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sábado, 29 de junho de 2013

STJ tenta novamente entregar Battisti a Itália, “Movimento de Esquerda nas Ruas” deve levantar sua defesa!



Por Liga Bolchevique Internacionalista


Somos Todos Cesare Battisti!

A decisão do ex-presidente Lula, tomada no último minuto do seu segundo governo, de conceder um indulto ao ex-ativista italiano e preso político (no Brasil) Cesare Battisti, não foi digerida pelas forças mais reacionárias do país e em particular pelo PIG “vanguarda” na campanha pela sua extradição para a Itália.

Agora a reação volta a carga contra Battisti fazendo com que o STJ decida condená-lo por falsificação de documentos do serviço de imigração brasileira.

Trata-se de uma verdadeira chicana jurídica, totalmente à revelia da jurisprudência democrática e dos direitos civis.

A decisão da permanência definitiva de Battisti coube a Lula depois de uma longa batalha judicial, na qual o governo imperialista italiano mobilizou todos os recursos possíveis no Brasil para a deportação do ex-dirigente comunista acusado injustamente de cometer “crimes de sangue” em seu país de origem.

Primeiro Battisti teve cassada pelo STF sua condição de refugiado político, concedida inicialmente pelo CONARE com o voto contrário do então ministro da justiça Tarso Genro.

Depois o próprio STF, então presidido pelo facínora Gilmar Mendes, deliberou por pequena maioria acatar o pedido de extradição de Battisti, feito pelo governo Berlusconi.

A decisão final da entrega de Battisti a Itália coube ao presidente da República, que resolveu seguir o parecer da AGU indicando que o preso poderia sofrer perseguição da justiça italiana em função do seu passado comunista.

Apoiando- se no artifício legal que Battisti não possui mais a condição permanente de refugiado político no Brasil e sim de indultado pela gestão anterior da presidência, o STJ finalizou um outro processo de extradição (agora por falsificação de documentos públicos) que deverá desembocar novamente no STF.

A manobra da reação consiste em reabrir na mídia burguesa o “caso” Battisti, tratado pelo PIG como um perigoso terrorista vivendo em território brasileiro.

Como a condenação de Battisti deve seguir para o STF, agora presidido pelo “herói” nacional Barbosa, o PIG espera que seus “funcionários” da alta corte decidam mais uma vez entregar o “símbolo do terrorismo comunista” para ser penalizado com a prisão perpétua na Itália.

Seguindo a estratégia da reação a “batata quente” cairia no colo de Dilma para outra “decisão final”, que acossada pelo PIG neste momento delicado por que passa o pais, decidiria por consumar a deliberação do STF.

A postura vacilante do governo da Frente Popular em relação a liberdade de Battisti, primeiro com a posição contrária de Tarso e depois com a decisão de Lula tomada covardemente no último minuto do seu mandato, alimentou em muito as expectativas da direita recalcitrante em reverter a permanência de Battisti no Brasil.

A tendência do PIG é explorar a questão no período eleitoral de 2014, exigindo da candidata Dilma uma “posição firme” pela expulsão de Battisti.

Mas para chegar até a presidência o “caso Battisti” passará pelo STF, onde o atual presidente da corte votou anteriormente em favor de Battisti.

O PIG espera-se agora que Barbosa retribua os “favores recebidos”, e que também na condição de potencial candidato à presidência da república ceda as chantagens da mídia votando pela condenação de Battisti.

Nós da LBI fomos uma das organizações de esquerda que lideramos em 2010 a campanha pela concessão do asilo definitivo a Battisti.

Desgraçadamente, a totalidade do arco revisionista ausentou-se da campanha em defesa do ex-dirigente comunista do PAC, chegando ao ponto de corroborar com a versão “murdochiana” de que Battisti era realmente um “assassino” e portanto deveria ser julgado pelo justiça do imperialismo europeu.

Esta foi a vergonhosa posição do PSTU, que “honrando” suas “tradições” antileninistas defende a entrega de militantes de outras correntes oponentes para os braços da repressão do Estado capitalista.

Diante das ameaças a tarefa da defesa de Battisti coloca-se novamente vigente, exigindo da esquerda revolucionária uma firme posição diante do movimento de massas, em particular as mobilizações de rua que devem levantar a bandeira internacionalista do fim da perseguição política ao conjunto de militantes comunistas em todo mundo! 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

“Frente Única pró-Fascista”? Revisionistas defendem PEC-300 após PM comandar massacre na Maré



Por Liga bolchevique Internacionalista


Ocorreu nesta quinta-feira, 27, no Rio de Janeiro, mais uma manifestação de protesto na sequência das que estão sacudindo o país.

A diferença desta marcha frente às anteriores é que ela se realizou durante o chamado “dia nacional de luta” convocado pela CSP-Conlutas e logo depois do massacre perpetrado pela PM no complexo de favelas da Maré.

 O protesto foi organizado em uma gigantesca plenária no IFCS-UFRJ ocorrida na terça-feira, 25/06, que deliberou formalmente pela participação dos partidos de “esquerda”, atacados na manifestação do dia 20. Mais de 10 mil pessoas estiveram presentes na marcha.

O que se viu nesta atividade foi a defesa pelos revisionistas do trotskismo, particularmente a CST e o PSTU, das reivindicações “salariais” da PM, como a PEC-300, que aumenta o soldo dos militares em nível nacional e a imposição de um pacifismo pequeno-burguês em torno do chamado a “não violência”. 

Esta conduta levou o PSTU a se retirar da manifestação antes dela chegar a ALERJ para evitar um possível enfrentamento com o Batalhão de Choque, deixando a passeata nas mãos do PSOL que se limitou a pedir “CPI para o transporte”, a fim de Marcelo Freixo capitalizar eleitoralmente o desgaste do governo Cabral.

Este é mais um exemplo da “Primavera Verde-Amarela” defendida pelas correntes pseudotrostskistas que na Líbia e na Síria se aliaram aos “rebeldes” da OTAN e aqui no Brasil flertam com as bandeira dos setores de classe média reacionária que a todo tempo na manifestação entoavam “Fora PT” quando viam as bandeiras vermelhas dos partidos de “esquerda”.

