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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Potências imperialistas fecham cerco contra os “rebeldes” na Ucrânia: Miram nas “Repúblicas Populares”, mas o verdadeiro alvo é Moscou! Os Marxistas combatem na mesma trincheira dos separatistas e da Rússia contra o imperialismo, a OTAN e seus bandos fascistas!

 

Na véspera de se completar um ano do golpe desferido em 21 de fevereiro de 2014 pelos fascistas na Ucrânia com o objetivo de subordinar o país aos ditames da OTAN, UE e do FMI, os líderes das potências imperialistas como EUA, Alemanha e França, tendo como pretexto discutir a “segurança global”, se reuniram nesse final de semana em Munique para organizar uma ofensiva política e militar contra os “rebeldes” do Leste ucraniano e reforçar as sanções contra a Rússia. Do encontro também participou o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, que exigiu o incremento das medidas contra Moscou mostrando passaportes de soldados russos que supostamente atuam no território do país. O Kremlin enviou representante para cúpula a fim de apresentar um “plano de paz” cuja condição inicial seja o fim das ações militares ucranianas, apoiadas pelo imperialismo, contra as chamadas “Repúblicas Populares”, particularmente Donetsk, que vem resistindo a sanha genocida de Kiev e cuja direção convocou 100 mil combatentes populares para enfrentar as forças leais ao governo de Poroshenko. O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, traçou em poucas palavras a política da Casa Branca e da UE: “Muitas vezes o presidente Putin prometeu a paz e entregou tanques, tropas e armas aos separatistas. Então vamos continuar a ajudar a Ucrânia com assistência de segurança, não para encorajar a guerra, mas para permitir que a Ucrânia se defenda. Para ser claro, nós não acreditamos que exista uma solução militar na Ucrânia. Mas, para ser igualmente claro, não acreditamos que a Rússia esteja certa de fazer o que está fazendo. Acreditamos que devemos buscar uma paz honrada. Também acreditamos que o povo da Ucrânia tem o direito de se defender” e concluiu como uma ameaça “Levando-se em conta a recente história da Rússia precisamos julgar seus atos, não suas palavras. Atos, não palavras, presidente Putin”. Para pressionar ainda mais a Rússia um novo encontro está marcado para esta quarta-feira (11) em Misnk. Putin defende a federalização ucraniana, com Donetsk e Lugansk passando a ter poder de veto em qualquer aprofundamento das relações de Kiev com o Ocidente, tendo autonomia do governo central e podendo inclusive participar da União Euroasiática que a Rússia criou com ex-repúblicas soviéticas, termos inaceitáveis para o imperialismo. Somente se colocando neste lado da trincheira os marxistas leninistas poderão, ombro a ombro com o proletariado e o campesinato desta região, apontar uma perspectiva comunista proletária para o conflito, indo portanto além de suas direções burguesas. A palavra de ordem de “Todo apoio as milícias de autodefesa para derrotar a reação fascista e os golpistas impostos em Kiev! Armas para os revoltosos expulsarem os neocolonialistas!” está a serviço de forjar um programa revolucionário que coloque na ordem do dia a construção de verdadeiras “Repúblicas Soviéticas” com a expropriação dos bandos burgueses restauracionistas, chamando inclusive a solidariedade ativa do proletariado russo em sua defesa. Os bolcheviques leninistas em caso de uma guerra deflagrada na região de influência geopolítica da antiga URSS saberão levantar as “bandeiras de outubro”, tão sentidas para o proletariado soviético, e na mesma trincheira militar dos restauracionistas russos contra o imperialismo acertarão suas “contas” históricas com aqueles que ajudaram a destruir as conquistas operárias da revolução socialista de 1917!

