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domingo, 17 de abril de 2016

Abriu-se, ainda que com muita dor, um novo campo de lutas...



O Partido dos Trabalhadores vulgo PT sempre foi uma farsa financiada pelo IADESIL e pela CIOLS sob o comando norte americano para dividir as forças de esquerda. Todos aqueles que o defendem são sabedores dessa tramoia e ainda assim continuaram nesta saga que sucumbiu o sentido de luta, de justiça social e o sonho de uma sociedade verdadeiramente humanitária. 

Não merecem e nunca mereceram o meu respeito... 

Podem cacarejar a vontade porque eu sei de que lado verdadeiramente se encontram: Do individualismo, da privacidade e do personalismo burguês com essência e excelência, algo nada diferente dos mercenários... 

Buscam eternamente os holofotes da política enquanto enriquecem individualmente tendo as questões sociais como a ordem do dia... Por tudo isso não titubearemos de combatê-los com todas as armas disponíveis, inclusive com aquelas de seus aliados ocultos do campo do fascismo e da reação... 

Abriu-se, ainda que com muita dor, um novo campo de lutas...

OS "TRAIDORES" DE HOJE SÃO OS HERÓIS DE ONTEM: FRENTE POPULAR SEMEOU O TERRENO DE SUA PRÓPRIA DERROTA POLÍTICA



A Liga Bolchevique Internacionalista mais uma vez sintetiza com maestria o desenrolar dos fatos neste momento histórico da nação, com a grandeza do pensamento revolucionário, sempre atualizado...


Parece um cenário surreal, montado pelo mestre Salvador Dalí, onde os pérfidos "traíra" de hoje são os mesmos heróis de ontem. Estamos é claro falando dos "capitães do golpe" parlamentar contra o governo Dilma, começando pelo comandante em chefe do seu  "Estado maior", Michel Temer, que não faz muito tempo foi alçado à função política de "primeiro ministro" informal da gestão petista em plena crise institucional. A "tropa" dos bandidos chefiada agora por Temer é formada por velhos parceiros do PT, que desde 2002 seguiram em aliança eleitoral com Lula para garantir a continuidade do programa neoliberal do falido tucanato. São na verdade a mesma "base aliada" parlamentar das quatro gerências estatais consecutivas da Frente Popular. A conjuração de quadrilheiros que hoje saliva por ocupar o Palácio do Planalto, abarcando figuras de proa como Sarney, Cabral/Pezão, Maluf, Kassab, Padilha, Jucá etc...ainda conta com um "generoso" naco da fatia estatal, sob controle atual do PT.  Eram considerados amigos fiéis do projeto estratégico de colaboração de classes da Frente Popular. Estiveram juntos e sem manifestar divergência alguma na aplicação do covarde ajuste neoliberal contra os direitos dos trabalhadores.

 Porém a conjuntura "virou" mas grande parte do "trabalho sujo" já foi realizado por Dilma, que neste momento já pode ser descartada em meio a profunda recessão econômica capitalista que se avizinha. As hienas "ex-aliadas" estão sedentas pela "carcaça" do Estado burguês que a Frente Popular deixou de herança após a "fartura" das commodities no mercado mundial. Entretanto existem ainda, fruto desta época, as reservas cambiais do país  depositadas no FED e quase sem rendimento algum, enquanto nosso "patriota" BC paga aos rentistas da dívida interna juros reais de cerca de trinta por cento ao ano (Selic+Spread). Bastou a menor e inofensiva ameaça dos "neodesenvolvimentistas" do PT em "mexer um pouco" nas reservas cambiais para induzir o reaquecimento da economia, para que a chamada "base aliada" se insurgisse contra o governo, seguindo a orientação do "farol" da Casa Branca.