Logo no início da manifestação na Candelária, em que militantes da LBI se fizeram presentes, era notória a coabitação harmônica entre a CST-PSOL (com suas bandeiras amarelas) e grupos nacionalistas de direita e fascistas que hostilizavam nossas bandeiras vermelhas.

A palavra no carro de som chegou a ser dada aos representantes desses setores reacionários. Imediatamente depois o Cabo Dacciolo, representantes dos bombeiros militares, foi chamado a intervir e defendeu a PEC-300 que aumenta o soldo da PM em nível nacional, apresentando os soldados assassinos da tropa de choque presentes para reprimir o protesto de “aliados”, os mesmos chacais que junto com o BOPE reprimem a população trabalhadora e há poucos dias comandaram a chacina no complexo de favelas da Maré! Junto, a CST e Dacciolo cantaram palavras de ordem em defesa da PEC-300.

Tal conduta demonstra a completa inviabilidade em estabelecer com o PSTU e a CST uma “frente antifascista” no exato momento em que estes morenistas defendem as reivindicações do aparato de repressão e sabotam as milícias de autodefesas nos protestos, inclusive isolando os setores mais radicalizados da passeata.

Longe de embarcar nesta política suicida, os ativistas classistas e os revolucionários devem defender a destruição de todo aparato de repressão, o que passa por se opor a estabelecer qualquer “unidade tática” na defesa das reivindicações da PM por melhores salários e condições de trabalho, o que representa mais repressão ao povo trabalhador!


Não bastasse esta conduta escandalosa, CST e PSTU alimentavam junto com setores da direita raivosa o chamado ao “Fora Dilma” em busca de capitalizar eleitoralmente o desgaste do PT.

Esse chamado não estava voltado a derrotar o governo petista pela via da ação direta do movimento operário em defesa de suas reivindicações, já que dias antes a CSP-Conlutas havia fechado um acordo vergonhoso com a CUT abortando o chamado à greve geral em nome de um “dia nacional de luta” para o dia 11, um protesto que sequer defende as mais urgentes demandas do povo trabalhador como o aumento do salário mínimo e o reajuste salarial para as diversas categorias.

O PSTU põe um ovo em cada cesto, enquanto sua central se alia ao sindicalismo amarelo em manifestações corporativas ordeiras e pacíficas para se locupletar de benesses estatais negociadas nos bastidores com Dilma, o partido alimenta as alianças mais à direita para formar o chamado “terceiro campo” eleitoral com o PSOL que pode até incluir Marina Silva!!!


Apesar de nesta manifestação no Rio de Janeiro os chamados partidos de “esquerda” (PCB, PSTU, PSOL, Liga-Operária-MEPR) estarem presentes com suas bandeiras, a política revisionista destes grupos demonstrou que tal “frente” não representa qualquer avanço político nas marchas no combate a direita e aos grupos fascistas, ao contrário, na medida em que tais correntes fazem do “espontaneísmo” das massas um fetiche e desprezam a enorme confusão ideológica presente nas manifestações, acabam por se aliar a setores retrógrados e a empunhar reivindicações reacionárias. 

Não por acaso, o PSTU defende que “todas as bandeiras devem ter o direito democrático de estar nas manifestações”, o que obviamente inclui as dos grupos fascistas e neonazistas!

Para barrar este curso reacionário, está colocado romper a camisa de força imposta pelo conluio estabelecido entre a CUT, CTB e a CSP-Conlutas, que sabotaram a convocação da greve geral, e chamar o movimento operário a entrar com um corte de classe proletário no cenário nacional, sob pena dos protestos nacionais só servirem para alimentar o circo eleitoral de 2014, com o PIG começando a apostar na candidatura de Joaquim Barbosa e a “oposição de esquerda” a sonhar em galgar postos parlamentares com o desgaste do governo petista.



quinta-feira, 27 de junho de 2013

Plenária da “esquerda unida” chancela golpe contra uma verdadeira mobilização operária independente

Marco Queiroz, dirigente da LBI, intervém defendendo a mobilização
do movimento operário em defesa de suas reivindicações

 Por Liga Bolchevique Internacionalista

Para dar continuidade ao ato político da “esquerda unida”, realizado no final da semana passada (21/06), ocorreu na noite desta terça-feira, 24 de junho, no Sindicato dos Trabalhadores Químicos de São Paulo uma massiva plenária para discutir uma orientação “unitária” da “esquerda” em meio aos protestos populares que sacodem o país. 

Mais de 300 ativistas participaram da atividade coordenada pelo MST e a UNE. A LBI interveio na plenária conclamando a necessidade de mobilizar o movimento operário em defesa de suas reivindicações imediatas e históricas para barrar o avanço da tendência política à direita que vem crescendo nos protestos, na medida em que são pautados pela Rede Globo e grupos como o “Anonymous”, ambos defendendo o antipartidarismo (que se traveste na hostilização aos partidos de “esquerda”) e um eixo político de pretensa moralização do regime político burguês (prisão para os mensaleiros, abaixo a corrupção) voltado claramente a desgastar o governo Dilma para as eleições de 2014 e favorecer a tucanalha.

 Frente a ofensiva da reação burguesa comandada por setores de classe média fascistizantes, o conjunto dos militantes de “esquerda” presente na reunião, em sua maioria ligados a CUT-PT passando pela CTB-PCdoB e chegando mesmo a Conlutas-PTSTU, em uníssono chancelaram a decisão das cúpulas da centrais sindicais em chamar apenas um “Dia Nacional de Luta” para 11 de Julho, mais uma mobilização aos moldes das marchas ordeiras e pacíficas convocadas pelas centrais “chapa branca”, com o agravante de ser somente daqui a duas semanas!!! 

Além da distância da data, voltada a arrefecer as passeatas multitudinais que não estão sob o controle das burocracias sindicais (esquerda e direita) e desgastam o governo federal, a pauta apresentada foi extremamente rebaixada, dando grande ênfase a defender o plebiscito pela reforma política proposto por Dilma, uma medida distracionista voltada justamente para não atender nenhuma legítima reivindicação popular que, alias passou ao largo da pauta consensuada pela CUT, CTB, Conlutas.