No curso das conversas, ocorreu também uma reunião trilateral entre Rússia, Alemanha e França na capital russa e, em paralelo, outro encontro diplomático na Ucrânia: John Kerry, secretário de Estado ianque, foi a Kiev. Na conversa com seus capachos ucranianos, Kerry aventou a possibilidade de enviar armas às forças governamentais, que combatem as milícias pró-Rússia em Donetsk e Lugansk. O Secretário de Estado e generais norte-americanos estão ‘abertos’ à possibilidade de oferecer as forças de Kiev, declarou. Como a Alemanha ainda tenta uma saída diplomática pelos negócios que tem como Moscou, Kerry foi oficialmente cauteloso mesmo depois de articular uma ação militar unilateral da OTAN: “Deixe-me assegurar a todos que não há divisão, não há racha. O que eu escuto são pessoas tentando criar um. Estamos unidos, estamos trabalhando juntos. Todos nós acreditamos que este desafio não será encerrado por meio da força militar. Estamos unidos em nossa diplomacia”. A perspectiva mais forte que vem sendo cogitada no momento, a norte-americana, é a que tem mais potencial para gerar uma guerra futura. Os EUA cogitam destinar mais armamento ao exército ucraniano contra os rebeldes.

Houve também uma reunião entre Barack Obama e Angela Merkel na Casa Branca nesta segunda-feira, 09, para discutirem a chamada “crise na Ucrânia”. O presidente ianque afirmou que a Rússia violou o acordo acertado com a Ucrânia e enviou mais tanques e artilharia para os rebeldes separatistas no leste ucraniano, em vez de se retirar do território vizinho. Obama disse que as agressões russas reforçam a unidade internacional e defendeu uma solução diplomática para a crise na Ucrânia mas não descartou uma ação militar: “A possibilidade de armas letais para defesa é uma dessas opções que são avaliadas, mas ainda não tomei uma decisão sobre isso”. O falcão negro afirmou também esperar que o prejuízo da Rússia com as sanções impostas se tornem alto o suficiente a ponto de o presidente russo Vladimir Putin preferir uma solução diplomática. Os Estados Unidos podem aumentar as sanções à Rússia caso as conversas diplomáticas não sejam suficientes. Para tanto acertou com Merkel que a estratégia da OTAN será reforçar sua presença no leste da Europa e trabalhar com o FMI para dar suporte financeiro à Ucrânia, imponto mais planos de ajuste neoliberal e privatizações. Merkel defendeu que, caso a pressão sobre a Rússia falhe na reunião de Minsk, a UE e os Estados Unidos devem explorar “outras opções”. Ela declarou também em tom de ameaça “Se renunciarmos ao princípio da integridade territorial, não estaremos em condições de manter a ordem e a paz na Europa”. Todos este elementos apontam que a guerra civil na Ucrânia fomentada pelas potências imperialistas visa impedir que o Leste do país se separe ou amplie seu status federativo, esvaziando assim o governo pró-imperialista e nazifascista imposto em fevereiro de 2104 com a ajuda da CIA, na medida em que cerca de 23 cidades e vilas na região do Donbass, que gera 1/3 do PIB da Ucrânia, já estão controladas pelos federalistas.

Desde o golpe de fevereiro de 2014 - que no final do mês irá completar um ano - os rebeldes vem mostrando vigor e forte resistência, tendo conquistado cerca de 500 quilômetros quadrados de território nos últimos quatro meses. Frente este realidade, em pleno aniversário as ascensão dos golpistas ao governo de Kiev, o imperialismo ianque e europeu voltam a ameaçar com ações militares no Leste da Ucrânia podendo começar uma guerra com a Rússia, adiada até agora pelo poderio militar do Kremlin. Como Marxistas Revolucionários sabemos muito bem que a Rússia de hoje pouco tem a ver com o antigo Estado Operário Soviético, que apesar da burocratização Estalinista “carregava” imensas conquistas históricas para o proletariado. Porém, mesmo absolutamente conscientes da natureza de classe do governo Putin, não nos omitiremos mais uma vez em convocar a classe operária ucraniana e russa para conformar uma poderosa frente única contra ação militar do imperialismo e seu capacho, Poroshenko. A experiência de luta do proletariado ucraniano contra o nazismo durante a II Guerra Mundial historicamente já demonstrou que a derrota do fascismo, tanto ontem como hoje, não significa a luta pela “democracia” burguesa ou apenas o direito à separação do leste do país se assim decidirem, mas o combate estratégico pela derrota do imperialismo e seu governo lacaio. Esta realidade está criando as condições para o ressurgimento de uma vanguarda comunista com suas bandeiras vermelhas inscritas com a foice e o martelo sempre presentes nas manifestações populares. Desde a LBI defendemos que no curso dos enfrentamentos militares é fundamental lutar conscientemente (política e programaticamente) a fim de abrir caminho para o retorno de Repúblicas Soviéticas no Leste do país e na própria Ucrânia através da expropriação da burguesia restauracionista nativa com o objetivo de tomar o poder político do Estado, combate de classe que pode ensejar toda a região a seguir seu exemplo, rompendo com a miséria, o desemprego e a pobreza impostos pela restauração capitalista advinda após o fim da URSS há quase 25 anos!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