 O resultado político foi explosivo para Dilma, gerando a fusão de todas as forças oligárquicas do país, antigas aliadas do PT, com a oposição da direita tucana e seu braço midiático "global". É bem verdade, para se fazer justiça com a história, que não se pode qualificar a falange de criminosos comandada por Temer de "traidores", se alguém traiu nesta "novela" de rapinagem foi o próprio PT que enganou o povo brasileiro com o discurso do combate a retirada dos direitos sociais e econômicos, isto sem falar da prometida "veste ética" da gestão estatal. O caráter social da composição política dos governos petistas (PMDB, PP, PSD, PTB, PR PDT etc..), não deixava qualquer dúvida acerca do programa capitalista neoliberal impulsionado contra a classe operária e o povo pobre. Porém a burguesia nacional segue dividida mesmo diante da debandada palaciana. 

O placar do impeachment na Câmara tende a ser definido por uma diferença de apenas dez votos. Um governo com o timbre "Temer" é absolutamente temerário para os interesses do capital financeiro. A saída preparada pelas classes dominantes diante do debacle político do governo Dilma passa pela convocação de novas eleições, possivelmente em 2017. Foi sintomática e lúcida a declaração proferida ontem (15/04) pelo patrono da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro: "Um governo Temer não vai resolver o problema da corrupção no Brasil". Moro pretende ocupar ele mesmo a cadeira presidencial e assim iniciar um governo com características bonapartistas no país, sob o mito de "erradicar a corrupção". A tentativa da esquerda reformista em apresentar a "rasteira" parlamentar do até ontem "fiel" PMDB contra Dilma como um "golpe de estado" é completamente ridícula.

 A verdadeira mudança no regime institucional vigente está sendo maturada com o desenrolar da operação "Lava Jato", a qual o PT e seu governo continuam apoiando cegamente! Falar em "atentado a democracia" os que defendem uma lei antiterrorismo para criminalizar os movimentos sociais e silenciam sobre os massacres diários das PM's contra negros e pobres das periferias, seria cômico se não fosse trágico, ou seja, estes covardes senhores governam a nação! Sobrevivendo ou não a batalha do próximo domingo, a Frente Popular está gravemente ferida (não completará seu mandato), mas já causou o maior prejuízo político as futuras gerações de militantes de esquerda ao cultuar o altar da democracia burguesa como a "pauta sagrada"  da luta dos trabalhadores. Para os Comunistas Revolucionários o norte do socialismo e da demolição do regime da democracia dos ricos continua sendo a nossa chama de combate!

domingo, 3 de abril de 2016

BURGUESIA SE ASSUSTA COM A VORACIDADE DOS ABUTRES TEMER E CUNHA, SINALIZANDO UM “ACORDÃO NACIONAL” PARA SEGURAR UM POUCO MAIS DILMA E ANTECIPAR ELEIÇÕES COM O AVAL DO PT



O que eu posso dizer diante dessa conjuntura seria o mínimo e, é que as pretendidas 'novas eleições' enterrariam o PT e ressuscitarão alguns manda-chuvas endiabrados da ditadura militar passada. Trata-se do ex capitão e atual Deputado Federal (por sete mandatos consecutivos) Jair Bolsonaro que, tendo desembarcado do PP (ex ARENA-PDS-PPR-PPB) conta com milhões de seguidores (sic) Brasil afora. Eis ai o grande risco para a democracia participativa até então sobrevivente. Não há como dizer que a lei antiterror parida pelos petistas poderá ser utilizada pela primeira vez num governo Bolsonaro, justamente contra os seus criadores... Enfim, é apenas a minha opinião sobre um tema que aparentemente passaria despercebido...