Na verdade, o “dia de luta” adotado pelas centrais sindicais “chapa branca”, com o fundamental apoio da CSP-Conlutas, frustrou a maioria dos presentes, que mesmo sendo esmagadoramente ligados a base da frente popular, apostavam em uma medida de força efetiva, como a convocação de uma greve geral, para barrar o avanço da direita nos protestos e arrancar conquistas em meio a ebulição por que o país atravessa. 

Coube ao MST, valendo-se de sua autoridade política, ser a peça-chave para aprovar este verdadeiro golpe contra a mobilização independente dos trabalhadores, apostando mais uma vez no lobby sobre o parlamento burguês e na defesa do governo Dilma, supostamente para disputar o rumo de sua gerência burguesa.

 PSOL, PCB, PCR e Intersindical foram forças auxiliares nesse conluio. A militância do PSTU avalizou plenamente este verdadeiro estelionato na ilusão de capitalizar nas urnas, com sua sonhada “frente de esquerda”, o nítido desgaste do governo Dilma.

 Desta forma, a CSP-Conlutas se integra ao rol das centrais que recebem várias benesses do governo do PT nas negociações de bastidores, sabotando a luta direta das massas, enquanto o PSTU aposta suas fichas para formar o “terceiro campo” no circo eleitoral. 

O PCO, que defendeu a tal “frente única da esquerda contra os fascistas” em seu site na internet entrou mudo e saiu calado da plenária, justamente porque sua política catastrofista o deixa sem qualquer norte político diante da polarização da situação política.

Como deter a fúria dos “rebeldes” neonazistas brasileiros de classe média quando pelo mundo afora seus irmãos gêmeos na Líbia e na Síria são apresentados pelos revisionistas de todos os matizes como aliados da “revolução”???
 
O dirigente da LBI, Marco Queiroz, interveio na plenária para denunciar que a mídia “murdochiana” e seus porta-vozes oficiosos no interior dos protestos (Acorda Brasil, Gigante Acordou, Anonymous) estavam querendo transformar as manifestações em curso na “Primavera Verde-Amarela”, ou seja, centralizar o descontentamento popular para desestabilizar o governo Dilma, apresentando uma saída pela direita, reacionária, para a crise do regime político burguês.

 Lembrou que, como na Líbia ou na Síria, o imperialismo apoiou inicialmente supostos protestos populares convocados pelo Facebook (manipulado pela CIA) para logo depois derrubar governos adversários via agressões militares ou a fim de fazer transições políticas seguras de gerentes desgastados (Egito e Tunísia). 

O representante da LBI defendeu que para barrar este curso reacionário no Brasil era necessário que a classe operária entrasse em cena através da luta direta pelas reivindicações mais sentidas do povo (aumento geral do salário, contra as privatizações, redução das tarifas, revolução agrária, fim do monopólio da mídia, estatização do sistema financeiro sob o controle dos trabalhadores) através da construção de uma verdadeira greve geral de 48 horas, rompendo com as manifestações superestruturais e corporativas próprias do sindicalismo amarelo. 

Por fim, o dirigente comunista Marco Queiroz alertou que somente desta forma os ativistas classistas presentes na plenária, que desejavam derrotar a reação fascista patrioteira, estariam lutando por uma verdadeira alternativa revolucionária que superasse o próprio governo da frente popular e sua política de colaboração de classes, no que foi bastante aplaudido.
 
Apesar de haver claramente um sentimento de “puteza” com a paralisia política imposta pela frente popular que abre espaço para a direita, o fascismo e a reação burguesa, o peso dos aparatos sindicais e partidários para a defesa do governo Dilma foi bem mais forte, ficando aprovado apenas agregar algumas reivindicações à pauta que as centrais “chapa branca” e a Conlutas apresentarão na reunião com a presidente no dia de hoje. 

Neste sentido, foi cinicamente enaltecido que após o encontro com o MPL, a “gerentona” petista agora estava ouvindo “a voz das ruas”. 

Nada mais falso! Dilma esta aprofundando a cooptação das direções sindicais, estudantis e populares, o que só aumentará a letargia do movimento de massas, fazendo que o descontentamento popular, diante do atraso na consciência das massas que se aprofunda desde o fim da URSS, seja manipulado pela Rede Globo e o PIG, fortalecendo no atual quadro de manutenção dos protestos futuras alternativas à direita. 

Cabe aos marxistas leninistas, como fez a militância da LBI durante a plenária, travar um combate vivo na defesa de um programa classista e de uma alternativa revolucionária para os trabalhadores da cidade e do campo, intervindo nas passeatas, atos políticos e fóruns do movimento de massas com um eixo de chamar a classe operária a assumir o seu protagonismo social na atual conjuntura para barrar o giro a direita das manifestações e superar a política de colaboração de classes da frente popular. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

No Brasil “família” revisionista (PSTU, CST, PCO, LER), prova de seu próprio “veneno” internacional



Por Liga Bolchevique Internacionalista


A “Primavera Árabe” chegou ao Brasil! Era para ser desta forma exitista que a “família” revisionista integrada por PSTU, CST, PCO, LER e seus papagaios liliputianos deveria saudar os protestos populares que sacodem o país, afinal de contas, “o povo está nas ruas contra os governos e o regime político!”. 

A realidade, porém, não obedeceu ao script ufanista destes filisteus que embriagadamente saudaram os “rebeldes” na Líbia que empunhavam a bandeira da monarquia do rei Idris contra Kadaffi apresentando-os como “revolucionários” e agora pedem armas da OTAN para os mercenários na Síria derrubarem Assad, estabelecendo uma “frente única com todos que querem lutar contra as ditaduras sanguinárias”.

 Definitivamente não é este entusiasmo que vemos nos sites e jornais das correntes políticas citadas acima, ao contrário, os irmãos gêmeos dos “rebeldes” líbios e sírios, que aqui no Brasil empunham bandeiras verde-amarelas e entoam o Hino Nacional nas marchas são acusados em uníssono pela “família” revisionista de fascistas e neonazistas!!! 

