada ao hospital. Quando necessário, usam o "kit vela" ou "kit flagrante": uma porção de entorpecente e uma arma fria colocada na mão do cadáver, para justificar o homicídio. Às vezes, também deixam um celular junto à vítima.

"O caixa-dois funciona quando não dá para fritar na resistência [justificar o assassinato como decorrência de suposto confronto com a PM]", explica um policial civil, que investigou grupos de extermínio formados por policiais militares. "A maior parte deles participa do negócio, mesmo quem não mata. É até uma questão de subordinação hierárquica ao comando."

Na maioria dos casos de extermínio, seja na capital, litoral ou interior, o modus operandi das ações é praticamente o mesmo. Atiradores em carros de cores escuras, vestindo toucas ninja e roupas pretas, e manejando, na maioria das vezes, armas de calibres 9mm, .380 ou .40. PUNIÇÃO A regra do batalhão é: o PM se negou a torturar, a matar? Vai para o PAO: Pelotão de Apoio Operacional, espécie de punição dada pelo comando de alguns batalhões da PM paulista a policiais que se negam a participar de ilegalidades e abusos, como torturas, matanças e grupos de extermínio. O castigo consiste em fazer ronda do lado de fora do batalhão, ficar 12 horas de pé, incomunicável com os outros membros da tropa e sem poder comer, urinar ou evacuar. Os que ousarem se solidarizar com os castigados são punidos da mesma maneira.

O major de um dos batalhões onde o PAO é aplicado intimida sua tropa batendo no peito e gritando: “Eu sou Highlander, vocês me respeitem!”. Highlander é um grupo de extermínio chamado dessa maneira, porque corta as cabeças e mãos das vítimas. O major incentiva a matança de “ladrões” e dispensa do trabalho quem matar mais. Manda para o PAO quem não quiser entrar para o “caixa-dois”.

Essas graves acusações são feitas pelo policial civil, citado anteriormente, e por um sargento da Polícia Militar – ambos não compactuaram com ilegalidades cometidas por membros de suas corporações. O primeiro conversou com a Caros Amigos na condição de sigilo de identidade, sob alegação de estar sendo perseguido e ter sofrido ameaças e duas tentativas de homicídio, após ter apresentado relatórios de investigação sobre grupos de extermínio.

A denúncia sobre o PAO também foi levada ao Conselho de Defesa da Pessoa Humana (Condepe), que vem sendo procurado por policiais civis e militares que não estão de acordo com torturas, assassinatos e desaparecimentos que vêm acontecendo em São Paulo. “Primeiro vieram investigadores da polícia civil, depois da PM – soldado, sargento, tenente e até capitão –, e, por fim, delegados de polícia. Todos deram um quadro que, para nós, é muito grave. São pessoas que ficam na seguinte situação: ‘ou eu entro para a bandidagem ou sou punido’”, relata Ivan Seixas, presidente da instituição. Segundo ele, tais funcionários públicos estão sofrendo ameaças de morte, de punição e processos administrativos e disciplinares. As denúncias que o policial passou à reportagem da Caros Amigos também foram encaminhadas a órgãos públicos fiscalizadores da lei.

HIGIENE SOCIAL

De acordo com o policial civil, os grupos de extermínio funcionam “numa égide de controle e higienização social, para prestigiar o comando e o governo, para abaixar índices de criminalidade”, explica. “Assim, os vagabundos sabem que, se roubarem naquela determinada cercania, vão para o saco, morrem. Isso provoca um êxodo, o cara migra”. Segundo ele, ao ajudar a baixar as estatísticas de violência nas suas regiões de trabalho, os policiais recebem proteção do comando, sendo favorecidos por melhores escalas, bicos, armamentos, viaturas e outros equipamentos táticos.

Um dos grupos de extermínio que atuava dessa maneira, os Highlanders, era formado por policiais da Força Tática do 37º Batalhão, na Zona Sul de São Paulo. Eles atuavam no bairro do Jardim Ângela, matando as vítimas e jogando os corpos decapitados em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Aproveitando a situação, os policiais dos grupos de extermínio também cometeriam crimes para matar seus desafetos. Paralelamente a isso, também matam por encomenda, “modalidade” de assassinatos chamada de “firma”. “É quando parte do ideal funcional vai para o ideal capitalista”. Tal modalidade estaria, assim, diretamente relacionada com os casos de corrupção. “A corrupção e a mortandade são institucionalizadas”. O policial civil relata, ainda, que existe um acordo entre policiais e criminosos sobre a divisão de caixas eletrônicos. Na firma, também entram disputas por caça-níqueis, loterias clandestinas e bingos.