A cena dos carniceiros do PMDB, com o protagonismo dos bandidos Cunha, Padilha e Jucá, anunciando o rompimento do partido com o governo Dilma foi emblemático. Nem as frações mais reacionárias da burguesia podem admitir que este bando mafioso possa se constituir como uma alternativa de poder diante da crise política. Uma vitória do impeachment nestas condições políticas só poderia trazer mais instabilidade social ao país, fator que o capital financeiro abomina para a realização de seus lucros. Refletindo esta situação o STF em sua última sessão plenária de quinta-feira decidiu por ampla maioria referendar a posição do ministro Teori em “blindar” temporariamente Lula, praticamente garantindo sua nomeação ao Planalto. As classes dominantes não visualizam um cenário onde a crise política venha a se avolumar com uma saída muito “traumática” da gerência petista. Por isto a burguesia trabalha com a opção de um “compromisso” onde a Frente Popular aceite encurtar o mandato de Dilma, abrindo a possibilidade da convocação de eleições presidenciais, onde sua “grande aposta” seria facilmente vitoriosa, estamos falando obviamente do candidato a neobonaparte Sérgio Moro. Por outro lado, as manifestações de dia 31 de Março demonstraram o poder de mobilização da Frente Popular em negociar com a burguesia uma “saída honrosa” para a crise do governo Dilma. As manifestações massivas desta quinta-feira, quando se completavam os 52 anos do golpe cívico-militar de 1964, demonstraram claramente que não será fácil “empossar” Temer na Presidência da República via o um “impeachment” comandado por Eduardo Cunha. Há forte resistência popular e dentro da classe dominante. Seria uma situação que geraria profunda instabilidade política no regime democratizante, podendo até fortalecer posteriormente o próprio PT. Não por acaso, Renan criticou publicamente a decisão do PMDB de romper com Dilma “precipitadamente” e o governo ganhou a batalha no STF garantindo a Lula o Foro Privilegiado para investigações na condição de futuro Ministro da Casa Civil. Essas sinalizações apontam que setores mais “iluminados” da burguesia trabalham com um plano mais estratégico, como um novo “pacto social” ou se não vingar a cassação do mandato via o TSE e a convocação de novas eleições, no caso da cassação da chapa Dilma-Temer ocorrer com menos de dois anos de mandato . O certo é que a burguesia e o imperialismo não podem simplesmente descartar o PT que demonstrou ter um forte enraizamento social e apoio de amplos setores da chamada “sociedade civil” como a CUT, CNBB, MST, MTST, agrupando em torno da defesa da democracia (como um valor absoluto) um amplo espectro político que vai de intelectuais progressistas, juristas, sindicalistas, artistas até setores da chamada “oposição de esquerda” como a ala majoritária do PSOL. O fato é que a transição para a ascensão do Bonaparte Moro não pode sair simplesmente de um “golpe institucional” feito às pressas pelos canalhas ultra corruptos Cunha-Temer. Essa fórmula não se sustenta, sequer tendo apoio da Rede Globo. Moro (treinado pelo Departamento de Estado ianque) parece ser a “carta na manga” sobre o controle direto da Famiglia Marinho, que não deseja cometer o erro de apoiar um aventureiro como Collor em 89, que depois saiu de seu controle. Nesse sentido, a Operação Lava Jato, em um claro curso de perseguição política a Lula decretou a prisão de atores envolvidos no assassinato de Celso Daniel e dos empréstimos negociados por Bumlai. Moro visa desgastar a imagem do ex-presidente para que ele esteja desmoralizado para uma possível disputa eleitoral futura, senão preso (o que seria mais improvável pela comoção social que geraria). De nossa parte, caracterizamos que este dia 31 foi um palco para a Frente Popular demonstrar força política e eleitoral assim como organizar em torno de si seus aliados burgueses, como os irmãos Gomes (PDT), a ala governista do PSB (Ricardo Coutinho, Capiberibe) e as pequenas siglas fisiológicas burguesas (PSD, PP, PR, PRB) com a promessa de que serão premiadas com novos ministérios. Os atos do 31 foram importantes nesse sentido, não serviram para combater o ajuste neoliberal e os ataques do governo Dilma aos trabalhadores, essas demandas ficaram totalmente subordinadas à defesa do governo burguês do PT e da “democracia universal”. Por sua vez, o 1º de abril convocado pela Conlutas-PSTU foi um tremendo fiasco porque não consegue se constituir como uma mobilização independente da direita e seu “Fora Todos” acaba flertando com a “reação golpista”. O momento agora é de organizar uma saída operária e socialista diante da crise do regime da democracia dos ricos e do governo do PT combatendo no curso dessa perspectiva a ofensiva da direita fascista. Trata-se de caminhar no “fio da navalha” para não capitular a Frente Popular e jamais fortalecer a reação burguesa, combatendo a política de colaboração de classes do PT em uma perspectiva revolucionária que vá além do jogo eleitoral como desejam as frações burguesas em disputa.