Se lá no Oriente Médio e no Magreb africano o arco pseudotrotskista aliou-se a grupos tribais reacionários, seitas islâmicas anticomunistas e a yuppies pró-imperialistas para derrubar governos de corte nacionalista adversários da Casa Branca, da mesma forma como fez unidade com as forças da reação mais encarniçada na Argentina e na Venezuela, aqui no Brasil não está sendo possível formar tal “frente única” porque seus pretensos “aliados” estão os enxotando das ruas e manifestações.

 Longe de apenas festejar a “rebelião popular”, em tom preocupado, o partido-mãe da LIT anuncia que em plena marcha de protesto no Rio de Janeiro o “PSTU sofreu agressões fascistas”. 

Já o PCO, assustado, declara “Fascistas: Eles passarão... se nós deixarmos”. Tais acontecimentos se proliferaram pelo Brasil afora! Como é possível que em meio às marchas multitudinárias que tomam conta do país os pseudotrotskistas que proclamam a todo o momento que uma “onda revolucionária” sacode o planeta venham amedrontados denunciar que suas bandeiras vermelhas são queimadas e seus militantes agredidos? 

A resposta é simples para os marxistas revolucionários que sempre alertamos do completo delírio apregoado por estas verdadeiras seitas. 

Diferente do que nos vendem os revisionistas adeptos da “revolução na esquina”, tragicamente no Brasil ocorre o mesmo fenômeno que vemos na Argentina e na Venezuela, assim como também no chamado Mundo Árabe: presenciamos os efeitos políticos de uma profunda reação ideológica mundial que recrudesceu desde a queda da URSS e do Muro de Berlim, onde milhões são manipulados pelos meios de alienação de massa e direções reacionárias porque carecem de qualquer referência socialista, de uma direção classista e de um programa anticapitalista, abrindo caminho para o fortalecimento de uma tendência política cada vez mais à direita e fascistizante. 

Como a “grande família” encobriu o quanto pôde esta dura realidade, agora prova de seu próprio veneno “internacional” em solo nativo!

O PSTU tratou de chamar seu “dirigente teórico” Valério Arcary para dar uma “explicação” do ocorrido. Em artigo com o emblemático título “Não deixem abaixar as bandeiras vermelhas” ele lamenta ao analisar as marchas: “Não foi tudo progressivo. Apareceram jovens embriagados de nacionalismo, embrulhados na bandeira nacional, e cantando ‘sou brasileiro com muito orgulho e muito amor’. 

O nacionalismo é uma ideologia política perigosa. Só é positivo quando defende o Brasil do imperialismo. Acontece que não parecia que os que cantavam o hino estavam de acordo em exigir a anulação dos leilões de privatização, portanto, de desnacionalização do petróleo do pré-sal. Alguns destes jovens fizeram ainda pior. Avançaram sobre militantes de esquerda e suas bandeiras. 

Atacaram as bandeiras do PSOL, do PCB e do PSTU. Por sorte, não aconteceu uma tragédia...” (sítio da LIT, 23/06). Tais “jovens” que atacaram a “esquerda” acusando-a de “canalha comunista” e que hoje são a maioria esmagadora nas passeatas representam os mesmo interesses políticos e sociais dos “rebeldes” que na Líbia apoiaram a intervenção da OTAN e que o PSTU saudou de “revolucionários”. 

Tanto lá como aqui não defendem a nação atrasada contra a agressão imperialista, ao contrário, arregimentam forças para melhor servir aos interesses do grande capital monopolista, eliminando seus adversários via assassinatos e tortura ou então apoiando os covardes bombardeios da OTAN. 

Por isto soa patética a “queixa” de Valério Arcary, já que seu partido sempre defendeu uma “frente única” com esta escória reacionária! Se a Líbia é distante ou mesmo a Síria, que neste exato momento a LIT conclama escandalosamente a “Exigir de todos os governos capitalistas do mundo, inclusive dos EUA, da Europa e da Liga Árabe, o envio de armamento pesado (tanques, aviões, mísseis antiaéreos, etc.), sem a imposição de qualquer condição, para o Exército Livre da Síria” (sítio LIT, 20/06), vejamos o exemplo de qual a conduta da “família” revisionista na nossa nação vizinha, a Argentina.

No ano passado, os revisionistas do trotskismo mais descarados, como a Izquierda Socialista-UIT (CST no Brasil), participaram entusiasticamente do protesto enquanto seus sócios na FIT (PO e PTS) chamaram um apoio envergonhado ao “cacerolazo” que tomou às ruas de Buenos Aires e outras cidades do país, buscando um passaporte com coloração mais “à esquerda” para ingressar no bloco reacionário formado por Macri e sua coalizão direitista - PRO, De la Sota, De Narváez, ou mesmo a UCR, grupos neonazistas, Igreja conservadora, “sojeros” da Sociedade Rural e da Federação Agrária. 

Os eixos políticos da manifestação foram uma clara resposta da direita à aprovação da limitada “Ley de Medios” no parlamento. Tanto que entre os cartazes erguidos por alinhadas senhoras portenhas podia-se ler “liberdade”, “imprensa livre”, “respeito”, “não à corrupção”, “Cristina renuncie já”, “Abaixo a ditadura K”, ou seja, demandas políticas próprias da alta classe média insuflada por setores burgueses que não estão satisfeitos com o governo de Cristina e suas iniciativas populistas, principalmente devido às medidas como a estatização da YPF, um maior controle institucional dos meios de comunicação, o controle do câmbio e a aprovação da revisão constitucional que permitiu o voto opcional aos dezesseis anos. 

A demonstração de força da direita, que colocou meio milhão nas ruas e agrupou um amplo espectro político em muito se assemelha às “marchas da família com Deus pela liberdade” ocorridas no Brasil contra o governo de João Goulart em 1964 e agora com as manifestações “verde-amarelas” que estão ocorrendo no Brasil pedindo uma “faxina geral” que, no fundo, tem como alvo o governo Dilma, do PT... Qualquer semelhança não é mera coincidência!

