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quarta-feira, 31 de julho de 2013

20 anos após os “Acordos de Oslo” Obama monta nova farsa para impedir retomada da luta revolucionária do povo palestino


Olha ai Cara-Pálida...

Por muito menos o Iraque foi destruído pelas forças imperialistas, aliás, sob a argumentação de que não cumpria as determinações da ONU e dispunha de “Armas Químicas” de destruição em massa. 

Tudo foi uma falácia, mentira escabrosa que permitiu aos ianques (ao estarem sendo dizimados) utilizarem armas nucleares de pequeno porte para derrotarem os resistentes iraquianos em Faluja. Onde estava a ONU? Sentada na benga dos americanos...

Há muitos anos Israel recusa-se a cumprir as determinações da ONU (Organização das Nações Unidas), inclusive a mais citada delas, a Resolução 242, o que para muitos já teria colocado fim ao conflito. Aprovada em novembro de 1967, após a Guerra dos Seis Dias, essa resolução condenou a aquisição de territórios por meio da guerra e reafirmou a necessidade de uma paz justa. Definiu ainda a desocupação dos territórios da Cisjordânia, da faixa de Gaza, de Jerusalém Oriental, assim como da península do Sinai (Egito) e das colinas de Golã (Síria). Finalmente, determinou o retorno dos refugiados palestinos.

No dia 22 de outubro 1973 é aprovada a Resolução 338 (Conselho de Segurança) que impõem o cessar-fogo aos participantes da Guerra do Yom Kippur e o cumprimento da Resolução 242 do Conselho de Segurança que também determina o retorno das tropas sionistas as fronteiras de 1948 quando da criação do estado de Israel dentro da Palestina e, não cumpriram...

Agora querem um acordo de paz sob a égide dos territórios ocupados, após terem implantado dezenas de colônias em territórios palestinos...



Por Liga Bolchevique Internacionalista


As fotos em si são repugnantes. Na cerimônia de 20 anos atrás, Clinton, Arafat e Rabin celebravam os “Acordos de Oslo” que se mostraram como uma farsa completa para deter a luta revolucionária do povo palestino.

 Agora, na gestão Obama, novamente a bandeira palestina está lado a lado com as dos chacais ianques e sionistas.

 Na mesa, o Secretário de Estado estadunidense, John Kerry, encena uma confraternização entre representantes da corrompida ANP de Abbas com a ex-agente do Mossad e hoje Ministra de Justiça israelense, Tzipi Livni, para celebrar a retomada das “conversações de paz” em Washington paralisadas desde 2010.

 A grande questão a decifrar no cenário atual é o que de fato está por trás das aparências, já que os atores são praticamente os mesmos e as “negociações” giram em torno do tema do congelamento das colônias sionistas, já rejeitado por Israel. 

Sem dúvida, estamos vendo uma ação planejada por Obama no marco do esforço por estrangular a retomada da luta revolucionária do povo palestino.

 Não por acaso, a novo “diálogo” ocorre após a libertação unilateral por Israel de 104 presos palestinos, medida tomada sob pressão da Casa Branca para criar um “ambiente” mais propício para sua Ópera Bufa. 

Enquanto teatralizam negociações monitoradas pelos EUA, o imperialismo ianque de fato ataca em todos os terrenos o povo palestino, vide os túneis que o “governo de transição” no Egito destruiu na fronteira com a Faixa de Gaza sob as ordens do Pentágono ou no cerco constante a Síria e ao Hezbollah como parte da guerra que prepara contra o Irã. 

O que estamos vendo é a tentativa de Obama costurar um acordo mínimo para continuar apresentando a desacreditada ANP como interlocutora legítima do povo palestino, enquanto o Pentágono caça junto com o enclave sionista os grupos da resistência que se opõem a participar da farsa montada pelo Departamento de Estado.

No marco do teatro, Obama emitiu um comunicado nesta segunda-feira em que saudava a retomada das conversações, mas advertiu as partes para o difícil caminho.

 “Este é um promissor passo adiante, embora o trabalho duro e as escolhas difíceis ainda estejam à frente”.

 O falcão negro afirmou que os EUA estarão disponíveis para apoiar palestinos e israelenses “através das negociações, com o objetivo de alcançar dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança”.

 Já Kerry declarou ao lado da nazi-sionista Tzipi Livni e do negociador palestino Saeb Erakat, depois da primeira rodada de enrolação: “Acredito que os líderes, os negociadores e os cidadãos envolvidos podem alcançar a paz por uma razão muito simples: eles são obrigados.

 Uma solução viável para dois Estados (israelense e palestino) é o único caminho para resolver o conflito. Não há muito tempo para chegar a isso e não há alternativa” (G1, 30/07). Mais do mesmo, a velha tese furada dos dois Estados, enquanto o que resta da Palestina histórica é atacada diariamente pelo enclave sionista e seus aliados.