sábado, 2 de abril de 2016

DEPOIS DE DESTRUIR NOSSO PRESENTE, O PT QUER ROUBAR-NOS O FUTURO.

EM 26 DE AGOSTO DE 1999 A ESQUERDA QUE HOJE GEME COM O IMPEACHMENT QUERIA A SAÍDA DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. O LEMA ERA: FORA JÁ! FORA JÁ DAQUI, O FHC E O FMI!!


Grande Celso, sintetizou tudo sobre a hipinose golpista dos petrolão e a farsa petista.

De fato, na era Collor de Melo o impeachment não era considerado golpe porque está previsto na constituição como uma arma letal popular, jurídica e política. Logo a seguir houve uma tentativa de provocar o impeachment de Fernando Henrique Cardoso, político este que eu havia votado em 1978 e também fui cabo eleitoral nos anos 80 durante as eleições para a prefeitura de São Paulo. Em 1999 participei da marcha dos 100 mil como militante do PSTU e tentamos derrubá-lo (injustamente) e faço aqui uma mea culpa... O impeachment não era golpe, era de fato um ferramenta importante que sintetizava a democracia, mas hoje o PT a demoniza taxando-a de Golpe. Golpe é o fiafó do capeta que peida e caga fedido e os petistas amam...

Por Celso Lungaretti - Jornalista e escritor
O jornalista, sociólogo e geógrafo Demétrio Magnoli é um dos autores independentes que a parcela autoritária da nossa esquerda (cujo vezo stalinista se mantém até hoje) sataniza e desqualifica por não ter cafife intelectual para confrontá-los no campo das ideias. 

Como faço questão de manter-me bem longe dessa mentalidade de torcidas organizadas do futebol, leio sempre a coluna do Magnoli, às vezes concordando, outras discordando. Seus piores textos, pelo menos, estimulam-me a refletir sobre tendências e acontecimentos importantes. Já do samba de uma nota só dos blogueiros chapa-branca, cujo trabalho tem caráter meramente propagandístico (apoiam o governo até mesmo quando ele adere ao neoliberalismo!), nada se aproveita.

Vou ser sempre grato ao Magnoli pela tunda de fazer dó (vide aqui) que aplicou no Mino Carta, uma das maiores farsas paparicadas pela esquerda que virou suco, o homem que bajulava Médici e ajudou Berlusconi a perseguir Battisti.

Neste sábado (2), ele nos oferece uma análise irrepreensível do porquê de o PT estar estuprando gritantemente a verdade e difundindo uma versão fantasista, digna de Goebbels, acerca do impedimento de Dilma Rousseff pelas vias constitucionais. 

Os papalvos que engolem a patranha do golpe e a ecoam nesciamente por aí, não estão sequer participando de uma última tentativa de salvar o mandato da presidente, pois este se encontra além de qualquer possibilidade de salvação.

Estão, isto sim, ajudando o PT no propósito de manter-se como força hegemônica da esquerda mesmo depois do desastre atual

Ou seja, após engendrar a pior recessão brasileira de todos os tempos, sacrificando miseravelmente os explorados, excluídos e o povo em geral, além de enlamear a imagem da esquerda como nunca dantes ela fora emporcalhada neste país, o PT ainda quer abortar o processo de crítica e autocrítica que sobrevém às grandes derrotas, para a necessária definição de novos rumos e posturas.

Já destruiu nosso presente e quer roubar-nos o futuro.

Para quem ainda ousa pensar com a própria cabeça, ao invés de seguir a manada, é um texto obrigatório.