Já na Venezuela, todo este arco político defendeu o “Voto Nulo” nas últimas eleições presidenciais, desprezando que uma vitória eleitoral de Capriles sobre Maduro após a morte (assassinato pela CIA) de Chávez significava um fortalecimento da direita fascistizante no continente, que já operou golpes no Paraguay e em Honduras e vem salivando contra os governos da centro-esquerda burguesa.

 No fundo, ao identificar Maduro e Capriles simplesmente como “dois representantes capitalistas” (o que não deixa de ser verdade) a LIT, UIT e seus satélites se negam a dar um combate às forças da reação, as mesmas que agora levantam raivosamente a cabeça no Brasil. 

Como alertamos a época, uma vitória de Capriles seria uma derrota profunda para a vanguarda operária do continente, fortalecendo um eixo político abertamente pró-imperialista que vem ganhando corpo, tendo o apoio explícito da Casa Branca e da mídia “murdochiana” nesta senda reacionária.

 Os revisionistas, paladinos da “revolução árabe” patrocinada pela OTAN que chamaram o “voto nulo” nas eleições venezuelanas, caso fossem coerentes, estariam ao lado de Capriles e suas marchas direitistas contra a suposta fraude da “ditadura chavista”, multimilionário que sem dúvida tem a solidariedade dos fascistas e neonazistas verde-amarelos que hoje atacam a “esquerda” no Brasil.

 O arco revisionista, que simplesmente afirmou ao proletariado venezuelano que Maduro representava as mesmas forças sociais de Capriles, não soube onde enfiar a cabeça diante dos enfrentamentos que ocorreram nas ruas de Caracas e pelo interior do país entre a direita golpista e os militantes do chavismo. Tragicomicamente agora reclamam no Brasil por serem atacados por fascistas do mesmo calibre dos “escualidos” venezuelanos!

Lembremos também que o PSTU apoia as Damas de Branco e a blogueira mercenária Yoani Sanchez contra o regime cubano.
 Alguém tem alguma dúvida que esta escória pró-imperialista é entusiasta dos nazistas e neofacistas no Brasil, que vê com grande simpatia o caráter direitista que vem assumindo as manifestações em nosso país, já que consideram Dilma “negligente” com a “ditadura dos irmãos Castro”? 

Se amanhã esses grupos se levantam em Cuba contra o regime castrista, a LIT e a UIT vão ser os primeiros a saudar os “rebeldes cubanos”.

 Não por acaso, estas duas correntes integraram a “tropa de choque” repugnante com a direita em defesa da mercenária Yoani em sua visita ao Brasil, porque para os morenistas canalhas não importa que a blogueira seja agente da CIA, patrocinada pela SIP, receba gordos salários para atacar a revolução cubana, o importante é que ela ajuda na luta contra a “ditadura totalitária” em Cuba.

 Na época dos protestos no Brasil contra Yoani não vacilaram em sair em defesa da agente oficiosa da Casa Branca, junto com Caiado, Bolsonaro, Aécio e Alckmin, a fina-flor da direita no Brasil, a mesma canalha que hoje junto com a Rede Globo apoia entusiasticamente e patrocina a “jornada cívica” em curso!
 Agora, estes mesmos revisionistas estão decepcionados com a conduta dos apoiadores de seus “aliados” pró-Yoani nas manifestações!!!

A LER-QI, satélite do PTS argentino no Brasil, que vinha cobrindo as passeatas em um tom de triunfalismo, de repente, como seus irmãos revisionistas, se surpreendeu: “Um sentimento apartidário que se dirigia de maneira difusa e pouco consciente contra a política dos partidos burgueses de turno, foi instrumentalizado por setores organizados da direita. Grupos organizados de setores integralistas, neonazistas, e de ultradireita, que atacam homossexuais, negros e militantes da esquerda, que representam uma ínfima minoria dentre os que se manifestaram, se ligaram a outros setores que pediam a redução da maioridade penal, e incitaram uma ação hostil às organizações de esquerda ali presentes, buscando promover um enfrentamento físico” (site LER, 21/6). 

O que a LER não diz é que esses setores “antipartidários” se agrupam não só na direita abertamente fascistizante, mas também entre os apoiadores do “Anonymous” ou mesmos dos “Indignados”, movimentos sempre apresentados pelo PTS argentino, a LIT e a UIT como um fator progressivo nas manifestações europeias. 

Estas correntes saudaram o surgimento mundial do fenômeno dos “indignados”, um movimento de caráter pequeno-burguês avesso à ação direta e aos métodos políticos da classe operária, tanto que a UIT em manchete em seu site declara: “Brasil: Indignados contra o aumento de tarifa de Transporte!!!”. 

Agora que esses setores se somam à reação contra a “esquerda”, os revisionistas tentam encobrir tais fatos, jogando tudo na conta dos neonazistas. 

Longe da conduta antileninista da LER, PSTU e CST que saldaram o fim da URSS como uma “vitória das massas”, não fazemos nenhum fetiche do “autonomismo” e do “espontaneísmo” do movimento de massas, conhecemos o desfecho histórico de mobilizações que acabaram por servir aos interesses da contrarrevolução mundial, como os “massivos” protestos contra o Muro de Berlin, também saudados pelos revisionistas do trotskismo como um “enorme triunfo popular”. 

Se não estivessem sendo hostilizados por estes setores, os revisionistas estavam harmonicamente em aliança com o Acorda Brasil/Gigante Acordou ou mesmo Anonymous/Indganados que desejam por diversas vias derrotar o governo do PT para abrir caminho para a direita golpista ou para um quadro político que favorece a reação e o PIG. 

Longe disso, dizemos que a vanguarda classista e combativa do proletariado não pode manter a menor expectativa política no surgimento do movimento do tipo “Indignados” ou “Anonymous” no Brasil, eles não são nossos aliados “táticos” como afirma o PSTU e a LER, adaptados completamente à OTAN e suas ações criminosas contra os povos e nações oprimidas.

Desde a LBI chamamos a defender todo militante de “esquerda” ou ativista classista atacado pela reação fascista ou “anônima”, mas não reivindicamos a formação de nenhuma “frente única da esquerda” porque com seu programa pró-imperialista os membros da “família” revisionista são de fato aliados dos setores que circunstancialmente os atacam. 