PARA GULLAR, DILMA PRONUNCIA "DISCURSO DE CRIOULO DOIDO".

Por Celso Lungaretti - Jornalista e Escritor

Gullar: o PT hoje não passa de um partido populista.
O poeta neoconcretista Ferreira Gullar, com a sabedoria dos seus 84 anos, acaba de fazer uma análise quase perfeita da ascensão e queda do PT. Concordo com praticamente tudo e a reproduzo abaixo porque deve ser conhecida e discutida por todos que ainda não desistiram do bom combate.

A única ressalva que faço é a seguinte: ele acerta ao constatar que, "em nenhum dos países onde o comunismo chegou ao poder, o governo foi exercido por trabalhadores", mas daí não se pode inferir automaticamente que uma sociedade igualitária "na prática, tornou-se inviável".

Eu diria que foi o socialismo num só país que se demonstrou inviável, mas continuo acreditando que as coisas serão bem diferentes se uma onda revolucionária varrer o mundo, como acreditavam os marxistas antes do brutal esmagamento da Comuna de Paris, em 1871. 

Mesmo um pouco abalada, a esperança na revolução internacional ainda era forte às vésperas da revolução de 1917, quando a cúpula bolchevique decidiu que, embora a Rússia não estivesse preparada para o socialismo, a tomada de poder se justificava para servir como uma espécie de estopim da revolução européia, à qual se seguiria a mundial.

Sob Stalin, apropriadamente apelidado por Trotsky de "coveiro da revolução", o movimento revolucionário tomou o desastroso atalho de considerar possível e desejável a eclosão de revoluções localizadas. E elas todas, ou foram esmagadas, ou se desvirtuaram.
Stalin, o coveiro da revolução.

Então, sustento ser inexato que a teoria original de Marx e Engels, na prática, tenha se mostrado inviável; apenas deixou de ser testada em escala ampla e com o processo sendo encabeçado pelos países mais industrializados, como ambos prescreveram. Talvez, nas circunstâncias bem diferentes do atual século, ainda o venham a ser. É a esperança que me impregna e que me move. [Mais sobre este assunto aqui.]

Fechado este parêntesis, vamos às lúcidas considerações do Gullar.
"...diferentemente dos demais partidos, o partido revolucionário promete mudar radicalmente a sociedade, alijando do poder os exploradores do povo, isto é, os capitalistas. 
Noutras palavras, o partido de esquerda é essencialmente ideológico, defende a criação de uma nova sociedade, dirigida não pelos patrões e, sim, pelos trabalhadores. Teoria essa que, na prática, mostrou-se inviável, uma vez que, em nenhum dos países onde o comunismo chegou ao poder, o governo foi exercido por trabalhadores.
Esses partidos não existem mais. Os que existem, como o PT, por exemplo, são na verdade partidos populistas, que se apresentam como defensores dos pobres, mas se aliam a setores empresariais, aos quais fazem concessões para se manter no poder.
Porque não podem mostrar-se, diante dos seus eleitores, como realmente são; fazem o jogo dos interesses empresariais, mas discursam como adversários deles.
E, assim, ganham os dois: os capitalistas, que nada têm a temer –consequentemente ganham mais–, e os populistas, que manipulam o descontentamento dos pobres com programas assistencialistas.
Esse foi o discurso do PT, que o manteve desde sempre, enquanto foi possível. Agora, no caso de Dilma Rousseff, a situação encrencou, porque a política governamental adotada, após anos e anos, terminou por levar a economia do país a esta situação crítica, o que a obrigou a chamar alguém para evitar que o barco afunde.
Mas como dizer essa verdade ao país se, até outro dia, durante a campanha eleitoral, afirmava o contrário? E, sobretudo, como dizê-la ao eleitorado petista que, por sua vez, não quer ouvir a verdade? Não pode, claro. Daí o estranho discurso que Dilma [na primeira reunião mantida com os inacreditáveis 39 auxiliares, os quais só não devem ser 40 por receio de comparações com um certo conto das Mil e uma noites...] fez a seus ministros e a seus eleitores.
É que ela vai fazer, neste novo mandato, tudo o que disse que não faria. E acusava Aécio Neves de desejar fazer...
Por isso mesmo, como não pode dizer que não o fará, tampouco que o fará, pronunciou um discurso de crioulo doido (*) quando garantiu que a mudança radical que sofrerá a sua política econômica é apenas a continuação natural daquela que fracassou. Por que, então, demitiu Guido Mantega, o responsável por ela?" 
* referência à hilária paródia Samba do crioulo doido, composta por Sérgio Porto em 1968.

