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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

GENOÍNO x NORAMBUENA: A EXCEÇÃO E A REGRA

Por Celso Lungaretti

Jornalista, escritor e ex-preso politico
Não faz sentido solidarizarmo-nos ao Genoíno...
José Genoíno pode, mas nãodeve, ser mantido numa prisão, ainda que somente à noite. Afinal, as sentenças emanadas de juízes nunca são piores do que a morte. E, sem desmerecer as conclusões das tais juntas médicas, prefiro apostar no senso comum, que indica estar no fim a jornada do velho guerreiro. 

Que passe essa quadra derradeira em paz, junto aos entes queridos. Afinal, foram bem poucos os que assumiram os riscos que ele assumiu durante a ditadura; e não havia nenhum ministro do STF dentre eles. Fez jus a ser tratado com alguma consideração, sim!

José Dirceu quer ser gerente de hotel. Se a lei lhe faculta isto, por que não? Não cometeu nenhum ato brutal, que o tornasse uma ameaça para os hóspedes. E ele é que foi condenado, não a família; deverão vir em boa hora para seus dependentes os R$ 20 mil mensais que ele pode ganhar, mas não vai ter como gastar.

A Justiça draconiana e retaliativa não passa de um anacronismo medieval, claro! Mas, muitos petistas estão nos devendo uma severa autocrítica por estarem afirmando isto com tanto atraso, e só quando os calos lhes doem.

Torço para que o Joaquim Barbosa tenha percebido a inconveniência de continuar mantendo a postura rancorosa de um anjo vingador. Mesmo que um fique em casa e o outro passe o dia gerenciando um hotel, continuarão tendo o condenado estampado na testa, além de estarem sendo expostos ao opróbrio há oito longos anos. Suas carreiras políticas despencaram. Parecer-me-ia mesquinho,  além disto, impor rigores a um Genoíno combalido e/ou impedir Dirceu de trabalhar.

TRATAMENTO DIGNO PARA OS PRESOS NÃO 
PODE FICAR RESTRITO A UM CASO CÉLEBRE

...e ignorarmos a via crucis de Norambuena.
Há, contudo, um preço a pagarmos, se a enxurrada de exortações solidárias surtir efeito: as também generalizadas reprovações dos reacionários, segundo os quais eles estariam recebendo privilégios vedados à quase totalidade dos presos.

Espero que seus partidários tenham o bom senso de, em tais circunstâncias, não negarem o que até as pedras sabem ser verdade. Deverão, isto sim, afirmar que os demais presos merecem tratamento igualmente humanitário, digno e respeitador das leis vigentes, cabendo à cidadania mobilizar-se para que tal aconteça. Está na hora de sairmos da Idade Média em termos de aplicação da Justiça.

E, se Genoíno e Dirceu conseguirem tornar-se as exceções de regras odiosas, espero que ambos tenham o discernimento de perceberem que esta brecha precisará ser alargada, para beneficiar a muitos outros injustiçados, humilhados e ofendidos pela Justiça brasileira. Caberia a eles portar-se com um mínimo de discrição, de forma a não darem pretexto para reconsiderações e recuos por parte do STF.

Miruna, filha de Genoíno, erra ao recriminar a junta médica por tê-lo considerado apto para a Papuda. Parece ignorar que aos doutores não compete avaliar presídios; e não dá importância ao fato de terem eles especificado claramente os cuidados especiais que a condição de saúde do seu pai impõe. É a Barbosa, não à junta, que cabe decidir se tais prescrições podem ser seguidas à risca na Papuda, em alguma outra penitenciária, ou se é melhor conceder-lhe prisão domiciliar.

Mas, vale a pena refletirmos sobre este trecho do seu desabafo virtual:
"Agora eu me pergunto: srs. médicos, os srs. estiveram na Papuda? Com que autoridade os srs. sentem-se no direito de dizer que meu pai pode voltar para lá? Viram as condições oferecidas? Comeram a comida de lá? Foram ao banheiro de lá? Viram o ambulatório? Equipamentos de lá?".
INFINITAMENTE PIOR É O RDD: TRATA-SE DE UM SISTEMA DE TORTURA SEM AÇÃO DIRETA SOBRE O CORPO DA VÍTIMA.