O GOLPE DO "GOLPE"
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Por Demétrio Magnoli
O kirchnerismo caiu numa disputa eleitoral. Derrotas nas urnas são contingências normais do jogo político. O lulopetismo encara a perspectiva de uma catástrofe: a humilhação histórica de um impeachment sustentado pela maioria esmagadora da população. É diante desse abismo que seus dirigentes formularam a narrativa do golpe

Ela não se destina a salvar o mandato agonizante de Dilma Rousseff, mas a resgatar os responsáveis pelo desastre. "Golpe" é a palavra escolhida para hipnotizar a base militante petista no pós-Dilma, congelando o debate interno e salvando a liderança política de Lula.

Os dirigentes petistas não são néscios. Eles não acalentam a pretensão exorbitante de persuadir a sociedade com o conto de um "golpe" que segue a Constituição e as leis, num processo definido milimetricamente pelo STF. 

Da mesma forma, sabiam que a ofensiva na imprensa internacional, por meio de entrevistas de Dilma e Lula de denúncia do "golpe", provocaria irônica perplexidade entre os correspondentes estrangeiros. Foi pior que o 7 a 1: o governo brasileiro e, por extensão, o próprio país, converteram-se em objeto de piada e escárnio. Mas isso estava na conta. É uma prestação a pagar pelo objetivo maior.

Um quarto de século atrás, combativos parlamentares do PT clamavam pelo impeachment de Collor argumentando que a legitimidade das urnas não colocava o presidente acima da ordem legal. Se houvesse hoje um golpe em curso, Dilma recorreria à Constituição para abortá-lo, invocando perante o Congresso a necessidade de decretação do estado de sítio. 

Mas, como o "golpe" não é golpe, a presidente nada solicitou aos parlamentares que se preparam para apeá-la legalmente. O público-alvo da lenda do "golpe" é a área de influência do PT. Os militantes não precisam acreditar na cantiga de ninar. Basta que a assumam como benevolente autoilusão: um truque capaz de aplacar as angústias de quem acompanhou uma trajetória de degradação política e ética.

O governo foi escorraçado pela nação, experimentando o desprezo do povo, o abandono dos empresários, a traição de uma elite política que compartilhava o poder. Essa narrativa sobre o encerramento melancólico do longo ciclo de poder do PT solicitaria uma implacável revisão crítica interna. Seria preciso identificar erros de natureza política, ideológica e metodológica, para começar outra vez, sobre um mármore limpo. Como aconteceu com veneráveis partidos europeus, a refundação implicaria uma renovação na cúpula dirigente. O "golpe" nasceu para cortar essa hipótese pela raiz. É uma narrativa que serve aos interesses de Lula, mas sabota o futuro do PT.

Desde a redemocratização, quase todas as correntes de esquerda no Brasil assumiram posições à sombra do guarda-chuva de Lula. O controle lulista sobre a esquerda acentuou-se nos mandatos do ex-presidente, que lançou mão de financiamentos oficiais indiretos para subordinar os chamados "movimentos sociais" ao Palácio. 

Contudo, nos últimos anos, sob os impactos dos escândalos de corrupção e do esgotamento das políticas de estímulo ao consumo, fragmentos da esquerda (como o Psol e o MTST) adquiriram autonomia, esboçando desafios à hegemonia lulista. A segunda finalidade da farsa do "golpe", que complementa a primeira, é restabelecer uma ordem abalada.

A narrativa de um governo que fracassou politicamente depois de se associar ao alto empresariado numa vasta trama de corrupção serve como bandeira para reaglutinações da esquerda longe da sombra de Lula. Já a narrativa do "golpe das elites" contra o "governo popular" congela os movimentos de ruptura, reinserindo-os na órbita lulista. 

O golpe do "golpe" tem a função de estender o regime de servidão voluntária da esquerda para além da queda de Dilma. Nesse sentido, funciona, como se viu nos atos "contra o golpe" do 31 de março.