 No marco das jogadas midiáticas está a resistência de Israel e dos EUA em aceitar o status de “Estado observador não-membro” da ONU aprovada na sua assembleia geral em dezembro de 2012. 

Naquela ocasião, Abbas e uma ala do Hamas abriram mão até mesmo da defesa do Estado palestino na ONU, suplicando que este covil imperialista aprovasse “status” de bantustão cercado pelo enclave sionista. Como se observa, nada de positivo obviamente pode vir destas conversações a não ser mais pressão contra a luta direta do povo palestino contra seus algozes.

 Em uma declaração dada na capital egípcia, Cairo, onde Abbas se encontrou com o presidente interino do Egito e representante do governo golpista, o representante da ANP disse que “nenhum colono israelense ou forças de fronteira poderão permanecer em um futuro Estado palestino; os palestinos têm como ilegais todos os assentamentos judeus além da Linha Verde”. 

Longe de ter qualquer caráter progressista, a proposta de Abbas representa o prolongamento dos Acordos de Oslo, acrescido desta vez, com a participação da recém-cooptada direção política do Hamas para este projeto de formalização do “bantustão” palestino. Al Fatah e o Hamas querem, na realidade, pressionar possíveis “aliados” internos em Israel, como o trabalhismo e a suposta “esquerda sionista” assim como a União Europeia para que tomem posição em defesa de um acordo com as direções palestinas em torno da tese dos “dois Estados”, uma vez que Netanyahu vem ampliando selvagem e violentamente à ponta de baioneta os assentamentos de colonos israelenses sobre o território da Cisjordânia, o que fez as “negociações de paz” emperrarem, já que a ANP “exigia” o reconhecimento de um “Estado palestino” restrito à Faixa de Gaza e à Cisjordânia. Por esta “solução”, uma ficção de Estado palestino conviveria lado a lado com a máquina de guerra sionista.

 Não será destas “conversações de paz” que se “garantirá” a existência de um “Estado nacional palestino” se este continua cercado e atacado por Israel, mas a luta de seu povo contra o imperialismo e o enclave sionista através da retomada dos territórios históricos pela resistência popular.

Às vésperas de completar os 20 anos dos Acordos de Oslo, celebrados em setembro de 1993 entre Arafat, Clinton e Rabin, quando foi criada a ANP, uma espécie de embrião do que se vendia às massas palestinas como sendo seu futuro Estado soberano, a farsa volta à mesa de negociação com Obama após seu rotundo fracasso. 

Os Acordos de Oslo, fruto do “processo de paz” ditado pelo imperialismo ianque, consistiam em um artifício para paralisar e amortecer o levante revolucionário que eclodiu com a primeira Intifada das massas palestinas, em 1987 e que já durava sete anos. 

Esses acordos buscavam frear a onda revolucionária aberta na região, que colocava em xeque não só o domínio imperialista e a existência de Israel, como também questionava os próprios regimes nacionalistas das corruptas burguesias árabes exportadoras de óleo cru. Arafat e a OLP, vendendo ilusões ao povo palestino, colocaram em marcha uma orientação contrarrevolucionária que se baseava na aceitação da existência do Estado sionista e da pilhagem que este promoveu do território histórico palestino, através de décadas de assassinatos em massa.

 A traição histórica da OLP às massas palestinas dava-se em troca da promessa da criação de um fictício Estado autônomo palestino restrito a uma pequena porção de seu território histórico, pouco mais de dois mil km2 do total dos vinte e sete mil km2 rapinados pelo sionismo, reduzido às terras mais áridas e sem acesso ao mar, onde 70% da população palestina vive abaixo da linha de pobreza.

Pelos acordos auspiciados pelos EUA, criou-se a ANP, uma estrutura político-militar que serve de polícia política contra o próprio povo palestino com o objetivo de reprimir a revolta das massas frente às investidas de Israel.

 Valendo-se do prestígio junto às massas gerado pela expectativa ilusória de conquistar o “Estado palestino”, Arafat subordinou a heroica luta palestina pela sua verdadeira pátria aos interesses comuns do imperialismo e das burguesias árabes, ambos ávidos por estabilizarem a convulsionante conjuntura do Oriente Médio para garantir os investimentos e lucros capitalistas na região. 

Massivos investimentos da Comunidade Europeia, de ONGs e do próprio imperialismo ianque foram feitos para a criação da ANP e para controlar economicamente a região sob sua guarda. 

Ao mesmo tempo em que surgia um estrato pequeno-burguês superior, composto pelas autoridades palestinas, corrompidas pelas migalhas imperialistas.

 Para cumprir essa tarefa, a ANP assumiu a função de gerente-capacho dos verdadeiros bantustões cercados pelo exército israelense. 

Nestes territórios, Arafat e o Conselho Nacional Palestino, uma espécie de parlamento simbólico controlado pela OLP, não tem qualquer autonomia frente às forças militares e ao próprio Estado sionista, já que todas as decisões tomadas pela ANP são submetidas a Israel, que impede os palestinos de ter os mais elementares direitos soberanos, como o acesso à água, a utilização do solo e subsolo, o uso de seu espaço aéreo e do mar, a exploração de atividades comerciais, etc. 