Estive duas vezes na Papuda visitando o Cesare Battisti e não discordo. Mas, se lá as condições são inadequadas para um enfermo, o tratamento que recebem os presos colocados sob o Regime Disciplinar Diferenciado, em penitenciárias como a de Presidente Bernardes, éinfinitamente pior, até mesmo homicida, como bem ressaltou o professor Carlos Lungarzo, que há mais de três décadas atua na defesa dos direitos humanos em nosso continente:
"O RDD é um simples sistema de tortura, que se diferencia do clássico por não haver utilização de ação direta sobre o corpo da vítima, mas cujos efeitos são comparáveis. (...) Os efeitos dolorosos que são procurados pelo torturador estão todos presentes no RDD: isolamento de som, ausência de luz natural ou hiperluminosidade, bloqueio de funções motrizes com a mecanização de todos os movimentos do preso (como portas que são abertas de fora, e que impedem o detento girar uma maçaneta, contribuindo para a atrofia muscular), perda da noção de tempo e obliteração da memória em curto e médio prazos, o que acaba mergulhando a pessoa numa autismo irreversível".
Outro antigo guerrilheiro que, a exemplo de Genoíno, atualmente cumpre pena por delitos comuns, o chileno Maurício Hernandez Norambuena, sequestrador de Washington Olivetto, está submetido ao RDD há quase 10 anos ininterruptos, embora tratamento tão cruel e destrutivo só pudesse ser aplicado, segundo a própria lei que o instituiu, por períodos escalonados de 360 dias, totalizando, no máximo, 1/6 (cinco anos) da condenação recebida (trinta anos). Quem interessar-se, encontrará mais detalhes aqui e aqui.

Quando a formidável rede de apoio aos réus petistas se mobilizar, um pouquinho que seja, para exigir também a extinção do fascistóide RDD e para proteger outros condenados sob risco de morte, como Norambuena (que já teria se suicidado se sua personalidade não fosse tão forte), será bem mais respeitada pelo homem das ruas.

Os melhores seres humanos assumem, antes de tudo, princípios; e depois defendem a causa de pessoas em função de tais princípios e coerentemente com eles.

Neste sentido, não há motivo nenhum que justifique estarem diferenciando as agruras do Genoíno da via crucis do Norambuena; assim como a atitude de tanto apelarem por um enquanto ignoram olimpicamente o outro.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Substituição do juiz corregedor da Papuda: Barbosa “insuflado” pelos barões da mídia entra em surto e pensa que é “Deus”



Por Liga Bolchevique Internacionalista


Em mais um ato intempestivo e arbitrário, o presidente do STF, Joaquim Barbosa ordenou no último domingo 24 de novembro, que o atual juiz corregedor do Complexo Penitenciário da Papuda, Ademar Vasconcelos, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal responsável pela condução das prisões dos “mensaleiros”, fosse substituído por outro juiz mais “afinado” com suas determinações fascistizantes e espetaculosas midiáticas.


No lugar de Ademar entra o juiz Bruno Ribeiro, filho de Raimundo Ribeiro um conhecido tucano do Distrito Federal e raivoso defensor da AP 470 em um programa de TV local semanal (“Tribuna Livre”, TV Brasília).


Para o chefe do “supremo”, Ademar além de ter com ele uma relação conturbada estaria capitulando às exigências dos presos José Dirceu, Delúbio e principalmente Genoino, a quem Barbosa foi forçado a conceder a prisão domiciliar em razão das pressões que sofreu por conta  da gravidade da doença do ex-presidente do PT.


De “linha dura”, Bruno Ribeiro foi o responsável pela prisão imediata de Dirceu, Genoino e Delúbio porque o juiz titular Ademar estava em férias. Ao deixá-los presos ilegalmente por vários dias em regime fechado conseguiu galgar créditos junto a Barbosa...


Como podemos ver, esta nomeação não possui um caráter técnico, é uma escolha sumamente política e corresponde às pressões que a mídia “murdochiana” vem fazendo acerca das supostas “regalias” que os “mensaleiros” estavam tendo no infecto presídio da Papuda.


Como as prisões do “mensalão” não objetivam de modo algum combater a corrupção no país, uma vez que o próprio STF sempre foi um antro de corrupção e avalista inclusive das arbitrariedades do regime militar e da privataria tucana, Joaquim Barbosa, o “herói” dos barões da mídia, sabe a que veio: colocar seu cargo de presidente do STF a serviço da classe dominante e da democracia dos ricos, por isso tem concentrado tanto poder em suas mãos, pensando agora que é “Deus”.