Leia a reportagem completa na edição 186 de Caros Amigos nas bancas ou na loja virtual .
RESPOSTAS DA PM SOBRE AS DENÚNCIAS:

Caros Amigos - Segundo denúncia de dois policiais, um da Civil e um da Militar, há batalhões da Polícia Militar onde existe uma punição aos policiais que se negam a compactuar com ilegalidades e abusos, como participar de torturas, matanças e entrar para os grupos de extermínio. O nome da punição seria PAO (Pelotão de Apoio Operacional), que seria uma ronda externa do batalhão, ficar 12 horas de pé sem se alimentar ou ir ao banheiro. A Corregedoria tem conhecimento desse tipo de prática?
Polícia Militar do Estado de São Paulo - A PMESP e a Corregedoria desconhece essa gíria da punição PAO, e hoje nenhum policial se sujeitaria a trabalhar sem poder se alimentar e ir ao banheiro, e denunciaria à própria Corregedoria, qualquer desses abusos.
CA - Na denúncia feita pelos policiais, eles explicam como seria o modus operandi de grupos de extermínio: identificariam-se os chamados “bilões’, que seriam os policiais mais violentos para integrarem os grupos, que seriam chamados para integrar os ‘caixa-dois’, que seriam os grupos de extermínio do batalhão. A Corregedoria tem conhecimento desse tipo de denúncia?

PMESP - Também não conhecemos a expressão caixa dois como sendo grupo de extermínio, essa gíria é desconhecida na Polícia Militar de São Paulo.
CA - Ainda sobre o modus operandi dos grupos de extermínio, há a denúncia de que eles atuariam em sua área de circunscrição, são formados por três integrantes, um deles seria escoltado até um local seguro, tiraria a farda, trocaria por uma de civil e orientaria ou executaria os assassinatos. Na sequencia, uma viatura seria encarregada de recolher as cápsulas para adulterar a cena do crime. A Corregedoria tem conhecimento desse tipo de denúncia?

PMESP - Também desconhecemos essa conduta e seria estranho quem atua fora da lei respeitar área de circunscrição.
CA - Haveria, ainda, o uso de ‘kit vela’, que seria uma porção de entorpecente e arma fria colocada na mão do cadáver, para justificar o homicídio. A Corregedoria tem conhecimento desse tipo de prática?

PMESP - Desconhecemos esse tipo de procedimento, porém se encontrado qualquer tipo de droga ilícita ou arma sem registro serão, com certeza, tomadas as providências cabíveis.
CA - A motivação dos grupos de extermínio seria, de acordo com as denúncias, baixar os índices de criminalidade na área dos batalhões. Assim, tais policiais teriam proteção do comando, favorecidos por melhores escalas, bicos e armamentos. A Corregedoria tem conhecimento desse tipo de prática?

PMESP - Afirmação totalmente incongruente, pois como que para baixar números de roubo, furtos e outros delitos eu estaria aumentando o número de homicídios, o que inclusive não correspondem aos fatos, pois o número de homicídios caiu vertiginosamente no Estado de São Paulo, o que coloca tal "denúncia" sem crédito, pela falta de lógica.
CA - O policial civil afirma que os grupos de extermínio são institucionalizados e regionalizados em cada batalhão, que existem em todo o Estado de São Paulo. Segundo ele, em cada batalhão tem um grupo de extermínio. O que a Corregedoria afirma a respeito?

PMESP - Afirma ser inverídica tal afirmação, pois teria que ser um conluio generalizado para a prática de crimes, que rapidamente viria à tona, com provas e denunciantes que não teriam medo de apresentar provas destas condutas.

CA - Os policiais e o presidente do Condepe, Ivan Seixas, também revelam que os policiais, tanto civis e militares, que tentam denunciar a existência de grupos de extermínio são perseguidos dentro da corporação. A Corregedoria vem recebendo denúncias e reclamações desse tipo?

PMESP - Estranha tal afirmação, pois a Corregedoria dá todo o apoio a policiais militares que fazem denúncia, e o policial militar sabe disso, e é um profissional treinado e selecionado com a virtude da coragem o que não coaduna com a covardia de denunciar ilícitos graves de forma anônima sem trazer para tal, provas, como gravações, filmagens, nomes dos infratores e as ações criminosas.

Fonte: Caros Amigos
Texto extraído do Blogue 

sábado, 20 de abril de 2013

Atentado de Boston: o terrorismo doméstico de uma sociedade “doente” a serviço da ofensiva imperialista contra os povos!



Por Liga Bolchevique Internacionalista

A explosão de bombas de fabricação caseiras montadas em panelas de pressão durante a Maratona de Boston, ocorrida no último dia 15 de abril vem ocupando as manchetes de jornais e TV pelo mundo afora. 