Os trágicos efeitos da orientação contrarrevolucionária da OLP foram aos poucos desnudando-se. A cada rodada de intermináveis negociações para a declaração de criação do fictício Estado palestino, Israel e o imperialismo exigiam mais concessões, como o não retorno dos refugiados e o controle político e militar total de Jerusalém, enquanto avançavam com a edificação de novas colônias nas próprias áreas pretensamente autônomas controladas pela ANP e respondiam frente à revolta palestina com novos genocídios. 

Até hoje é o que vemos, quadro que só pode ser alterado com a retomada da Intifada palestina, reação justamente que Obama que impedir via a “retomada” das conversações de paz!

A justa aspiração do povo palestino pela sua pátria, a retomada de seu território histórico e a edificação de seu Estado apenas podem ser alcançados ligando as tarefas democráticas pendentes com a luta pela revolução social.

 Essa imposição decorre do controle que o imperialismo exerce sobre a região e devido ao caráter de enclave militar de Israel, um Estado artificial montado pelos EUA para controlar o Oriente Médio. 

A utopia reacionária da existência de "dois estados" convivendo lado a lado, um sendo uma máquina de guerra instalada no território palestino e outro um "Estado-bantustão", revela-se uma farsa. 

Essa fraude é o único "Estado" palestino que o imperialismo e Israel estão dispostos a aceitar.

 A reivindicação da construção de um Estado palestino laico e não-racista somente tem consequência se está ligada à compreensão de que a resolução plena da aspiração nacional palestina choca-se com os estreitos limites do capitalismo decadente, ou seja, é impossível de ser concretizada pela via da construção de um Estado nacional burguês, devido ao caráter de opressão imperialista no Oriente Médio e particularmente na Palestina. 

A única alternativa que poderá dar uma resolução cabal à legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como livrar as massas e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos ao longo de vários séculos, é a defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e judeus.

 A expropriação do grande capital sionista, alimentado em décadas pelo imperialismo ianque, impossível de ser conquistada sem a destruição revolucionária do Estado de Israel, garantirá a reconstrução da Palestina sob novas bases socialistas, trazendo para seu povo o progresso e a paz tão almejada durante décadas de guerra de rapinagem imperialista nesta região onde historicamente vários povos já viveram com harmonia e solidariedade! 

terça-feira, 30 de julho de 2013

“Governo revolucionário” no Egito mostra a que veio: massacre aos apoiadores de Morsi, colaboração com Israel e perseguição aos palestinos...



Por Liga Bolchevique Internacionalista


Nesta sexta-feira, 26 de julho, ocorreu um massacre de grandes proporções no Egito. Mais de 200 apoiadores da Irmandade Muçulmana foram mortos e 4.000 ficaram feridos após as FFAA terem atacado as manifestações que exigiam o retorno do presidente deposto Mohamed Morsi.

 Ficou evidente que estamos diante de um “governo interino” controlado pelos generais que servem as ordens do imperialismo ianque. Paralelamente, o exército desencadeou uma operação de perseguição aos palestinos, explodindo os túneis na fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, sendo a ação coordenada com o enclave sionista.

 Israel também autorizou ataques das FFAA egípcias na Península do Sinai para capturar militantes da Irmandade Muçulmana.

 A esmagadora maioria dos revisionistas do trotskismo, dos reformistas e até mesmo stalinistas apoiaram o Golpe de Estado no Egito desferido por generais treinados e armados pelo Pentágono apresentando-o como um “triunfo popular”, porque supostamente expressava o descontentamento popular com o governo da Irmandade Muçulmana.

 O que nos dizem agora estes senhores diante das bárbaras ações das FFAA? Para os marxistas-leninistas o apoio de grande parte da “esquerda” aos golpistas foi a expressão mais evidente de que esta perdeu qualquer referência de classe, chegando ao ponto de apresentar a alta-cúpula militar reacionária do Egito como aliada dos trabalhadores.

Após ultimato dado aos partidários da Irmandade Muçulmana, com o exército dando um prazo de 48 horas para abandonarem as ruas, os golpistas promoveram um novo banho de sangue. A repressão deixou um saldo de 200 mortos e 4.000 feridos só neste dia 26.

 O principal objetivo das FFAA foi dispersar a concentração nas proximidades da mesquita de Rabá al-Audawiya, onde milhares de pessoas têm ficado acampadas há várias semanas exigindo a restituição de Mohammed Morsi, derrubado pelo golpe militar de 3 de julho.

 De acordo com o ministro do interior golpista, Mohamed Ibrahim, o objetivo da repressão foi “acabar com a desordem”. Com este objetivo, o governo militar tenta incriminar os principais líderes da Irmandade Muçulmana valendo-se do aparato jurídico da época de Mubarak. 