A mudança de “comando” já se fez sentir: estabeleceu duras regras para a prisão domiciliar (temporária) de Genoino que não poderá sair de casa, salvo para ir ao médico, será obrigado a atender autoridades a qualquer hora e a manter os relatórios médicos atualizados. Mas a “sentença” mais importante é a proibição de se manifestar à imprensa em entrevistas ou declarações, o que endossa ainda mais a sua condição de preso político da “democracia dos ricos” ao lado de Dirceu e Delúbio.


Todos sabemos que os ex-dirigentes petistas são os responsáveis pela guinada ainda mais à direita do PT durante o primeiro governo Lula e que dele locupletaram-se através de negociatas entre empresas “doadoras de campanha” o que lhes conferiu ainda mais uma profunda “revisão” ideológica depois de terem afirmado, após o fim da ditadura militar, que a democracia tinha “valor universal”.


Mas nem por isso os revolucionários devem deixá-los ser “torturados” moralmente pela abjeta figura do chefe supremo do STF insuflado pelo PIG, uma vez que estão sendo condenados não por serem “corruptos”, e sim por seu passado militante, portanto alvos da ofensiva reacionária aberta contra setores do PT por parte do grande capital.


Na verdade, a troca de “comando” na Vara de Execuções Penais do DF reflete não um “conflito de vaidades” entre Barbosa e Ademar, faz parte de um processo muito maior que visa eliminar qualquer empecilho formal ao cumprimento de regras draconianas durante a  prisão arbitrária dos “mensaleiros” petistas.


Um dos objetivos da ofensiva burguesa em curso, que pode assumir várias formas, inclusive a fascistizante, é depurar o PT de qualquer resquício de vinculação com o movimento operário, e impor uma direção mais afinada com a política privatista do governo Dilma em seu segundo mandato, que será mais conservador e direitista.


Por seu turno, para os revisionistas do trotsquismo como o PSTU: “Não deixa de ser absurdo o argumento utilizado pelos dirigentes do PT, de que são ‘prisioneiros políticos’” (site PSTU, 18/11) e que as prisões “são absolutamente insuficientes”. Segundo este critério, a corte capitalista do país estaria no caminho correto, deveria prender também outros “corruptos”.


De modo algum os marxistas revolucionários podem se calar diante dos “surtos” jurídico-midiáticos do chefe do Supremo ou apoiar qualquer ação deste órgão que é o mais reacionário e corrupto da república burguesa, pois equivaleria a legitimar a ofensiva que tem como objetivo estratégico atingir o movimento operário em suas manifestações e ação direta (greves, ocupações, passeatas...).


É necessário lançar uma ampla campanha nacional de denúncia acerca do caráter de classe do STF e sua determinação em perseguir e criminalizar os ativistas sociais em nome das investidas repressivas do capital contra o proletariado e o campesinato pobre do país, retrocesso político enaltecido pela venal mídia “murdochiana” que endeusa o “negro pobre que ascendeu na vida”.


O eixo desta campanha deve ser a liberdade imediata de todos os presos políticos do regime da democracia dos ricos, aqui incluídos obviamente os ex-dirigentes petistas.


A única forma de acabar com a corrupção estatal é através da revolução proletária, porque no atual modo de produção a corrupção é parte inerente e funcional do regime capitalista e não uma “anormalidade” ou “desvio de conduta” como querem fazer crer os revisionistas do trotsquismo.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Prisão dos “Mensaleiros”: O dantesco circo da mídia “murdochiana” a serviço da reação burguesa



Dou minhas mãos à palmatória diante da matéria da Liga Bolchevique Internacionalista - LBI


Com esta colocação eu deixo claro que tal quais outros militantes da esquerda, também cometi erros de avaliação no entendimento político do espectro ético e moral dos líderes do PT, ora presos a mando do todo poderoso e idolatrado Ministro do STF Joaquim “Rede Globo” Barbosa que, apesar dessa minha opinião, não os eximo de "culpa no cartório”.