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

ASSISTIR A HISTÓRIA DE UM MASSACRE



Romeo Dallaire, um oficial canadense, é enviado pela ONU a Ruanda com o objetivo de evitar que um conflito étnico iminente transforme-se em tragédia. Sua missão é grandiosa, mas seus recursos são poucos. Seus pleitos por ajuda e reforços foram negados. Ele manteve-se heroicamente firme ao seu objetivo e lutando bravamente com as armas de que dispunha, sem poder impedir o genocídio que vivenciou.


sábado, 7 de fevereiro de 2015

ASSISTIR "BEKAS" PARA O ALTO E AVANTE - DUBLADO

Esta é uma história sobre dois irmãos desabrigados, Zana (7 anos) e Dana (10), que vivem no limite da sobrevivência. Eles tem um vislumbre do Superman através de um buraco na parede no cinema local, daí decidem sair de sua aldeia curda e ir para a América acreditando que, uma vez lá, o super-herói poderá resolver todos os seus problemas. Zana começa a fazer uma lista das pessoas que ele vai pedir para o Superman punir (no topo da lista está Saddam Hussein). Dana, por outro lado, pensa no que eles precisam para chegar lá: dinheiro, passaportes, transporte e uma maneira de atravessar a fronteira. Infelizmente, eles não têm nada disso. Graças ao seu trabalho árduo como engraxates conseguem juntar dinheiro suficiente para comprar um burro (que eles chamam de Michael Jackson) e com o qual eles decidem partir para realizar seu sonho. Por trás dessa cativante odisseia encontra-se um retrato íntimo do conflito curdo no Iraque. O diretor Karzan Kader explica a intenção de seu filme: “o Curdistão está em guerra há tanto tempo que se tornou o estado normal lá.

Assistir - Bekas Para o Alto e Avante - Dublado from Carlos Alberto on Vimeo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

NOTÍCIAS DA VENEZUELA 2015



Entrevista com a jornalista Elaine Tavares, que esteve na Venezuela de 24 a 30 de janeiro, onde pode acompanhar o desenrolar da "guerra econômica" travada entre o governo e a oposição.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Ferreira Gomes preparam sua entrada no PT, os ACM fazem o mesmo no PDT: Por que as oligarquias reacionárias aderiram aos partidos da “esquerda socialista”?