Estamos vendo uma cópia do regime cívico-militar de Mubarak, promovida por antigos funcionários do primeiro escalão aliados a setores da direita abertamente pró-imperialista, agrupados na FSN (Frente de Salvação Nacional). 

O “novo” governo do Egito também vem cooperando ativamente com Israel em relação ao bloqueio à Faixa de Gaza. 

O general Abdel Fatah al-Sissi, chefe das Forças Armadas do país e ministro da Defesa, logo após a deposição do governo da Irmandade Muçulmana, mandou fechar a passagem entre o Egito e a cidade palestina de Rafah – único ponto de contato dos palestinos de Gaza com o mundo – e mandou destruir vários túneis da rede subterrânea que liga seu país à faixa litorânea palestina. 

Esses túneis levam aos palestinos aquilo a que Israel não lhes permite o acesso, como variedade de alimentos, eletrodomésticos, gás e combustível.

 O combustível é essencial não apenas para abastecer veículos, mas para gerar energia elétrica. Como a única central de geração de eletricidade de Gaza funciona à base de óleo, sem ele a região pode ficar às escuras, com hospitais paralisados e pacientes sem UTI, sem cirurgia e sem atendimento de emergência.

O “governo interino” do Egito também conseguiu a autorização de Israel para executar operações militares na Península do Sinai, fronteira norte do país.

 O Exército egípcio enviou tropas à região para neutralizar “ameaças terroristas”, em uma clara ação contra partidários da Irmandade Muçulmana que já deixou 20 mortos. Israel permitiu o pouso de helicópteros apache do Egito, que vinham de um sobrevoo pela Faixa de Gaza.

 A operação teve o aval de Israel e dos EUA, já que consideram que corresponde ao “interesse de estabelecimento da paz” na região e não pretendem ser obstáculos no “combate aos terroristas”. 

O portal Debka, afiliado ao serviço de inteligência do enclave sionista, anunciou que o governo de Israel permitiu as operações das Forças Armadas do Egito contra “grupos terroristas” que se refugiam no Sinai. 

Segundo o portal, os helicópteros são usados pelo Exército egípcio para impedir que membros do Hamas, que governa a Faixa de Gaza, apoie a Irmandade Muçulmana no Egito: “Pela primeira vez, as forças egípcias no Sinai foram capazes, nesta sexta, de usar apaches para atacar alvos do Hamas na Faixa de Gaza, por um lado, e por outro, alcançar frentes salafistas e células da Al-Qaeda na área montanhosa de Jabal Al-Halal, no centro do Sinai”, diz o portal.

Diante destes fatos, o conto do “golpe revolucionário” não se sustenta, já que se viu no Egito foi a instalação de um regime cívico-militar reacionário que impõe a ordem pela via da repressão aberta. Desmoralizada em apresentar o golpe como um “trinfo popular”, logo a LIT lançou um artigo às pressas intitulado: “Egito: Nenhuma confiança no novo governo fantoche dos militares e do imperialismo” (26/07).

 Engana-se que buscou alguma autocrítica no texto! No corpo do artigo vemos a LIT reafirmar sua posição em apoio ao golpe de estado: “A derrubada de Morsi representa a queda de um novo autocrata, um novo Mubarak — nesse caso, um civil de corte islâmico — e a interrupção da implantação de seu projeto ultra-reacionário, bonapartista teocrático, encabeçado pela Irmandade. E as massas percebem esse fato como uma vitória democrática.

 Em síntese, durante o governo Morsi, estávamos sempre junto com as massas contra esse governo e contra o regime militar e não mudamos essa posição nem sequer quando o governo foi ameaçado e depois derrubado pelos militares”.Porém, as aberrações defendidas pela LIT não param por aí. 

Enquanto o exército massacra os apoiadores de Morsi e da Irmandade Muçulmana, os morenistas chamam a unidade militar com os repressores!

 Para não pairar dúvidas publicamos na íntegra sua posição: “No Egito, quando a Irmandade Muçulmana sai às ruas defendendo a volta do governo bonapartista de Morsi, está protagonizando uma mobilização contra o regime, mas de caráter contrarrevolucionário, e por isso não é correto defender nenhum tipo de unidade de ação com essa organização.

 Essa mobilização, portanto, não tem nada de progressivo, ainda que participem dela milhares de pessoas que acreditam, erroneamente, que dessa forma estão ‘defendendo a democracia’ contra um ‘golpe’. Para que a revolução avance é necessário derrotar esse tipo de mobilização que só serve à contrarrevolução. 

Diante disso, se impõe a necessidade de que as organizações populares, que derrubaram Morsi, tenham planos e organismos de autodefensa para impor a vontade das massas contra a reacionária Irmandade Muçulmana, de tal forma que não dependam do Exército e da polícia para impor sua vontade.” (Idem).

 Como podemos obsevar trata-se de um programa em defesa da frente única política e militar com as FFAA!