Apesar de ter deixado apenas três vítimas fatais e alguns feridos graves, enquanto os EUA matam diariamente em seus ataques militares dezenas de pessoas no Afeganistão ou Iraque, assassinatos que ocorrem sem a menor cobertura dos meios de comunicação, o atentado doméstico de Boston vem servindo como móvel midiático para aprofundar a ofensiva imperialista contra os povos e recrudescer as normas internas que cerceiam as mais elementares liberdades democráticas do povo estadunidense. 

Obama logo saiu a condenar o ato como “hediondo e covarde” e a insinuar que o atentado copiava as “técnicas” de explosivos usados pela resistência iraquiana, quando é público que os grupos de extrema-direita dos EUA em seus cursos belicistas ensinam várias fórmulas de ataques terroristas similares aos que foram utilizados em Boston.

Além da Casa Branca e da mídia “murdochiana” aproveitarem o terrorismo doméstico para ameaçar a resistência afegã e iraquiana, somaram-se a este coro reacionário correntes decompostas como a LIT. 

Sua direção, adaptada até a medula à democracia burguesa, assim como fez em 11 de Setembro, não perdeu a oportunidade de atacar os grupos “terroristas” que se lançam em luta contra o imperialismo usando meios militares não convencionais.

 O PSTU usou o artigo sobre o atentado de Boston para atacar particularmente os “terroristas” islâmicos: “O atentado de Boston mostrou o fracasso da política antiterror dos EUA.

 Mesmo com toda a paranoia que envolve a segurança interna no país, os atentados continuam e nada impede que um novo 11 de setembro ocorra. 

O principal responsável pelo clima de insegurança nos EUA é o próprio governo norte-americano e sua política intervencionista, que sobreviveu à era Bush e continua com Obama.

Reconhecer o governo norte-americano como principal responsável pelo terrorismo, porém, não é respaldar os ataques terroristas. 

Protegidos pelo maior aparato de segurança do mundo, os homens que comandam a máquina de guerra do imperialismo raramente sofrem com as consequências de seus atos. 

São os trabalhadores e a população dos EUA que estão realmente vulneráveis ao terrorismo. Além disso, o terrorismo, mesmo quando não tem por alvo a população civil, é um completo desserviço à classe operária e aos socialistas.

 Em seu texto ‘Por que os marxistas se opõem ao terrorismo individual’, Trotsky já assinalava: ‘o terror individual é inadmissível precisamente porque desvaloriza o papel das massas e da sua própria consciência, fazendo com que elas se resignem diante de sua impotência e voltem seus olhares para um herói vingador e libertador que esperam um dia para cumprir sua missão’. 

O terrorismo, além disso, serve muito bem aos interesses do imperialismo ao legitimar o aumento da repressão e sua ofensiva colonizadora, a exemplo do que ocorreu após o 11 de setembro” (Site PSTU, 18/04).

É esclarecedor a “escolha” feita pelo PSTU-LIT ao preferir usar como bode-expiatório os ataques de 11 de Setembro para condenar o “terrorismo”. 

Esses canalhas não denunciam o terror doméstico nos EUA como expressão dos grupos de extrema-direita que desejam aprofundar o recrudescimento do regime. 

O ataque de Boston, assim como outros atos de terror doméstico, tem o claro conteúdo fascista e estão em consonância com a época de ofensividade bélica e de reação ideológica preconizada pelo imperialismo norte-americano. 

Estamos vendo a volta, com força, do neonazismo ianque em escala interna e planetária. Para se opor a essa escalada arquirreacionária deve-se ter claro que ela é uma expressão da dura etapa de contrarrevolução e profunda ofensiva imperialista em curso, onde ao lado dos mortos de Boston estão os cadáveres de mais de 200 mil líbios trucidados pelos bombardeios da OTAN ou as vítimas dos mercenários “rebeldes” na Síria, ao melhor estilo dos jogos de guerra vendidos às crianças norte-americanas.

Para que não se repitam novas cenas sanguinárias dentro e fora dos EUA, somente a ação revolucionária do proletariado mundial poderá reverter estas tendências nefastas, se valendo da luta pela liquidação do modo de produção capitalista e tendo como estratégia a imposição de seu próprio projeto de poder socialista.

Longe de fazer esta denúncia, os morenistas usam o atentado em Boston para denunciar a suposta inutilidade dos ataques aos EUA em 11 de Setembro de 2001. 

Desta forma, demonstram bem seu objetivo de rechaçar os atos de resistência dos povos oprimidos atacados e suas organizações políticas em luta contra o imperialismo. 

Para nós marxistas revolucionários, não pode ser estranho o fato dos ataques de 11 de Setembro serem qualificados, pela mídia imperialista, Departamento de Estado dos EUA e burguesias subordinadas ao capital financeiro de Wall Street, como atos bárbaros do “terrorismo” islâmico contra a sacrossanta civilização capitalista ocidental. 

