Pensando com meus "botões", lembrei-me
que os quebra-quebras que estão acontecendo no Brasil desde o mês de junho, na
verdade, não é diferente daqueles que aconteceram em 1983 (também participei em
ações diretas) pelo centro velho de São Paulo, pelas ruas Direita, Barão de
Itapetininga, 7 de Abril, Barão de Paranapiacaba, Largo do Café, Rua 15 de
Novembro, Conselheiro Nébias, Viaduto do Chá, Praça Clóvis, Praça Rui Ramos,
Praça da República, Largo São Bento, na Praça da Sé e nos entorno.
Enfim, fato este que foi um dos instrumentos e o estopim que forçaram o retorno a democracia (não foi somente os comícios das “Diretas Já” ocorridos na Praça da Sé e no Vale do Anhangabaú).
Enfim, fato este que foi um dos instrumentos e o estopim que forçaram o retorno a democracia (não foi somente os comícios das “Diretas Já” ocorridos na Praça da Sé e no Vale do Anhangabaú).
Naquela época muitas lojas também foram saqueadas,
dezenas de bancos tiveram suas fachadas destruídas (principalmente os da Rua 15
de Novembro), e órgãos públicos municipais e estaduais também foram
atingidos...
Bem, alguns pesquisadores meia boca de hoje, talvez não consigam enxergar desta maneira todo aquele acontecimento.
Bem, alguns pesquisadores meia boca de hoje, talvez não consigam enxergar desta maneira todo aquele acontecimento.
Os Jornais “O Estado de São Paulo”, “Folha da
Tarde”, “Diário Popular” e “Folha de São Paulo” entre outros, noticiaram a
revolta popular.
E, semelhante aos acontecimentos deste ano de
2013, através do PIG, incentivaram a repressão e a prisão dos participantes,
incluindo a divulgação das fotos dos manifestantes, tal qual vem ocorrendo
agora, entregando-os ao DOPS e a Policia Federal...
O fato é que aquela situação ajudou muito nas
mudanças que viriam a acontecer dois anos após. E, vale lembrar que ainda no
mesmo período, apesar das reclamações semelhantes às de hoje sobre as
depredações que ocorrem, os metalúrgicos da região do ABCD, de São Jose dos
Campos, e Taubaté, para forçarem acordos, "riscavam" as pinturas e as
latarias de todos os carros recém concluídos que ainda estavam na linha de
produção.
Vocês lembram? Lula, Zé Maria e outros líderes da
época, defendiam ações mais diretas contra a Ditadura Militar e a ordem burguesa
estabelecida...
Ora, a passividade exigida pelas Centrais
Sindicais “chapa branca” de hoje é de dar nojo mesmo, literalmente, uma cambada
de pelegos, avessos as histórias de lutas. Hoje no poder, o PT e o PCdoB
juntamente com os partidos burgueses fisiologistas “gritam” pela ordem social,
enquanto fazem uma rapinagem no erário público em projetos que atendem somente
as demandas econômicas e financeiras da classe dominante...
O maior exemplo dessas falcatruas está na “Copa dos
Ricos”, nas usinas hidrelétricas em terras indígenas, a não demarcação das
terras indígenas, a não realização da reforma agrária conforme as necessidades
maiores do país, a ausência de uma política nacional para a saúde pública que
está em estado de coma, da educação que não funciona e não permite a inclusão
social, no baixo salário dos professores (principalmente aos das
séries iniciais e os do ensino médio), na miséria do salário mínimo e das
aposentadorias, no financiamento estatal de projetos privatizados e “privatizáveis”
como os das rodovias pedagiadas em todo o país, dos aeroportos, dos portos e
terminais, das ferrovias, das minerações, das facilidades para a biopirataria,
hidropirataria, do código florestal nefasto ao meio ambiente, além da entrega
através de leilões da soberania nacional em relação ao petróleo brasileiro,
incluindo ai a própria Petrobras, em processo permanente de privatização
continuada.
É o desmonte da coisa pública a serviço da
ganância do setor privado escravagista...
É por essas e outras que a população está tomando
certas iniciativas que fogem do controle dos carreiristas...
Ao PT, PCdoB e algumas tendências dispersas em
outros partidos: Calem a boca!
Ainda sobre os quebra- quebra dos anos 80, segundo
os meus "botões", nada mais justo do que as "centrais
sindicais", os partidos de esquerda e os movimentos sociais, incluindo
também a população indignada, juntamente com o movimento anarquista, porque
não?
Eles foram nossos aliados em outras épocas,
incluindo o combate contra a ditadura militar e nas ações diretas recentes,
fazermos a "Marcha dos 300 mil" sob o eixo de um programa socialista
e popular.
Ora, para um Congresso Nacional comprometido até a medula óssea com
o que tem de pior neste país, e que é refém perpétuo do poder econômico, da
elite financeira e industrial, dos latifundiários, nada melhor do que uma
pressão direta da população organizada, com o apoio das universidades, do
movimento estudantil, das Centrais de trabalhadores, e dos movimentos sociais,
numa ampla e gigantesca manifestação em frente ao "Banker parlamentar"
do poder central da burguesia...
Para os pelegos represadores das demandas trabalhistas e sociais,
nada a declarar!
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