Apesar de setores da “esquerda” terem apresentado o golpe militar como uma “vitória das mobilizações populares”, o que se observou foi a deposição pelas FFAA do governo eleito da Irmandade Muçulmana (relativamente frágil e sem a confiança integral do Pentágono, apesar de todos os esforços do presidente deposto), impondo um gabinete golpista escolhido “a dedo” pelo imperialismo ianque, com oficiais e civis que estão totalmente entregues ao FMI e à OTAN. 

O quadro atual representa que as massas estão em uma situação pior quando sob o governo da Irmandade Muçulmana, porque antes tinham a capacidade de enfrentar um governo civil frágil (neoliberal e islâmico) e agora ficaram totalmente refém da alta-cúpula militar, como na época de Mubarak, cuja queda foi apresentada por esta mesma esquerda como uma “revolução democrática triunfante”. 

Até poucos dias atrás esses filisteus diziam que o fato da Junta Militar alinhada com o Pentágono depor um governo burguês islâmico eleito, porém fragilizado e dar um golpe de estado era uma revolução!

 Ao contrário desses calhordas, não nos cansamos de afirmar: a estranha aliança entre militares e um setor das “massas” em apoio ao golpe militar demonstra que na ausência de um partido comunista e de um programa revolucionário o movimento de massas pode girar à direita. 

Tanto que na própria sexta-feira, 26, centenas de milhares de pessoas voltaram às ruas do Cairo e de outras cidades, em particular do norte do país, em apoio ao chamado do ministro de Defesa Abdel Fattah el-Sissi para reprimir o que qualificou de “violência e embrião de terrorismo” em alusão aos protestos da Irmandade Muçulmana.

 Todos esses elementos demonstram que a ação das FFAA em 3 de julho não se tratou de um “golpe militar preventivo” para barrar o avanço da “revolução” como defende o PCO, justamente porque nunca houve uma revolução em curso no Egito, mas um processo de transição operado pela Casa Branca no curso da chamada “Primavera Árabe” que conseguiu com sucesso manipular o movimento de massas para tirar de cena um gerente senil (Mubarak) e colocar em seu lugar alternativas minimamente confiáveis a seus interesses, primeiro a Irmandade Muçulmana (que se mostrou frágil), agora com um gabinete composto por El Baradei e outros homens de sua inteira confiança, sustentado diretamente pela FFAA.

Agora que a repressão do exército de abate com toda força sobre os apoiadores de Mursi, ficou clara a colaboração das FFAA com Israel e a perseguição aos palestinos por parte do “governo de transição” fica insustentável a posição da “esquerda” que foi fiadora do golpe, inclusive daqueles setores reformistas e stalinistas que chegaram a dizer, como o próprio PC do Egito, que com a ascensão dos militares ao governo se romperia o eixo que o atual governo de Morsi formou com a Turquia e as petromonarquias do Golfo, como Arábia Saudita e Qatar, contra a Síria e o Irã.

 Esta tese é completamente falsa, já que o alto-comando militar encastelado no poder desde Sadat e Mubarak sempre esteve alinhado com os objetivos estratégicos do imperialismo ianque, tendo em vista que é diretamente financiado e orientado pelo Pentágono.

 O exército egípcio é cúmplice histórico dos massacres ao povo palestino perpetrado por Israel, tanto que o país é um dos poucos no Oriente Médio que tem relações diplomáticas com o enclave sionista desde os acordos de Camp David.

 Na verdade, ao Conselho Supremo das FFAA ter perpetrado o golpe militar se aprofundou ainda com maior força o alinhamento político e militar do Egito contra a Síria e o Irã, já que colaboram diretamente com os planos da OTAN! 

Os fatos atuais só comprovam o que afirmamos! Neste momento é necessário chamar a derrubada do “novo governo” golpista pela via da ação direta das massas, convocando atos e manifestações em frente única com a Irmandade Muçulmana e os setores populares que se opõem ao golpe, construindo comitês de autodefesa contra a repressão estatal. 

Ao contrário dos canalhas da LIT e seus irmãos da família revisionistas, os genuínos trotskistas estão nas tricheiras dos que combatem os golpistas, serviçais da Casa Branca!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Em troca de indenizações milionárias, PSTU lava a cara dos pelegos de ontem e de hoje na “Comissão da Verdade” do governo Dilma!


Caro leitor, essa é uma boa matéria jornalística (porque não?), produzida pela LBI que, em síntese, torna-se um documento importantíssimo ao relatar com veracidade os fatos históricos (no qual também participei)  do período que antecedeu a abertura politica em 1985. 

Na verdade, fatos esses ocorridos ainda no ano de 1983 em São Paulo (cidade onde vivi por muitos anos), como relatei em alguns episódios numa postagem mais abaixo e em outro blogue: http://tijoladasnamentira.blogspot.com  (mais detalhadamente) no ano de 2011. 

Enfim, particularmente este documento em forma de uma matéria jornalistica me agrada muito, mais precisamente porque desnuda várias facetas ocultas pelo tempo da história. 