Afinal, este é o papel dos guardiões da sociedade de classes, os apologistas do mercado como “Deus” supremo e protetor do “grande monstro” imperialista ianque. 

Mas, o que realmente causa repulsa a todos os combatentes anti-imperialistas, independente de suas compreensões programáticas revolucionárias, é a caracterização feita pela esquerda revisionista dos ataques ao Pentágono e Torres Gêmeas (que abrigava um escritório da CIA) como sendo “terrorismo individual”. 

Utilizando “maliciosamente” da categoria teórica marxista do terrorismo individual para condenar os ataques ao Pentágono e ao WTC, estes senhores integraram politicamente a frente única antiterrorista encabeçada por Bush. 

Tentar até hoje enquadrar os acontecimentos do 11 de Setembro, que abriram uma nova etapa no recrudescimento da ofensiva mundial imperialista contra os povos na categoria do “terrorismo individual” chega a ser risível, se não fosse uma trágica consequência da integração ideológica da esquerda revisionista ao imperialismo “democrático”, uma “vítima” dos “bárbaros terroristas” muçulmanos. 

Um ataque militar não convencional comandado por forças políticas que estavam revidando a guerra promovida pelos EUA contra suas nações, só pode ser considerado como uma ação “terrorista” por idiotas manipulados pela grande mídia ou mesmo por correntes corrompidas pela democracia ocidental. 

São os mesmos revisionistas que sempre condenam a violência espontânea das massas quando estas “extrapolam” os estreitos limites das regras do jogo democrático e seu regime institucional.

Os ataques de 11 de Setembro não foram produto de um “louco” (ou mesmo “loucos”) terrorista individual contra vítimas inocentes, tampouco foram uma “armação” interna da CIA para reforçar a autoridade seminazista de Bush, o 11 de Setembro foi o reflexo direto da correlação da disputa mundial das forças sociais após o fim da “guerra fria”, onde o único contraponto militar à hegemonia ianque foi aniquilado. 

Os estados e paraestados islâmicos, grupos beligerantes palestinos e a guerrilha foquista colombiana são as únicas “forças em armas” que sobreviveram como “oposição” ao modelo neoliberal imposto pelo capitalismo com a inauguração da “nova ordem mundial” após a queda do Muro de Berlim. 

Este difuso “bloco de oposição” real à conquista da nova hegemonia norte-americana galgada em 1991 está muito distante de configurar-se como uma “alternativa socialista” ao imperialismo, ao contrário, trata-se de um aglomerado de forças burguesas ou pequeno-burguesas, de um modo geral teocráticas ou abertamente reformistas do “modelo neoliberal”. 

Carecem da estratégia da revolução proletária, são incapazes de apresentarem um “novo” projeto histórico para a humanidade, mas categoricamente não são a representação política do velho “terrorismo individual” como foram, por exemplo, as Brigadas Vermelhas, Baader Meinhof ou Tupac Amaru dos anos 70.

Como resposta “militar” aos ataques “terroristas” do 11 de Setembro, os EUA “simplesmente” declararam guerra a dois países, Iraque e Afeganistão, ocupando-os com suas tropas após a destruição de suas frágeis defesas bélicas como resultado dos pesados bombardeios aéreos. 

A desproporção dos exércitos nacionais de ambos os países invadidos contra o poderio militar ianque foi colossal, no caso do Afeganistão sequer possuía uma corporação regular, sendo a própria Al Qaeda o principal braço armado do governo Talibã. 

Já o Iraque havia sido “castigado” com o bloqueio imposto por “Bush pai” na Guerra do Golfo em 1991. 

Sem enfrentar grandes obstáculos em sua primeira investida militar, a ocupação ianque hoje atravessa uma guerra “não convencional” de guerrilha, não por coincidência baseada em atentados tipo “terroristas” contra as bases militares do império nestes países. 

Perguntamos então a esta mesma esquerda revisionista, que insiste em afirmar o 11 de Setembro como uma expressão do “terrorismo individual”, será que as forças das resistências armadas nos países ocupados pelos EUA, dirigidas pelas mesmas organizações que protagonizaram o ataque ao Pentágono podem ser consideradas como “terroristas”? 

Pelo menos não é esta a caracterização que lemos nas declarações da LIT e afins sobre as forças de resistência no Afeganistão e Iraque. 

Por que então estas organizações são taxadas de “terroristas” quando atuam em território inimigo?

Será que só têm “autorização” concedida pelos revisionistas de atacar, com os meios de que dispõem os militares ianques em nações semicoloniais?

Como marxistas revolucionários apoiamos cada ofensiva sobre os agressores imperialistas e suas tropas de ocupação, postando-se em frente única, com absoluta independência política, com as forças que enfrentam as tropas de rapina das potências capitalistas. 