Conforme algumas matérias por mim publicadas aqui neste e em outros Blogues que sou titular, eu também não deixei por menos a minha indignação com a virada de mesa mostrada pelas lideranças petistas. A bem da verdade, (popularmente falando) e apesar de tudo, como reflete a matéria mais abaixo que transcrevo do Blogue da LBI, a punição dos Jose´s do PT é mais nefasta ao conjunto dos  movimentos populares e a luta socialista do que a eles próprios.

Neste sentido fica registrada neste “post” a minha “mea culpa”.

Ora, como tenho demonstrado seguidamente em minhas matérias, as diferenças que tenho com a Teologia da Libertação é mais do que obvia e justificável, tanto do ponto de vista ideológico com na praticidade das ações por ela desenvolvida que, alicerçadas na imposição religiosa e de metas eleitorais, culmina algumas vezes em ações injustas contra militantes mais a esquerda.

No final dos anos de 1987 eu liderei uma comunidade que estava no epicentro político da luta pela posse da terra, na verdade, na luta pela moradia digna, comunidade esta que tem um histórico de resistência longo e contínuo na cidade de Florianópolis, e coube a eu reorganizar aquilo que seria uma tarefa revolucionária de então.

Passado alguns meses de minha ascensão política e o destaque que havia recebido pela mídia local, não tardou e logo apareceram os igrejeiros tentando encapar uma luta do qual (no meu entendimento e a história provou) estava bem encaminhada (sem individualismo) para aquilo que todos que ali residiam e lutavam, tinham como objetivo, ou seja, permanecer no local defendendo a posse da terra.

Ora, os ongueiros e igrejeiros não conseguiram assumir as rédeas de nossa luta porque simplesmente tinham ocultos outras estratégias de luta (eleitoral e privada que havíamos percebido) que contrariava o nosso núcleo marxista ali existente e atuante.

Como militante, eu não tinha que estar aceitando, mesmo que em nome de um suposto coletivo (da ONG) que pretendiam organizar (defendiam uma política habitacional fictícia e eleitoreira), e eles traziam no seu bojo um candidato a vereador previamente definido em suas entranhas burocráticas.

Durante uma reunião na sede do CAPROM a nossa Presidenta do Conselho Fiscal da Associação de Moradores do Bairro comentou informalmente de que eu seria candidato a Vereador e trabalhava para isto (o que não era verdadeiro, eu apenas insinuei a outro companheiro que um bom trabalho levaria essa possibilidade para qualquer pessoa, inclusive ele mesmo). Ora, aquela informação caiu como bomba nas intenções da ONG CAPROM, e gerou uma ira sem precedentes dentro do movimento.  

Por conta desta resistência natural de um marxista leninista, eu fui objeto planejado de um atentado orquestrado traiçoeiramente durante um encontro de dois dias na Escola Rural do Município de Palhoça na grande Florianópolis, que incluía, além da eliminação física (tentaram sem sucesso, na época, conforme registro em B.O no ano de 1989, tenho cópia) e também uma campanha interna (em nível de movimento) de desmistificação de minha liderança junto a minha própria comunidade e as demais, como se fossemos propriedade de padres e ongueiros carreiristas. Ora, eu vinha de uma luta contínua contra a ditadura militar desde os anos 70.

 Aquilo ali se estabeleceu como uma luta feroz de caráter nitidamente fascista para eleger um candidato petista (eu militei no MDB e estava no PCB) a qualquer custo, e isso ficou evidente... 

Bem, se eu quisesse revidar o atentado que sofri, tê-los-ia explodidos aos ares facilmente, mas como não fiquei com seqüelas e por conta do nosso objetivo final, dei por encerrado qualquer ato de vingança que eventualmente nascesse em minha cabeça.

Ademais, eu nunca soube exatamente o autor daquele atentado ocorrido num evento programado pela ONG CAPROM e o setor progressista da igreja católica comandada pelo Padre Vilson Groh, e, portanto, não estaria cometendo injustiças, mesmo tendo sido vítima de um atentado do qual sobrevivi.