É um grande relato baseado também numa analise conjuntural contemporânea que precisa ser levada ao conhecimento (para debates) junto as militâncias dos movimentos sociais, mesmo que o assunto inicial trate do recebimento compensatório por serviços "X9" prestados aos algozes, na forma de delatores, enquanto militantes naquele período ditatorial... 

Trata-se na verdade de um "grupelho" de dirigentes sindicais abrigados em partidos revisionistas  que, infelizmente agem ainda nos dias de hoje a serviço da classe dominante, utilizando-se também desses partidos como vetores dos seus objetivos de traição de classe...


Por liga Bolchevique Internacionalista

Ocorreu nesta segunda-feira, dia 22 de julho, no Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical em São Paulo, o “Ato Sindical Unitário” promovido pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) criada pelo governo federal com todas as centrais sindicais, inclusive a CSP-Conlutas.

 O pretexto foi “relembrar os 30 anos da greve geral de 1983”, apresentando-a como um fato político importante para o fim da ditadura militar instaurada via golpe contrarrevolucionário de 1964.

A atividade foi organizada pelo “Coletivo Sindical de apoio ao Grupo de Trabalho da Comissão Nacional da Verdade” estando presentes além dos atuais representantes da burocracia sindical “chapa branca”, pelegos que no passado atacaram abertamente ativistas classistas em nome da política de subordinar o movimento operário à oposição burguesa agrupada do MDB.

O porta-voz da CSP-Conlutas e dirigente nacional do PSTU, Luís Carlos Prates, conhecido como Mancha saudou entusiasticamente o ato político coordenado por Rosa Cardoso (membro da CNV mais próxima da presidente Dilma), aproveitando para reforçar os pedidos dos morenistas por “reparação material” aos militantes e sindicalistas ligados à Convergência Socialista e ao Alicerce (ALS), perseguidos pela ditadura militar.

Vergonhosamente, PSTU e a Conlutas lavam a cara dos pelegos de ontem e de hoje para em troca receber indenizações milionárias do Estado burguês!

Cinicamente, a CNV nascida de um acordo entre Dilma e os militares, usou a greve geral de 1983 como pretexto para promover seu ato político espetaculoso. Na verdade, na greve geral de 21 de julho de 83 convocada pela “unidade” dos dirigentes sindicais da “Comissão Nacional Pró-CUT” (que posteriormente implodiu) foi em grande parte sabotada pelos pelegos da CGT, que agora comemoraram esta data!

O governador de São Paulo, Franco Montoro (PMDB), expoente da oposição burguesa apoiada pelos pelegos, reprimiu o movimento de massas em uma ação coordenada com o II Exército e a PM. A paralisação foi forte no estado de São Paulo e só não foi maior no resto do país pela atuação boicotadora dos dirigentes sindicais que se mantinham agrupados no PMDB (PCB, PCdoB, MR-8) atuando contra a CUT e o PT.

Hoje a maioria do que restou destes pelegos traidores e seus herdeiros políticos (que se abraçam em festa com o PSTU/Conlutas) está abrigada nas direções das centrais sindicais “chapa branca” mais direitistas, particularmente na CGTB, CTB, CSB, Nova Central e UGT.

Agora, juntos com a CUT totalmente domesticada e corrompida, esta canalha sustenta o governo Dilma. Muitos destes pelegos da CGT inclusive entregavam para os patrões e a polícia ativistas classistas, como vimos na época das disputas da pelegada da CGT contra o MONSP nos metalúrgicos da capital paulista.

 Bira, o atual presidente da CGTB, por exemplo, que estava no ato com Mancha “comemorando” a greve geral de 1983 é o mesmo sindicalista e dirigente do MR-8 (agora PPL) que atuava como “tropa de choque” (armados, inclusive) do pelego-mor “Joaquinzão” (metalúrgicos de São Paulo) contra os militantes da Oposição Metalúrgica!

Como se observa, o “Ato Sindical Unitário” deste dia 22 tratou-se de uma falsificação histórica, onde o PSTU e a Conlutas serviram para dar uma cobertura de esquerda à operação midiática montada pelo Planalto, já que formalmente os morenistas não apóiam o governo Dilma e foram vítimas da ditadura militar.

 Sem dúvida, Mancha e a direção do PSTU cobraram caro por este teatro, tanto que no próprio evento salientaram a necessidade da reparação material para seus militantes!

Os reformistas da “família chapa branca”, agora acompanhados escandalosamente pelos revisionistas do PSTU, transformaram a trajetória de luta da militância contra a ditadura em um verdadeiro “balcão de negócios”, onde a “regra” é acumular processos de “reparação” para serem “deferidos” em requintadas solenidades oficiais pelos mesmos governos “democráticos” que massacram a classe operária e o povo pobre e negro, que continuam a ser torturados nas delegacias das periferias deste país.