Defender uma frente política significa em primeiro lugar identificar o inimigo comum.
 Este não é o caso do PSTU, CST, LER e nem mesmo do PCO, que estão na mesma barricada da OTAN e da reação imperialista na guerra da Líbia, Síria e Líbano. Estes setores tampouco identificam o “PIG” como um inimigo comum e que está por trás das ações neofascistas.

 O PSTU, também alvo dos anticomunistas, chega ao cúmulo de defender o direito “democrático” dos neofascistas portarem suas bandeiras nas manifestações, afinal de contas são aliados políticos desta escória em Cuba, Argentina, Venezuela e na Síria.

 Como se pode aferir, conformar uma unidade de ação com estes revisionistas, “amigos” da blogueira da CIA nada tem a ver com verdadeira frente única operária defendida por Trotsky, que afirmava que o fascismo deve ser enfrentado com métodos de guerra civil.

 Por esta razão, chamamos os militantes destes partidos que conformam a “família” revisionista no Brasil a tirar as duras lições programáticas das traições de classe de suas organizações políticas, que neste momento provam nas ruas do próprio “veneno” prescrito em sua política internacional!

domingo, 23 de junho de 2013

Na calada dos protestos Brasil sofre ataque especulativo e perde dez bilhões de Dólares de suas reservas cambiais

 
 
Por liga Bolchevique Internacionalista
 

Foram cinco dias que “abalaram as ruas” do país, com protestos multitudinários da juventude na maioria das grandes cidades, também foram cinco dias seguidos de disparada da moeda norte-americana, obrigando o Banco Central (BC) do Brasil a “torrar” cerca de dez bilhões de Dólares para “acalmar” o mercado. 
 
O primeiro fato narrado teve ampla repercussão na mídia “murdochiana”, ocupando integralmente a grade da programação da poderosa Rede Globo, o segundo fato mereceu algumas “notinhas” de fundo de página da imprensa burguesa e absolutamente nenhuma atenção da esquerda em suas raras publicações físicas ou virtuais na internet. 
 
A verdade é que rentistas internacionais tem se aproveitado da crise política por que passa o governo Dilma, forçando uma sobrealta do Dólar no Brasil, atingindo o mesmo patamar alcançado na crise mundial de 2009, em pleno crash financeiro mundial. 
 
O Real está sofrendo uma maxidesvalorização na calada dos protestos sem que aconteça a menor resistência por parte da equipe econômica palaciana. 
 
Ao contrário, a resposta dos tecnocratas do BC tem sido alimentar com Dólares (de nossas reservas cambiais) cada vez mais a sede dos agiotas, o que corresponde a apagar um “incêndio com gasolina”. 
 
A cotação da moeda ianque fechou a semana (21/06) na marca de 2,25 por Real, mesmo após o BC realizar consecutivos leilões de Swap cambial, desfalcando em mais de dez bilhões de dólares as reservas cambiais do Tesouro nacional. 
 
Vale ressaltar que a “gordura” de mais de trezentos bilhões de Dólares em reservas do Tesouro é uma das principais ancoras da estabilidade econômica brasileira, o maior símbolo financeiro dos governos da Frente Popular, que permitiu a enorme expansão de crédito no país. 
 
Atacar esta “fortaleza” do Brasil significa uma aposta dos rentistas internacionais na instabilidade política e crise econômica, gerando uma pressão inflacionária artificial às vésperas das eleições gerais de 2014 e no meio de uma conjuntura altamente explosiva.

Funcionários do capital financeiro, travestidos de “analistas econômicos”, têm declarado na grande mídia que a hipervalorização do Dólar é um processo internacional e que o governo brasileiro nada pode fazer... a não ser “alimentar” a sede voraz do mercado. 
 
Outros “experts” afirmam que o único “remédio” contra a desvalorização do Real é o aumento da taxa de juros, acompanhada de um duro ajuste fiscal que reduza o déficit orçamentário. 
 
Esta corja de tecnocratas mente descaradamente quando receitam a mesma e velha “dieta” neoliberal ao Brasil. 
 
É certo que a economia norte-americana apresenta leves sinais de recuperação, trazendo o debate do fim da política de expansão monetária até então praticada pelo FED. 
 
A verdade é que a “catástrofe” econômica pós-2008 não ocorreu nos EUA, a despeito das projeções da esquerda revisionista, e o Dólar volta a tomar seu lugar de “carro-chefe” (na verdade nunca perdeu seu posto) no mercado cambial do planeta. 
 
Mas isto não significa de modo algum que o Brasil tenha que perder em um único mês cerca de 10% de suas reservas, assistindo “passivo” a um ataque especulativo de tamanhas proporções.

Como já tínhamos denunciado há cerca de uma semana, a direção do BC tem atuado na alta do Dólar como verdadeira agente dos rentistas, zerando alíquotas das aplicações de curto prazo na esperança de atrair investidores do mercado internacional. 
 
As medidas de “subsídios” se mostraram nulas e a hipervalorização do Dólar continua, ameaçando quebrar a barreira histórica dos 2,30. 
 
Não são poucas as vozes dentro do governo Dilma (desgraçadamente também na esquerda “marxista”) que entendem como positiva a perda do poder de compra do Real, afirmam que o “fenômeno” pode beneficiar exportadores do agronegócio (commodities) e reduzir a importação de bens de capital, o que geraria um impacto “positivo” em nossa balança comercial. 
 
Nesta concepção de “colonizado” seria péssimo para o país possuir uma moeda nacional “forte”.

Acontece que com uma moeda subvalorizada obriga ao governo lançar mãos de instrumentos de arrocho fiscal e monetário para equilibrar sua conta em transações correntes, já conhecemos este “filme” na era FHC. 
 
Um país realmente soberano deve sim ter uma política de controle de divisas, estabelecendo as chamadas bandas cambiais com um piso e um teto pré-estabelecido pela autoridade do BC. 
 
Somado a estas medidas o governo deveria confiscar todos os ativos financeiros dos agiotas do mercado que lucram fortunas “apostando” na quebra do país, através do superendividamento mobiliário. 
 