Quem me conhece de muitos anos na intimidade e no próprio movimento hippie, desde o RS e SP, sabe perfeitamente que sou um velho comunista e ex-militar desertor do exército, que tentei asilo político na embaixada da França no ano de 1982 (juntamente com minha ex-companheira que ainda vive ali na comunidade de Areias do Campeche) justamente por estar sendo caçado pelo exercito, e eu sempre participei na organização das categorias e das comunidades, em apoio as greves e manifestações, desde os primórdio dos anos 70, das diretas já, das greves do ABC que se espalharam pela capital paulista, dos quebra- quebra nos anos 80 em SP, e eles apenas haviam me conhecido através de pessoas (amigos íntimos da quase freira e professora), pois eu havia chegado no bairro no inverno de 1987, mas que no ímpeto de crescimento da ONG,  e de sã consciência ninguém os referendaria justamente por serem na época oriundos do mal que mais aflige a juventude deste país, e infelizmente faziam parte da diretoria e dos quadros da ONG, além de terem um histórico de jagunçadas e despejos de moradores em imóveis que eram capatazes.

Bem, eu não precisaria estar falando, por serem águas passadas...

No decorrer da luta após eu ter retirado a comunidade do movimento até então erigido, provamos que estávamos certos desde os primórdios de nossa luta.

A área em litígio foi desapropriada para fim social (Comunidade de Areias do Campeche, no sul da Ilha), naquilo que a Teologia da Libertação, oculta na ONG CAPROM (“Centro de Apoio e Promoção do Migrante”, mas que não aceitava no seu imaginário ter de apoiar candidatos não nativos da ilha se eventualmente surgissem) sempre diziam e aconselhavam “Vocês tem de negociarem com o Esperidião Amim ARENA_PDS_PP” e, ele nunca vai deixar vocês ficarem ali nessa área porque vale muita grana, ali estão projetado vários condomínios fechados e a prefeitura não vai pagar e, o melhor é vocês aceitarem uma permuta e blá blá blá...

Era uma vontade gigante de apresentarem para a cidade algum resultado concreto em relação ao conflito urbano pela posse da terra, naquele lugarzinho escondido em frente ao mar que é chamado de Areias do Campeche, e que não contava com a participação de quadros do PT, formado basicamente por artesãos hippies e migrantes do interior do estado.

 Com isso, politicamente, a ONG esperava dar um PLUS na inserção junto ao próprio meio político partidário e nas comunidades afligidas.  

Na verdade a permuta em questão era retirar os moradores da área frente para o mar e realocar numa área de mangue em um bairro distante do mar (estamos numa ilha) que não tinham estrutura para novos moradores, e inclusive a comunidade local se posicionava através da mídia contra a nossa eventual transferência para o bairro deles, pasme...

E, ninguém tira da minha cabeça que o único objetivo de tentativa de encampamento da nossa comunidade foi plantar um candidato, como de fato ocorreu, ou seja, e transformaram em líder Sem-Teto, um economista (funcionário público estadual, do Tribunal de contas do Estado), na verdade, uma ação orquestrada naquilo que conhecemos nos bastidor como político profissional.  

Diante desses fatos, ainda assim predomina a estratégia e a obrigação de todo marxista em apoiar os interesses vitais dos trabalhadores, mesmo partindo da Igreja católica, a qualquer tempo, ainda que por sua participação nas lutas permanentes de viés capitalista, que chamam de “resgate da cidadania”, permitindo assim o clareamento no entendimento dos direitos a que tem os vários segmentos sociais, principalmente os marginalizados diretamente pelo estado burguês do qual a própria igreja católica (anticomunista) participa.

Enfim, é uma vertente de pensamento atuante nos movimentos sociais de massa que precisa ser acompanhada com cautela pelos marxistas-revolucionários a qualquer tempo, para não sofrer manipulação ideológica do tipo nacional-desenvolvimentismo e suas congêneres social-democratas...

Por último gostaria de dizer que apesar dessa opinião necessária e vital na luta de classes, eu sempre estarei fazendo criticas ao que considero um instrumento a serviço do capital e do imperialismo internacional, naquilo que a igreja católica e sua matiz de libertação mentirosa fazem através de suas ações nos movimentos sociais de massa que inclui camponeses, índios, sem teto e outros...

Os relatos desses episódios encontram-se ainda inacabados, mas acessíveis no Blogue:  http://tijoladasnamentira.blogspot.com/ e, estão disponíveis na internet desde junho de 2011 com mais de 16 mil visitas, e até agora, nenhum deles (já leram, obviamente) se posicionou contra...