Cada revés sofrido pelos invasores dos EUA e da OTAN no Afeganistão, no Iraque, na Líbia ou em qual quer parte do mundo, ajuda a elevar o nível de consciência do proletariado e aumenta a sua confiança de que o imperialismo pode ser derrotado, forjando as condições para a construção de uma autêntica direção revolucionária que lute pela edificação do socialismo. 

Esses ataques representam uma resposta militar dos povos oprimidos e suas organizações ao imperialismo, muitas vezes por meios não convencionais de combate militar. 

Defendemos a unidade de ação com as forças que estão em luta contra o imperialismo. Nesse combate consideramos justa toda e qualquer ação de resistência armada das massas à dominação belicista das metrópoles capitalistas sobre os povos oprimidos! 

Tais atos de resistência em nada tem a ver com o atentado de Boston, um terror doméstico a serviço da ofensiva imperialista contra os povos! Só os canalhas revisionista da LIT-PSTU podem colocar um sinal de igual entre ambos!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vitória apertada de Maduro: Avanço da contrarrevolução na Venezuela e recado das massas nas urnas, o imperialismo e a burguesia nativa devem ser combatidos centralmente nas ruas, fábricas e no campo!



Com uma diferença de apenas 235 mil votos, Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais na Venezuela no último dia 14 de abril. Enquanto o candidato do PSUV alcançou os 7,51 milhões de votos, o fascistizante Henrique Capriles obteve a marca de 7,27 milhões, ou seja, o resultado foi 50,66% a 49,07%, uma vantagem de apenas 1,59% para o chavismo. 

Valendo-se desta pequena margem, a direita golpista ligada diretamente ao imperialismo ianque anunciou que não reconhece os resultados das urnas e partiu para ataques fascistas contra várias sedes do partido chavista pelo país, incendiando-as e deixando um rastro de sangue de sete mortos.

 Sem dúvida alguma, houve um avanço da contrarrevolução na Venezuela, com a burguesia nativa e a Casa Branca partindo para uma dura ofensiva diante da aberta polarização política e social, que definitivamente não se revolverá no terreno eleitoral. 

Este quadro político dramático que dividiu a Venezuela ao meio confirma plenamente o acerto da posição principista da LBI de convocar o apoio crítico a Maduro, com total independência do chavismo e seu programa nacionalista burguês.

 Longe de patrocinar ilusões na candidatura do PSUV afirmamos que ela expressava deformadamente o sentimento e a tendência política das massas de lutar contra o imperialismo e seus marionetes. 

Por esta razão, apontamos em plena campanha eleitoral, que era necessário combater centralmente nas ruas, fábricas e no campo os inimigos de classe do proletariado, perspectiva que só se reforçou após o resultado eleitoral apertado. 

No caso de um êxito eleitoral de Capriles, em um cenário imediatamente após o assassinato de Chavez,  as consequências políticas seriam trágicas não só para o proletariado da Venezuela, mas para o conjunto da América Latina. 

Desgraçadamente, mais uma vez os que enlameiam o nome do Trotsquismo comemoraram o avanço da direita pró-imperialista, é o caso do Partido Obrero (PO) que vaticinou que Cristina Kirchner deve “botar as barbas de molho”. 

Os bolcheviques leninistas da LBI acertaram plenamente, nesta nova conjuntura aberta na Venezuela, em depositar pela primeira vez o apoio crítico ao chavismo, tendo como foco de análise o brutal avanço da ofensiva imperialista mundial detonada após a derrubada do regime burguês nacionalista líbio pelas forças da OTAN. 

Se o triunfo ou derrota histórica da classe operária venezuelana não se definirá no terreno eleitoral, um resultado desastroso nestas eleições poderia significar um “start” para a intervenção militar ianque aberta, já bem encaminhada com os golpes de estado em Honduras e Paraguay.


Comparado às eleições de outubro de 2012, quando Chávez foi o candidato do PSUV, houve um comparecimento menor de eleitores às urnas (81% em outubro e 78% em abril) em um sistema em que o voto é facultativo. 

Quem perdeu apoio foi o chavismo, caindo de 8,05 milhões para 7,51 de votos em seis meses, enquanto Capriles (MUD) passou de 6,46 milhões para 7,27, conquistando votos de setores desiludidos com a fadiga de um regime que não avançou em 14 anos nas tarefas de cunho anticapitalista, apesar de toda fraseologia “revolucionária”. 

Isto ocorreu também porque as eleições burguesas não expressam de maneira consistente a vontade popular e o poder econômico da burguesia pró-imperialista (os grandes meios de comunicação privados, principalmente a golpista Globovisión) e do imperialismo mundial foi um fator fundamental para catapultar Capriles, dando-lhe robustez e confiança. 