Somente através da completa estatização da banca será possível induzir o país a uma política soberana de desenvolvimento econômico. 
 
Mas este submisso governo do PT sequer elabora um projeto “nacional” de crescimento capitalista (como China e Rússia), seguindo a cartilha do neomonetarismo imposta por Washington. 
 
O resultado concreto é o atraso e reprodução das velhas estruturas semicoloniais, que no máximo permitem uma evolução anual média do PIB na ordem de 3%, “pibinho”.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Carta de um ex-integrante do MPL aos integrantes do MPL



De minha parte, parabéns ao MPL, mas que não cometam os erros do passado...
De "aparência " não partidária, na pratica era dirigido por lideranças da UJS (PCdoB) que traiçoeiramente levaram as lutas do coletivo da juventude estudantil para apoiarem o Esperidião Amin PP camaleão, antiga ARENA (partido oficial da Ditadura Militar).

Bem, em Floripa todos sabemos que os algozes do transporte coletivo e da mobilidade urbana, que incluía o transporte marítimo, é a dinastia do careca que, contrariando a lei maior impediu a licitação publica prevista em 1999.

Desta forma iniciou-se a revolta das catracas com o seu ápice no ano de 2005. Na época eu fazia o curso de Gestão Imobiliária nas Faculdades Energia (FEAN) e cheguei a participar das manifestações no dia de maior repressão.

Ocorre que mais a frente veio a decepção com os encaminhamentos nas eleições municipais que se apresentaram... 

Neste apoio de jaguaras o slogan era:
 

PCdoB e Amin, antiga ARENA 2008


PCdoB apóia Esperidião Amin do PP, antiga ARENA, no segundo turno da eleição à prefeitura de Florianópolis.

Abaixo esta registrado os enfrentamentos com a Policia Militar de Santa Catarina desde o ano 2000

Parte: 2
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Carta de um ex-integrante do MPL aos integrantes do MPL




Há 10 anos, embalados pela faisca dos movimentos contra o aumento das tarifas de transporte em Salvador (Revolta do Buzu) e em Florianópolis (Revolta da Catraca) foi fundado um movimento, composto em sua grande maioria por jovens, que vem abalando algumas cidades brasileiras e ganhando espaço no cenário internacional.

Uma dessas cidades, São Paulo, é o centro nervoso do capitalismo brasileiro e parte dela representa o que há de mais conservador, segregador e elitista na nossa sociedade.

Em 2005, no Fórum Social Mundial, foi realizado a plenária nacional que fundaria a "carta magna" do Movimento Passe Livre (MPL).

Naquela época não havia as redes sociais de hoje, mas já usufruíamos das publicações abertas na Internet do Centro de Mídia Independente assim como de blogs e home-pages: chegamos a formar núcleos em cerca de 30 cidades brasileiras, realizamos três encontros nacionais, produzimos jornais impressos, produzimos livros ("A Guerra da Tarifa", 2004), tivemos "lideranças" presas e ganhamos passe livre em cidades como Florianópolis e Rio de Janeiro.

Floripa naquela época era nossa São Paulo de hoje, e Marcelo Pomar, Matheus de Castro e Leo Vinícius a tríade que conseguia muito bem "mandar obedecendo", a máxima zapatista que vai de encontro ao principio de horizontalidade do MPL.



Hoje, quase 10 anos depois, não mais como um estudante, vivencio ao meus 28 anos um momento histórico que já está sendo denominado de "Revolta do "Vinagre" ou "da Salada", em referência ao vinagre apreendido pela polícia do Alckmin - polícia que carrega no brasão uma estrela em alusão à ditadura militar.

Posso sentir, daqui, o cheiro de gás lacrimogêneo e o barulho das balas de borrachas atiradas covardemente por essa polícia tucana carregada de ranço ditatorial. É desse cheiro de gás, de vinagre..desse incômodo perturbador que essa carta nasce.

Ela não é dirigida a vocês para ser uma espécie de "luz" entre fumaças brancas e os fogos das barricadas; é dirigida a vocês para falar de alguns erros do MPL da nossa época para que se possa "errar melhor".

Há um poeta que diz: "Tente denovo, erre de novo, erre melhor". Conversando com um amigo que foi preso e torturado na ditadura militar, ele me disse algo parecido com a frase desse poeta. Ele, que já passou 8 anos em um presídio por ser um "subversivo", me falou que não deveríamos ter medo de errar: "Alexandre, a sua geração tem o dever de tentar de novo e até errar.

Mas agora não podem e não devem repetir os mesmos erros", me confessou.

Hoje sou psicólogo, continuo no ativismo, mas sinto-me um pouco, como ex-membro do Movimento Passe Livre, numa posição parecida com essa do meu amigo ao ver integrantes do MPL, de 19 anos, dando entrevistas, furando o cerco midiático tão difícil pra gente naquela época e realizando um grande movimento histórico. É de se orgulhar ver, em meio ao nervosismo da voz desses companheiros, a contundência de suas decisões e a firmeza de seus posicionamentos.

Pois bem, estou um pouco por fora da conjuntura do MPL nesse exato momento e nem quero fazer análises que surgem aos montes nesse momento...queria mesmo dizer para não repetirem alguns erros nossos que possibilitaram a dissolução do nosso núcleo daqui. A primeira coisa é: saibam diferenciar os oportunistas e os discursos conservadores que tentam se apropriar do povo na rua.

Desconfiem de quem aparece, de uma hora pra outra, com novas bandeiras como o generalizado "combate à corrupção", de "ódio aos políticos e a política" e coisas do gênero. Tirando os jovens que estão iniciando suas militâncias agora, desconfiem de nacionalismo exacerbado e das figuras que não tem e nunca tiveram próximos de movimentos sociais.

Em tempos de primaveras árabes até a Revista Veja já estampou em sua capa a imagem do "V de Vingança" trazendo implicitamente um discurso conservador e golpista. É contra o conservadorismo e pela revogação do aumento da tarifa que o MPL deve lutar.