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Prisão dos “Mensaleiros”: O dantesco circo da mídia “murdochiana” a serviço da reação burguesa


Por Liga Bolchevique Internacionalista

Pela gravidade dos acontecimentos iremos iniciar este editorial pelo o que poderia ser seu final.


Sim, são presos políticos sim! Dirceu, Genoino e Delúbio são presos políticos deste regime da democracia dos ricos, que assim como antigo regime militar é apenas a forma política que se expressa institucionalmente a ditadura do capital.


No arco da chamada “esquerda Trotsquista”, desde o “moderado” PSTU até o “radical” MNN não faltaram artigos para afirmar que os “mensaleiros” petistas mereceram a prisão decretada pelo STF (órgão máximo constitucional da justiça criado para proteger a burguesia) porque se tratavam de dirigentes corruptos que fizeram aprovar a reforma neoliberal da previdência e outras iniciativas do mesmo “gênero” no governo Lula.


Teriam assim, segundo os revisionistas, passado para o outro lado abandonando o “socialismo”.


Desde a LBI afirmamos em “alto e bom som” que os antigos dirigentes do PT até 2005 (quando foram afastados em virtude do escândalo midiático do “Mensalão”) se degeneraram bem antes do início governo Lula e que de “socialistas” não tinham mais nada há mais de trinta anos.


Dirceu se integrou ao regime bastardo da democracia burguesa no Brasil (em pleno governo do general Figueiredo) quando anistiado em 79 defendeu, em conjunto com uma gama de intelectuais ex-guerrilheiros, a democracia como valor universal.


A partir daí na companhia dos sindicalistas do ABC, Dirceu fundou o PT rejeitando a tese Marxista-Leninista do socialismo científico, advogando a implantação da social democracia no país para executar as “reformas necessárias” para desenvolver um capitalismo mais dinâmico e “avançado socialmente”.


Genoino Neto rompeu com o PCdoB em 80, no qual participou da guerrilha do Araguaia, para empreender a fundação do PRC que viria a se dissolver no PT no início da década de 90 como tendência “Democracia Radical”.


O projeto programático do PRC nunca foi revolucionário, apesar da formalidade nominal, quando ganharam a prefeitura de Fortaleza em 1985 pelo PT (elegendo Maria Luiza que depois viria a romper com Genoino e ingressar no PRO) governaram para os empresários locais, reprimindo a luta dos trabalhadores do município que tiveram salários arrochados e perdas de várias conquistas adquiridas.


A capital Fortaleza passou a ser o primeiro “laboratório” do que seriam os futuros governos estaduais e nacional do PT, ou seja, gerências da crise capitalista voltadas a atender as demandas da burguesia.


Mas se Dirceu e Genoino já há muito tempo não representam os interesses sociais do proletariado, executando no governo central do PT uma plataforma neoliberal em sintonia com as oligarquias dominantes, nem por isso “merecem” ser encarcerados pelo principal foco da reação política no Brasil, a fascistizante aliança entre o PIG e os sinistros ministros do STF.


Se foram presos, e isto deve ficar absolutamente cristalino, não foi em função do crime de corrupção, no caso específico do “Mensalão” cobrança de comissões de grandes empresas prestadoras de serviços para o estado desviadas para o “caixa 2” do PT, foram submetidos a este dantesco circo midiático da reação em razão de seu passado militante (socialista ou não pouco importa à burguesia) e o mais importante para depurar o PT e ajudar a impor no partido a uma nova direção totalmente “afinada” com o governo Dilma.


Não é demais lembrar que Dirceu seria o candidato do PT à presidência da república em 2010, quando foi “abatido por fogo amigo” na crise do “mensalão”. Agora as hienas abjetas do PIG comemoram as prisões dos dirigentes do PT como um símbolo no marco histórico da “moralidade pública”, como se não fossem uma matilha de corruptos e sonegadores associados aos piores traficantes e bandidos capitalistas deste país.


Em completa harmonia com o espetáculo ilusionista do PIG a “oposição de esquerda” (PSOL e PSTU) exige a “faxina completa” pelo STF apontando que a vez agora é do “Mensalão mineiro” e do “Propinoduto” Tucano, nunca assistimos tanto entusiasmo e confiança na “suprema” justiça patronal como esta demonstrada pelos canalhas do PSTU.