O chavismo é consciente que a burguesia venezuelana está indo para a direita perante o aprofundamento da crise e a perspectiva do ascenso independente das massas. 

Por sua vez, diferente de Chávez que conseguiu manter uma margem de 10% de distância do MUD em outubro, um Maduro defensivo, que quase se limitava a reivindicar a figura mítica de Chávez, não conseguiu centralizar sua base com propostas concretas de enfrentamento com a burguesia e de mobilização direta do povo trabalhador por suas demandas imediatas e históricas.

 Ademais, o dramático quadro econômico e social após 14 anos de governo “bolivariano”, com o agravamento da inflação, a continuidade da dependência ao petróleo e a necessidade de importar 40% dos alimentos fizeram um setor do eleitorado chavista duvidar das perspectivas de “aprofundar a revolução” como apregoou Maduro.

Esses dados mostram que há um claro desgaste da via eleitoral para manter o chamado “Socialismo do Século XXI” que vem limitando o ascenso de massas e a luta direta pela ampliação das pequenas conquistas sociais, porque teme justamente que os trabalhadores avancem para além de seu programa nacionalista burguês, colocando na ordem do dia a expropriação das transnacionais, a nacionalização da terra e a destruição revolucionária do Estado burguês, o que significaria um choque aberto com as FFAA, pilar de sustentação do regime capitalista, ainda que vendida tragicamente pelos quatro ventos como “fiel à revolução bolivariana”. 

A luta de classes dos últimos meses demonstrou, vide a radicalização das massas nas marchas multitudinárias no enterro de Chávez e, agora, com as respostas dos trabalhadores aos ataques fascistas dos bandos criminosos de Capriles, que para avançar o proletariado deve focar sua luta revolucionária recorrendo aos seus próprios métodos de combate (greves com ocupações de fábricas e terra, comitês de autodefesa, combate a mídia burguesa reacionária, criação de organismo de poder popular).

Uma vitória de Capriles seria uma derrota profunda para a vanguarda operária do continente, fortalecendo um eixo político abertamente pró-imperialista que vem ganhando corpo com os golpes em Honduras e no Paraguay, tendo o apoio explícito da Casa Branca nesta senda reacionária. Tanto que Obama pediu a recontagem dos votos e não reconhece até o momento a vitória de Maduro. 

Os revisionistas, paladinos da “revolução árabe” patrocinada pela OTAN (LIT, PTS, PO, PCO) que chamaram o “voto nulo” nas eleições venezuelanas, caso fossem coerentes, estariam ao lado de Capriles e suas marchas direitistas contra a suposta fraude da “ditadura chavista”. 

Estes, agora travestidos subitamente de “puros e ortodoxos”, que simplesmente afirmaram ao proletariado venezuelano que Maduro representava as mesmas forças sociais de Capriles, não sabem onde enfiar a cabeça diante dos enfrentamentos que ora ocorrem nas ruas de Caracas e pelo interior do país. 

Ao contrário dessas seitas, no terreno concreto da luta de classes e no calor de cada combate com a direita golpista, estamos forjando a necessidade de uma alternativa independente da classe operária.

A vitória apertada de Maduro abre, por sua vez, uma crise política no próprio PSUV. O novo presidente venezuelano terá que enfrentar uma “guerra” tendo dois fronts abertos: a direita reacionária agrupada no MUD e os setores do PSUV ligados diretamente ao alto comando das FFAA, ala representada por Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional. Buscando se apresentar como representante militar do chavismo, Cabello trabalha com a possibilidade de substituir Maduro, um ex-sindicalista, em uma próxima disputa eleitoral com o MUD, realidade que pode vir a ocorrer antes mesmo do fim do mandato de seis anos de Maduro. 

Isto pode acontecer caso se convoque, via recolhimento de assinaturas previsto na própria constituição venezuelana, um referendo revogatório para confirmar ou não a continuidade do mandato de Maduro após transcorridos três anos na presidência.

 Chávez havia enfrentado um referendo revogatório em 2004, já para Maduro este desafio seria muito mais difícil...

Apesar da direita venezuelana e do imperialismo ianque não reconhecerem a eleição de Maduro, demonstrando que sua “democracia” tem um claro caráter de classe, o certo é que o novo presidente tomará posse neste dia 19 de abril no ato de juramento na Assembleia Nacional comandada por Diosdado Cabello, que vem cada vez ganhando força como garante do regime chavista. 

O proletariado deve fazer deste ato político uma demonstração de força em defesa da ampliação das conquistas sociais da classe operária e de repúdio aos golpistas, forjando no calor da batalha um programa genuinamente comunista de completa ruptura com o nacionalismo burguês. 