 Como marxistas revolucionários, não dissimulamos ilusões de que este regime bastardo irá punir ou condenar os agentes e mandantes da repressão que se abateu ferozmente sobre nossos camaradas, nossa justiça de classe somente emergirá quando a verdade histórica for “revelada” para as novas gerações de militantes “intoxicados” com a cortina de fumaça da democracia burguesa, ou seja a derrubada revolucionária do capitalismo foi e sempre será o norte de nossa luta!

Como mais uma manobra distracionista, bem ao estilo dos governos da centro-esquerda burguesa da América Latina, a frente popular agora sob o comando da ex-guerrilheira Dilma promove a CNV cujo móvel político é realizar um resgate “histórico” das circunstâncias e responsabilidades pelos crimes da ditadura militar, ressalvado que todos os protagonistas deste cenário de prisões, torturas e covardes assassinatos estariam resguardados de qualquer responsabilidade jurídico-criminal em função da plena vigência da “Lei da Anistia”, promulgada pelo governo do general João Figueiredo.

A partir desta “base pétrea”, ou seja, a impunidade constitucional aos genocidas, o governo federal promove toda uma sorte de “espetáculos” como o que vimos no “Ato Sindical Unitário”, que inclui expedição de certidões de óbitos, homenagens institucionais a militantes mortos (patrocinadas em muitos casos pelos próprios herdeiros do regime militar) e, o mais “importante”, é claro: “as generosas indenizações reparatórias”, como se a ideologia dos combatentes da esquerda revolucionária pudesse ser precificada.

Desgraçadamente, a maioria das organizações que se proclamam marxistas como o PSTU, além de ex-militantes e familiares das vítimas da repressão militar, aceitou o “convite” para “celebrar” o advento da democracia burguesa e suas iniciativas “compensatórias”.

Os heroicos combatentes da esquerda, que de arma em punho enfrentaram os organismos da repressão policial-militar, não estavam entregando suas vidas em nome da causa “democrática” ou em defesa programática do “estado de direito”, estavam sim combatendo decididamente pela abolição da exploração da classe operária e pela revolução socialista em nosso país.

Em nossa modesta homenagem aos que tombaram ou foram torturados pelos facínoras a serviço do capital, reafirmamos a vigência do marxismo-leninismo, a necessidade da construção do partido revolucionário e a manutenção da estratégia da guerra de classes para sepultar o modo de produção capitalista em todos os seus “formatos” políticos e institucionais.

Ao contrário do PSTU e seus afins, declaramos sem nenhuma dissimulação ou artifícios que os dirigentes da LBI que militaram no período da ditadura militar (1964-1984) não reivindicam e nem tampouco aceitam receber do Estado burguês, através de seus governos da ordem (PT, PSDB), nenhum tipo de “reparação” financeira ou reconhecimento político “democrático”.

 Nossa “recompensa” pelos sacrifícios militantes e perseguições policiais sofridas só poderá ser concedida pela classe operária, que de forma abnegada e sincera reconhece historicamente seus melhores combatentes e heróis que não se deixaram corromper ou cooptar pelas cantilenas deste regime da “democracia dos ricos”.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Capital financeiro e imperialismo ianque escolhem seu candidato para bater o PT: Marina Silva!

"LÁGRIMAS DE CROCODILOS & ABRAÇO DE URSO" Marina imperialista da Silva e Marco homofóbico Feliciano

Por Liga Bolchevique Internacionalista



Em um período de decantação política dos protestos multitudinais que varreram o país, parece mesmo que as forças da reação interna já iniciaram seu processo de reacomodação eleitoral com as atenções voltadas para 2014.

É o que vem revelando o resultado das últimas pesquisas de opinião pública, em particular a divulgada pelo IBOPE no ultimo dia 18/07, que coloca no patamar de empate técnico para o segundo turno as candidaturas de Dilma Rousseff e Marina Silva.

 Pela primeira vez em pesquisas eleitorais a presidente Dilma vê ameaçada a sua condição de renovar tranquilamente por mais quatro anos o posto de “gerente geral” de negócios do regime capitalista.

Com o impacto das mobilizações populares ocorridas em junho se desfizeram as aspirações presidenciais das alternativas políticas mais tradicionais da burguesia financeira e do imperialismo para derrotar o PT em 2014, de uma só tacada foram praticamente descartadas  como “viáveis” as candidaturas de Serra, Eduardo Campos e do novo líder Tucano Aécio Neves.

Também não conseguiu “decolar” a campanha orquestrada pelo PIG do “Fora Dilma”, apesar do grande esforço da malta ultrarreacionária do “Face” e que desgraçadamente contou com o apoio da esquerda revisionista.

 Apesar do intenso desgaste de gerenciar o aparelho de Estado capitalista, incapaz de atender as necessidades mais elementares da população, a Frente Popular ainda conta com um sólido apoio social no movimento de massas, somada à política do governo de fomentar crédito para uma parcela significativa dos trabalhadores.

Neste cenário complexo e difuso a aposta política dos rentistas, “sequestradores” de fato das finanças públicas do Estado burguês, vai na direção da eco-imperialista Marina Silva.