Em um país onde um draconiano ajuste neoliberal contra os direitos dos trabalhadores é operado pelo governo do PT, que ainda se proclama socialista em dias de festa, não chega a ser estranho que as oligarquias mais reacionárias sintam-se à vontade para ingressar em partidos que se reclamam de “esquerda”. Nos últimos dias vem circulando na imprensa que ACM Neto, prefeito de Salvador e herdeiro político do prócer da ditadura “Toninho Malvadez”, o falecido e odiado chefe da oligarquia baiana que comandou a Arena, o PDS e depois o PFL no estado, vai trocar o falido DEM pelo PDT fundado por Leonel Brizola e hoje dirigido pelo canalha mercenário Carlos Lupi. Como primeiro passo da mudança, ACM aquinhoou a Secretaria de Trabalho da prefeitura aos pedetistas e orientou os deputados do DEM a votarem no candidato do PDT ao comando da Assembleia Legislativa baiana, Marcelo Nilo, que acabou eleito contra a vontade do PT. Lupi não disfarça “São sinais de que o prefeito nos quer ao lado dele”. Brizola, que chegou a presidir a Internacional Socialista, deve estar se remoendo no túmulo ao ver seu velho partido nacionalista burguês ser traficado por Lupi em negociatas com figuras sinistras do calibre do seguidor político de “Malvadeza”, eminente apoiador da ditadura militar. Ele, como Ministro das Comunicações do governo Sarney, foi responsável direto por entregar para a Rede Globo centenas de concessões públicas de TV para fortalecer as oligarquias regionais que sustentaram os militares genocidas e na “redemocratização” foram premiadas para controlarem representações estaduais televisivas em parceria com a familgia Marinho, tão denunciada por Brizola como um máfia midiática anti-povo. Esse deslocamento de ACM Neto muito se assemelha ao que vem operando há algum tempo a oligarquia Ferreira Gomes. Abrigada temporariamente no PROS, os irmãos Cid e Ciro já controlam o PT do Ceará e aguardam o melhor momento de migrar para o partido de Lula, alimentando o sonho de Ciro se candidatar a presidente da república. Para consolidar esta ponte, a oligarquia cearense elegeu como governador do Ceará um fiel representante seu dentro do PT, o “laranja” Camilo Santana e encontra-se em negociações avançadas para embarcar na anturragem neopetista. A indicação de Cid Gomes para o Ministério da Educação faz parte desse projeto de poder. Com a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, em que um dos coordenadores de sua campanha vitoriosa foi o deputado Miro Teixeira, do PROS-RJ, ficou claro que os Ferreira Gomes não tem qualquer controle da legenda “prosaica”, o que reforça o rumo ao PT a ser sacramentado no próximo período. Para a chamada “esquerda petista” que se proclama socialista e até mesmo revolucionária ou os “nacionalistas” do PDT que juram fidelidade ao trabalhismo de Brizola fica a patética tarefa de aceitar passivamente os novos “companheiros” representantes das reacionárias oligarquias dos Ferreira Gomes e dos ACM, inimigos históricos dos trabalhadores, de qualquer traço de soberania nacional e, obviamente, do socialismo!

Todo este quadro partidário onde caciques burgueses direitistas se descolam para legendas que se dizem que “esquerda” está diretamente explicado pelas facilidades que esse movimento projeta na divisão do botim estatal e, particularmente, na relação parasitária com o governo Dilma. ACM Neto, por exemplo, nas hostes do PDT terá ampla possibilidade de chantagear a “gerentona” petista por mais verbas para Salvador a fim de favorecer sua oligarquia em negociatas bilionárias em troca de apoio no Congresso Nacional. A recente eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, com Eduardo Cunha do PMDB derrotando de forma humilhante o candidato do PT, Chinaglia, demonstrou o caminho que os “aliados” (e que aliados!!!) do Planalto devem seguir até o fim do mandato de Dilma. Abocanhar mais espaços nos ministérios em detrimento ao PT e impor um pauta ultradireitista no parlamento. O próprio PDT não conformou formalmente o bloco parlamentar de apoio a Chinaglia e grande parte de seus deputados votaram em Cunha, com o aval da anturragem dilmista comandada por Mercadante. Com ACM Neto na legenda fundada por Brizola esta prática se aprofundará, ainda mais em um quadro onde Dilma leva a cabo um ajuste fiscal e monetário neoliberal que o velho “Toninho Malvadeza” aplaudiria com o seu célebre sorriso macabro! Vale ressaltar que com a vitória de Cunha na Câmara de Deputados, o PMDB sai fortalecido e torna o Planalto refém de sua vontade, além de prover mais força a legendas como o PDT, que com a presença de ACM Neto tencionará o governo ainda mais a direita. Por sua vez, esse quadro desidrata o projeto de Kassab e seu PL, já que o fortalecido Cunha irá barrar a ida de parlamentares para o novo partido que o ex-prefeito de São Paulo desejava criar para dar sustentação do Planalto. Se antes, legendas como PMDB, PDT, PP e PR temiam o risco de ter parte dos seus quadros engolidos pelo futuro PL agora esta perspectiva mudou e a tendência é que as legendas existentes se mantenham firmes nesse jogo de poder parlamentar, como PDT ganhando musculatura.