Devemos convocar a vanguarda classista para a ação direta, contemplando uma plataforma de ocupações de fábricas, nacionalizações de grupos econômicos sob o controle dos trabalhadores e socialização do latifúndio. 

A tarefa que se impõe nesta polarizada conjuntura, acompanhando a evolução política das massas, é a construção do partido operário revolucionário, única forma de combate consequente ao Estado capitalista, cabendo à vanguarda do proletariado adotar uma política de “estimular” as tendências de radicalização do setor popular e camponês do nacionalismo burguês para que se choque com os limites impostos pelo próprio Maduro e a direção do PSUV a frente do governo!

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA

segunda-feira, 15 de abril de 2013

24 de Abril: Conlutas e cutistas unidos em mais uma marcha de lobby sindical para “pressionar Dilma”! A tarefa é outra, impulsionar a luta direta contra o governo do capital financeiro e do agronegócio!




Por Liga Bolchevique Internacionalista

A CSP-Conlutas em conjunto com setores da própria CUT convocou mais uma marcha de lobby sindical a Brasília. Será neste dia 24 de abril e segundo seu manifesto, “o objetivo da manifestação é defender os direitos sociais e trabalhistas e denunciar a política econômica do governo federal que resulta nesses ataques”. 

José Maria de Almeida nos “esclarece” que a marcha também deve “marcar um terceiro campo, alternativo ao PT e ao PSDB, uma alternativa de esquerda e classista” em um “testemunho” que revela o desejo inconteste de colocar a manifestação a serviço da política eleitoralista do PSTU de conformar uma “frente de esquerda” em 2014.

 Em resumo, a manifestação claramente se posta no campo oposto da resistência aos ataques do governo Dilma pela via da luta direta dos trabalhadores, a exemplo do que ocorreu com as demissões na GM, optando por “pressionar o governo Dilma”, da mesma forma como fizeram as centrais “chapa branca” na marcha do dia 6 de março. 

Não por acaso, ela irá ter a adesão de várias entidades cutistas e do MST, apoiadores “críticos” do governo da frente popular!

O que “diferencia” a marcha da CSP-Conlutas a da convocada oficialmente pela CUT é que ela visa agrupar sindicalmente os setores descontentes com os rumos do governo do PT, fazendo críticas pontuais à “política econômica do governo federal”, já as centrais “chapas brancas” apoiam abertamente o governo da frente popular. 

Ambas, porém, usam o mesmo método e tem praticamente as mesmas reivindicações porque suas direções formadas por burocratas sindicais de conjunto estão completamente integradas ao Estado burguês via uma série de privilégios.

Tanto que a chamada “CUT pode Mais”, que convoca junto com a Conlutas a marcha do dia 24, responde as críticas da direção majoritária da CUT sobre sua participação na manifestação afirmando justamente que “Entendemos que entre os vários desafios colocados para o conjunto da classe trabalhadora está a defesa do Piso Nacional para os trabalhadores em Educação, a luta contra o Acordo Coletivo Especial (ACE) que tem o objetivo retirar os direitos conquistados em lei (NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO), a luta pela ANULAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA, medida que retirou o direitos como a paridade, integralidade e criou o desconto dos aposentados. 

Tendo como pauta, também, o FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO, a defesa da Reforma Agrária, contra as privatizações, sejam as tradicionais ou aquelas camufladas como “concessões”, contra a perseguição de dirigentes sindicais, além de outras bandeiras classistas, anti-machistas e internacionalistas. 

Esta pauta histórica tem unificado um conjunto de Entidades CUTistas, MST e outras centrais sindicais de esquerda para organizar uma grande marcha à Brasília, no dia 24 de abril de 2013” (site esquerda da CUT, 06/04).

 Como se vê, estamos diante de um grande consenso entre setores da CUT e o MST, apoiadores do governo Dilma, com a Conlutas e a Intersindicial, que se proclamam como “oposição de esquerda”. 

A Conlutas alega que a adesão do MST e da “CUT pode Mais” a marcha está preocupando a direção majoritária da CUT, mas o fato é trata-se de uma “disputa” por quem melhor pressiona o governo Dilma, como declara a própria Conlutas: “Dilma está aplicando uma política econômica a serviço dos patrões. As grandes empresas tiveram lucros altíssimos nos governos do PT. 

Agora, que existe uma desaceleração da economia, existe uma queda nesses lucros. O sentido das iniciativas de Dilma é o de assegurar que esses lucros não caiam. Vem daí os incentivos fiscais, a redução dos impostos e as privatizações. 

O que essa Marcha está colocando em primeiro plano, no país, é que é necessário mudar esse cenário. Chega de dar dinheiro aos patrões.

 É necessária uma política econômica a serviço dos trabalhadores! É preciso rejeitar os ataques, como a reforma da Previdência e os ACE’s, e avançar com a suspensão do pagamento das dívidas, para que se possa investir na saúde e na educação, como também pagar os reajustes devidos ao funcionalismo. 