Como Marxistas Revolucionários jamais defenderíamos que os degradados reformistas do PT (que se privilegiaram materialmente sob o governo da frente popular) fossem entregues aos “modernos” cárceres do fascismo, para quem sabe tirar algum dividendo eleitoral.


Como Lenin nos ensinou, somente os organismos independentes do proletariado (Tribunais Populares) devem julgar e condenar a conduta de “companheiros que em algum momento cruzaram nossa rota”, sejam estes “anarquistas, sociais-democratas ou populistas de esquerda”.


Supostamente enojado com a “traição” cometida por Dirceu e Genoino, que no governo Lula comandaram as alianças com as principais frações políticas da burguesia brasileira,o PSTU escreveu sobre: “As duas prisões de José Dirceu” (ver sítio do PSTU), a primeira em 1968 no congresso da UNE em Ibiúna seria uma clara prisão política, já agora a segunda não passaria da prisão de um “corrupto” que “caiu” porque se misturou aos porcos capitalistas.


Segundo os Morenistas prisões autenticamente políticas na atualidade seriam somente a das dezenas de manifestantes que são criminalizados pela mídia “murdochiana” como “vândalos”. Como o governo Dilma apoia as prisões dos ativistas de “Junho” (embora por ironia o próprio PSTU também justifique as detenções dos Black Blocs) Dirceu e Genoino seriam representantes do estado repressor não cabendo nenhuma defesa destes pela “esquerda socialista”.

Mais além da lógica moralista burguesa do PSTU, tomemos alguns exemplos históricos para aclarar a posição correta dos Leninistas diante de uma situação similar.


 No golpe de 64 o governador Miguel Arraes, dirigente do antigo PSD que integrava o governo Jango, foi preso pelos militares no próprio Palácio das Princesas, sede do governo que foi cercado por mais de 24 horas. A esquerda comunista saiu às ruas do Recife corajosamente em sua defesa, exigindo sua liberdade imediata, seria então o velho Arraes um representante dos trabalhadores? Lógico que não, Arraes era um político burguês, que no governo de Pernambuco reprimiu com violência as Ligas Camponesas lideradas por Francisco Julião.


Seria o caso de questionar se a defesa de massas feita pela liberdade de Arraes (que acabou sendo expulso do país pelos militares) foi correta ou não.


 Mas foi o próprio dirigente camponês Julião (posteriormente organizou a guerrilha rural no Nordeste) que respondeu corretamente esta questão: “Lutamos intransigentemente pela liberdade do governador para que depois os próprios camponeses possam julgá-lo” (Crônicas da luta Armada).


Na Argentina pouco antes do golpe militar de 76, em pleno governo peronista de Isabelita, dirigentes do Partido Justicialista (principalmente Montoneros) foram perseguidos e mortos por membros do próprio governo integrantes do PJ.


Tratava-se de uma depuração política operada pela burguesia no interior do partido governista (criando um clima conservador e anticomunista na Argentina), em preparação ao golpe militar que ocorreria logo depois.


Perguntamos então que se diante do fascismo e da “Triple A” não defenderíamos os dirigentes perseguidos do PJ, apesar de pertencerem ao mesmo partido do “obscuro” governo de Isabelita Perón? Pela lógica do Morenismo a esquerda sequer poderia defender a liberdade dos milhares de dirigentes do Partido Socialista Chileno, encarcerados pelo golpe pinochetista em 73, por terem participado (em vários níveis) do governo burguês Social-Democrata de Salvador Allende.

Somente muito tolos ou “idiotas úteis” podem crer que o processo judicial do “Mensalão”, que agora culmina com a prisão dos dirigentes do PT, tem alguma coisa a ver com o combate a corrupção neste país.


 A começar pelo próprio STF, onde o balcão de negócios de venda de sentenças funciona à luz do dia, passando pela mafiosa Rede Globo e seus “patrocinadores” que escoam o dinheiro roubado da nação para os paraísos fiscais, até chegar à embaixada dos EUA em Brasília que comanda esta “orquestra”, o último dia 15/11 representou um marco na escalada reacionária destes setores contra o movimento de massas.


A burguesia a partir desta nova correlação de forças surgida com a hegemonia dos “justiceiros” do STF sentirá mais firmeza para desatar uma ofensiva global contra o conjunto da esquerda, tendo como referência a inação e covardia do próprio Partido dos Trabalhadores na defesa de seus dirigentes. Capítulo a parte foi a cretina postura política da presidenta Dilma e seus ministros, que pareciam até comemorar o linchamento público de seus antigos “companheiros”.