A ex-senadora é a única candidatura ao Planalto que reúne neste momento condições mínimas de levar a disputa para um segundo turno, fazendo ascender a esperança da reação tupiniquim de colocar o Brasil novamente na rota de um pleno alinhamento econômico com o grande amo do norte.


A mitificação em torno da figura de Marina Silva vem sendo construída pela mídia burguesa ao longo de sua passagem pelo PT, primeiro foi falsamente apresentada como a “herdeira” de Chico Mendes, depois ao assumir o Ministério do Meio Ambiente estabeleceu vínculos com as ONGs norte-americanas diretamente interessadas no controle de nossas reservas naturais.

Ao sair do PT Marina sinalizou ao imperialismo que já estava preparada para iniciar a construção de uma nova alternativa de poder no país, sob o manto da defesa da ecologia e de um crescimento capitalista “sustentável”.

Quando se lançou à presidência da República em 2010 pelo PV, muitos analistas políticos de esquerda afirmaram que se tratava de uma mera jogada eleitoral dos Tucanos para subtrair votos do PT, mas na verdade tirou votos de Serra e quase foi para a disputa do segundo turno com Dilma.

Nós da LBI caracterizamos o “fenômeno” Marina, antes mesmo da abertura das urnas em outubro de 2010, como a gestação de polo neoliberal ainda mais alinhado com o imperialismo ianque do que os privatistas do PSDB.

Às vésperas do primeiro turno já afirmávamos o seguinte: “Na realidade, a movimentação midiática em torno do fortalecimento do PV é pensada pela burguesia para muito além das eleições presidenciais, tendo por objetivo formatar uma nova oposição ao governo da frente popular mais adequada à atual realidade de estabilidade do regime político e de um implícito pacto social em plena vigência.” (JLO nº 201 10/2010).

Ao romper com o PV que lhe deu abrigo em 2010, Marina pensou “grande” ao demonstrar que seu projeto político deveria ser “puro” e homogêneo, livre das influências oligárquicas regionais voltadas a um fisiologismo que não agrada aos grandes investidores internacionais.


O lançamento do REDE, seu novo partido, contou desde o início com forte apoio financeiro dos banqueiros, em particular com a família Setúbal dona do ITAÚ.

 Rapidamente Marina galvanizou para o REDE recursos da burguesia bem mais “consistentes” do que reuniu em 2010, quando teve o apoio da empresa NATURA através do seu vice Guilherme Leal, agora tem à sua disposição o jato particular mais moderno do pais, custando para a “humilde” ex-seringueira a bagatela de 60 milhões de Reais. O REDE já montou sua equipe econômica com “notáveis” ex-tucanos como André Lara Resende e Giannetti, operadores da privataria no governo FHC e defensores da abertura total de mercado aos EUA.


Marina agora defende a autonomia do BC e o corte de verbas sociais para o pagamento dos juros da dívida interna (aumento do superávit primário), além do desmonte da PETROBRAS para beneficiar as transnacionais de energia e gás do “Tio Sam”, qualquer semelhança com o programa da Casa Branca para o Brasil não é uma mera coincidência...


Mas grande debilidade do REDE se concentra na impossibilidade de estabelecer um largo arco de alianças partidárias para 2014, com o fracasso do MD Marina só deve contar com o apoio formal do PSOL (a ex-senadora Heloisa Helena é a “ponte”) e seus parceiros de “esquerda”.


Para compensar esta fragilidade eleitoral a burguesia tenta convencer a todo custo que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, criatura do PIG exatamente para este fim, integre como vice a chapa de Marina. O REDE já conta com a simpatia da maioria da classe média urbana, extremamente reacionária, e na possível composição com o “herói” JB seria um adversário muito forte para as pretensões de um segundo mandato para Dilma.


Para a ex-militante do ateu PRC, que transformou-se em evangélica para agradar a “cultura” protestante norte-americana, ter o vestal e moralista JB ao seu lado no Planalto seria o principal “sonho de consumo” da ofensiva imperialista no Brasil.


O PT sabe do risco que hoje oferece Marina, principal beneficiada eleitoralmente com as jornadas de protestos, mas está vergonhosamente “amarrado” com a “caneta” do Planalto.


Lula conseguiria bater facilmente Marina ou Aécio sem precisar sequer de um segundo turno, mas não pode se confrontar com Dilma sob a ameaça do processo ainda em curso do chamado “Mensalão”.


A anturragem Dilmista conseguiu inclusive excluir da chapa do próximo diretório nacional, nomes de petistas históricos como o de José Dirceu, foi sem duvida alguma uma demonstração de força e um aviso para o movimento “volta Lula”.


 Mesmo sob o risco da derrota diante da candidatura ascendente de Marina, o PT seguirá inexoravelmente com Dilma e na tentativa inútil de agradar o “mercado” o governo da Frente Popular aprofundará ainda mais seu curso neoliberal, promovendo ataques as conquistas da classe operária.