É preciso revogar as privatizações e ter uma Petrobrás 100% estatal, para termos combustível barato” (Site PSTU, 03/04).

A marcha consiste em mais uma manifestação de turismo sindical, ordeira e pacífica, acoplada ao calendário ordinário do sindicalismo brasileiro, cuja marca é substituir a ação direta contra os patrões e o governo por negociações que, via de regra, tem levado à luta dos trabalhadores a derrota. 

A polêmica em torno do ACE (Acordo Coletivo Especial) proposta pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para facilitar os ataques da burguesia contra os direitos dos trabalhadores surge neste cenário porque é rechaçado formalmente pela Conlutas. 

Porém, o PSTU e a Conlutas trataram de celebrar “seu” ACE com a GM, reduzindo o piso salarial dos futuros operários contratados e impondo um banco de horas via um acordo que sabotou a luta direta, já que o Sindicato dos Metalúrgicos de SJC não convocou uma única greve para barrar esses ataques! 

Outra questão que divide a CUT e a Conlutas é a defesa que será feita na marcha do dia 24 da anulação da reforma da previdência, alegando que ela foi aprovada através do chamado “mensalão”.

 Segundo José Maria de Almeida “reforma comprada é reforma anulada”, portanto, caberia ao STF anular a reforma e o Congresso Nacional fazer nova votação! 

A Conlutas defende que as próprias instituições do regime façam a “depuração” dos métodos histórico de funcionamento do Estado burguês, se apoiando na decisão do STF de que Dirceu montou um operativo no governo Lula de compra de votos no Congresso Nacional. 

Esta “tese” sobre o caráter do “mensalão” é própria dos apologistas deste regime democratizante, como o PSOL e PSTU. Com um Parlamento composto pela escória neoliberal, o PT não precisaria gastar um centavo sequer para aprovar uma reforma constitucional abertamente pró-imperialista. 

Através deste engodo o PSTU, ao mesmo em tempo que se coloca ao lado dos setores mais reacionários do regime político contra o núcleo histórico do PT, sabota a mobilização direta para barrar os ataques à previdência e aos direitos dos aposentados!

Para o PSTU, a marcha do dia 24 de abril esta a serviço de desesperadamente recompor a chamada “frente de esquerda” tanto no campo sindical como também no terreno político. 

Tentando fazer da manifestação uma demonstração de força, a CSP-Conlutas deseja aproximar o PSOL e o PCB, além de petistas “descontentes”, de seu projeto eleitoral. 

 A surrada estratégia do PSTU, entretanto não surtirá efeito, já que seus “parceiros” sindicais tem justamente outros planos no circo eleitoral da democracia dos ricos: o PSOL negocia o apoio a Marina Silva e a “CUT pode Mais” assim como MST seguirão firmes no apoio a Dilma em 2014, sempre, é claro, criticando os “exageros” da gerentona em agradar as oligarquias! 

Tudo aponta para que essa marcha seja mais um capítulo do calendário de falsas mobilizações de massas que antecederão as campanhas salariais corporativas do segundo semestre. 

Neste intervalo ocorrerão os atos de 1º de Maio quando tanto a CUT como a Conlutas se restringirão a pedir ao governo Dilma para “mudar a política econômica”, transferindo para as eleições de 2014 este embate que já tem a frente popular como ganhadora e a dividida “oposição de esquerda” como refém da candidatura de Marina.

Nos próximos meses Dilma não sofrerá um grande abalo que altere o atual quadro de estabilidade política, devendo ceder ainda mais aos apetites vorazes das oligarquias corruptas que “povoam” seu governo e não o contrário como deseja a pressão através da marcha a Brasília. 

Longe do lobby sobre o Congresso, como é a campanha pelo “Fora Feliciano”, está colocado ao movimento de massas irromper nesta conjuntura apresentando uma alternativa independente, radicalmente oposta a da “moralização” das instituições apodrecidas deste regime da democracia dos ricos e aos pedidos que o governo do capital financeiro e do agronegócio “mude de rumo”.

 A chave para a mudança qualitativa da situação política consiste na entrada em cena dos batalhões pesados do proletariado, empunhando bandeiras históricas da classe em sua ação direta nos grandes centros urbanos, nas concentrações fabris e ocupando os grandes latifúndios produtivos e as agroindústrias. 

O movimento de massas continua alheio às questões políticas, limitando a luta do proletariado a reivindicações salariais e corporativas, sem nenhuma visão estratégica de alternativa de poder. 

Nesse sentido, a marcha a Brasília nada mais faz do que repetir a velha receita do sindicalismo cutista pacífico e ordeiro em busca de algum resultado.