Como já afirmamos anteriormente, no momento em que Ciro orientou seu grupo regional a sabotar a então candidatura presidencial de seu companheiro de partido, Eduardo Campos (PSB), os Ferreira já preparavam uma manobra “estratégica” em direção a não somente apoiar a reeleição de Dilma mas fundamentalmente fertilizar o terreno para ingressar no PT. Na ruptura com o PSB em 2013 ainda não estavam postas as condições políticas para os irmãos Ferreira “assinarem” a ficha de filiação do PT, alugaram temporalmente uma legenda oca, o PROS. Mas nem mesmo no minúsculo e inexpressivo PROS os Ferreira conseguiram impor uma hegemonia nacional. A única possibilidade de Ciro manter viva sua obsessão política em disputar (e ganhar) a Presidência da República seria ingressar em um partido com raízes históricas no movimento social deste país. As alternativas se encurtaram entre o PDT e o PT, já que a permanência na legenda de aluguel do PROS está com os dias contados. Nesse sentido, os caminhos entre ACM Neto e Cid Gomes podem inclusive se cruzar. Com o reforço do PDT via o ingresso do prefeito de Salvador no “trabalhismo neoliberal” também não está descartada a ida dos Ferreira Gomes para este partido de aluguel. Ainda que a preferência da oligarquia cearense seja o PT, o quadro político de instabilidade do governo Dilma pode levar os irmãos Gomes para o PDT para trabalhar com mais “autonomia” por um candidatura presidencial de Ciro. Como muita água ainda vai “rolar debaixo da ponte” até as próximas eleições presidenciais, o certo é que ambas as oligarquias reacionárias migram para a “esquerda” convertida ao capital a fim de ter viabilizado seu controle direto dos negócios estatais bilionárias e seu projeto político nacional de poder.

Segundo circula nos bastidores da política burguesa, ACM Neto não foi ainda para o PDT porque deseja fazer uma saída organizada com peso político para melhor negociar com Lupi e sua quadrilha. Junto com o prefeito baiano, o presidente estadual da legenda e deputado federal diplomado, José Carlos Aleluia, conhecido por seu discursos inflamados e reacionários que destilam ódio de classe, típico dos coronéis nordestinos, declarou “Meu projeto atual é muito vinculado ao projeto do prefeito, vamos analisar o que é mais conveniente. Todos os vereadores, deputados estaduais e federais estão afinados com ACM Neto”. Em resumo, toda a oligarquia ACM e sua escória reacionária vão ingressar no PDT e codirigi-lo com o calhorda Lupi. Do velho nacionalismo burguês de Jango, Darcy Ribeiro e Brizola não restou muita coisa, apenas um oportunista PDT sem o menor perfil ideológico, povoado por máfias sindicais, carreiristas e oligarquias regionais sem a menor história política. Com Lupi e Manoel Dias tornando o PDT uma legenda de aluguel, podemos abstrair que o fenômeno social do “nacionalismo” hoje se encontra muito mais alinhado com o neoliberalismo “de esquerda” do que com as grandes causas nacionais do nosso povo, hoje uma sigla oca ultracorrompida que nada tem a ver com o velho nacionalismo burguês de Brizola e Darcy Ribeiro. Ao lado do PDT, a evolução neoliberal do PT é o sintoma político mais evidente que já não existe qualquer traço classista nas fileiras destes partidos, configurando-se programaticamente como legendas capitalistas no espectro da política burguesa do Brasil que estão de braços abertos até para filhotes da ditadura e coronéis políticos reacionários.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

PRONUNCIAMENTO ELEITORAL E MENTIROSO DE DILMA APAGÃO ROUSSEFF








Retirada de direitos trabalhistas (seguro desemprego), e previdenciários (pensão das viúvas e auxilio doença), aumento de impostos, da gasolina, gás de cozinha, desemprego, recessão, mau planejamento da matriz energética, apagão e seca proporcionados pelas queimadas e derrubadas insanas e doentia da floresta amazônica, sem reforma agrária, sem demarcação de áreas indígenas, além da corrupção generalizada...