Como comentou o colega Marcelo Pomar, agora no seu post na rede social, a pauta é clara:

Por um Transporte Público, Gratuito e de Qualidade; Contra o Estatuto do Nascituro e Redução da maioridade Penal; Pelo direito à Memória, Verdade e Justiça contra os crimes da Ditadura Militar; pela Reforma Agrária e Urbana; pela igualdade ampla e irrestrita entre homens e mulheres; pela livre orientação sexual; e pelos Direitos Humanos contra a barbárie da repressão na cidade, no campo, e contra os indígenas.

Nunca, nunca esqueçam isso...

Não se prendam e se desgastem em disputas internas: agora há pouco vi uma matéria pontuando que o "serviço secreto da PM" havia dito que tal partido recrutava alguns militantes. Uma matéria boba e banal com o único objetivo de partir a unidade que vocês tem conseguido. As disputas são normais e até saudáveis em um movimento, mas não devem ser o foco.

E ninguém mais que vocês mesmos para saberem quais seus reais objetivos. Atentem-se, obviamente para seus princípios, mas não deixem que virem dogmas ou fundamentalismos. Apartidarismo não quer dizer anti-partidarismo: companheiros de partidos são importantes também na luta e na hora que o bicho pega, quando menos se espera, estão ao seu do lado.

Outra coisa: não se apaixonem por si mesmos. A história está sendo redesenhada. Mas acreditem: o difícil é manter a luta depois que a "fumaça baixar"...é ai que reside o verdadeiro desafio da luta revolucionária e dos movimentos sociais.

Por fim, nesse exato momento estou me dirigindo às ruas, daqui de Fortaleza-CE, para participar de uma manifestação em apoio ao ato de vocês e contra a repressão da polícia militar de São Paulo e do Rio de Janeiro. Estamos em solidariedade incondicional ao movimento e, talvez, iniciando uma mobilização de proporções não vistas há muito tempo...Mas essa mobilização deve ser abaixo e à esquerda, deve saber olhar pra trás, não repetir os mesmos erros do passado e sempre pensar: amanhã vai ser maior!

Estamos vencendo!

Fortaleza, 17 de junho de 2013

Alexandre de Albuquerque Mourão (alexzapa) - (Centro de Midia Independente, Coletivo Aparecidos Políticos)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Milícia anticomunista agride e expulsa militante do PCR do ato na Sé. A resposta do movimento deve ser a adoção de um programa socialista diante do esgotamento do regime burguês!



Por Liga Bolchevique Internacionalista

Nesta tarde de 18/06 em mais um ato na Praça da Sé no centro de São Paulo contra o aumento das tarifas de transporte público, um militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR) foi agredido e expulso da manifestação por estar erguendo a bandeira vermelha do seu partido. 

A ação de caráter anticomunista partiu de milicianos neofascistas que agora passaram a integrar, em conjunto com policiais infiltrados e provocadores de direita, os protestos nas principais cidades do país.

 Portando bandeiras do Brasil e cartazes contra a presença de organizações de esquerda nas mobilizações, estes milicianos anticomunistas contam com o apoio político do “PIG” que os considera como a ala “pacífica e patriótica” do movimento nacional dos manifestantes. 

A mídia “murdochiana” especialista em fraudar a realidade, não para de tecer elogios ao que já considera a maioria “democrática” das mobilizações, ou seja os neofascistas da classe média que destilam seu ódio de classe a tudo que lhes pareça de esquerda. 

Não por coincidência, o novo garoto propaganda da Globo, o ex-LIBELU Demétrio Magnoli, vociferou nesta mesma noite contra o que considera de “filhotes Chavistas” encastelados nas estruturas de “poder” do Estado brasileiro e em apoio ao antipartidarismo das manifestações que tomaram conta do país.



Diante das provocações da direita golpista, que tenta hegemonizar o movimento, algumas correntes revisionistas, como o PCO, vem defendendo o estabelecimento de uma frente única da esquerda. 

A “proposta” revela antes de mais nada uma grotesca caricatura do que foi a defesa feita por Trotsky da frente única operária contra o fascismo. 

Defender uma frente política significa em primeiro lugar identificar o mesmo inimigo comum, e este não é o caso do PSOL, PSTU e nem mesmo do PCO, que estão na mesma barricada da OTAN e da reação imperialista na guerra da Líbia, Síria e Líbano. 

Estes setores tampouco identificam o “PIG” como um inimigo comum e que está por trás das ações neofascistas. 

O PSTU, também alvo dos anticomunistas, chega ao cúmulo de defender o direito “democrático” dos neofascistas portarem suas bandeiras nas manifestações, afinal de contas são aliados políticos desta escória em Cuba, Venezuela e na Síria. 

Como se pode aferir, conformar uma unidade de ação com estes revisionistas, “amigos” de blogueiras da CIA é de uma completa inutilidade política e nada tem a ver com verdadeira frente única operária defendida por Trotsky, que afirmava que o fascismo deve se enfrentado com métodos de guerra civil.



A alternativa que se coloca para derrotar a direita e as milícias anticomunistas que estão se formando, é a adoção de uma plataforma revolucionária e socialista para o movimento, neste sentido deve ser construída urgentemente uma direção classista, com os melhores ativistas iniciais do Movimento do Passe Livre. 

Dotar este movimento nacional de massas, que se diz “horizontal” de uma direção centralizada é o único caminho para a vitória e o consequente atendimento das reivindicações. 

A via mais curta para a derrota é reproduzir no Brasil as “experiências” dos “Indignados” do estado Espanhol ou do “Occupy” em New York, onde a tônica do apartidarismo foi a via de entrada da direita no movimento.



Apesar de nossas profundas divergências com a trajetória oportunista do PCR, desde a LBI prestamos nossa solidariedade ativa com seus militantes, que devem ser defendidos da sanha fascista, por todos os ativistas da vanguarda classista. 

Este mesmo método de classe deve ser adotado diante de qualquer organização ou coletivo de militantes de esquerda perseguidos pelo Estado burguês ou grupos nazifascistas, sem que esta ação signifique a formação de qualquer bloco ou frente reformista com estes setores.


Passe livre ja!