Uma ácida lição que todo militante de esquerda deve apreender dos acontecimentos em curso, e bastante enfatizada por nós da LBI desde o início do governo Lula em 2003, é que a chegada de um partido ao governo central pela via eleitoral de forma alguma representa a “tomada do poder” ou mesmo o controle total das instituições do Estado capitalista.


O poder estatal não está em jogo nas eleições burguesas, apenas a “gerência” do Estado burguês é posta em disputa a cada eleição e mesmo assim de forma muito pactuada. Isto explica o fato de que o próprio presidente do STF e atual carrasco do PT foi indicado ao cargo pelo então presidente Lula, mais do que uma questão de personalidade desequilibrada ou mera “cooptação” Tucana, Joaquim Barbosa sabe muito bem que deve servir aos interesses maiores das classes dominantes e que neste episódio exigiam em uníssono a “cabeça” dos dirigentes petistas.


 Esta mesma dinâmica se aplicaria aos outros ministros do STF, inclusive aqueles que nutrem simpatia política pelo PT.

É absolutamente verdadeiro afirmar que Dirceu e Genoino, como principais dirigentes do PT, foram artífices de uma guinada programática ainda mais direitista do partido, seja antes das eleições de 2002 ou durante o primeiro mandato de Lula.


Também é correto sustentar que os dirigentes da “Articulação”, como os burocratas sindicais da CUT, tiveram uma mudança substancial em seu nível de vida durante o governo do PT, afinal administravam negócios bilionários em nome do Estado e recebiam “ilegalmente” muito bem por isto.


O mito criado em torno da suposta “vida monástica” de Genoino é totalmente falso, se não aparenta sinais externos de riqueza é porque tem na figura do irmão, o líder do PT na Câmara José Guimarães, o seu real “caixa 2”.


Guimarães é hoje um dos nomes mais poderosos do Ceará onde controla a maioria dos cargos estatais, está associado à oligarquia dos Ferreira Gomes e possui um patrimônio pessoal milionário, sua meteórica carreira política é produto direto da influência do irmão mais velho Genoino que o trouxe para o PT.


Quanto a Dirceu nunca fez questão de esconder seu alto padrão de vida, degustando vinhos de R$ 5 mil a garrafa (Pera Manca) e pilotando motocicletas importadas. Mas seria muita ingenuidade supor que um governo burguês de Frente Popular fosse comandado por pobres “vestais”.


A corrupção estatal é parte indissolúvel do regime capitalista e só poderá ser extirpada definitivamente pela demolição violenta (revolucionária) do conjunto de suas instituições, não há reforma “ética” possível no marco do Estado burguês. “Reivindicar” que este venal STF proceda agora a “apuração da corrupção Tucana”, como fazem os revisionistas, é no mínimo uma grande “mãozinha” no sentido de ajudar a legitimar esta reacionária farsa.

É necessário desenvolver uma ampla campanha de massas, galvanizando todos os segmentos de esquerda que se colocam contra a bárbara ofensiva repressiva do capital, que nesta conjuntura se expressa tanto na prisão dos Black Blocs, dos ativistas de “Junho” e dos ex-dirigentes petistas “fichados” por esta mídia corporativa como “mensaleiros”.


Em particular convocamos a militância de base do PT, que se indignou com o silêncio de Lula, para somar forças na ação direta pela liberdade de todos os presos políticos deste autocrático regime democrático-burguês.


A classe operária mesmo não reconhecendo o PT como um partido seu, deverá saber diferenciar seus inimigos principais e seus possíveis aliados circunstanciais, que neste caso se materializa na militância de base do partido e da CUT.


Somente a mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta do proletariado, será capaz de libertar todos os presos políticos das masmorras do Estado capitalista.


Ilusões disseminadas na defesa de em um suposto “estado de direito” no quadro desta república dos novos “barões” do capital só servirá para o movimento de massas acumular mais derrotas e retrocessos como estes que estamos assistindo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

URGENTE! Guarani Kaiowá! Indígenas se encaminham para FUNAI, conflito iminente!!

Foto ilustrativa de conflito anterior na mesma região

Noticia veiculada e compartilhada no Facebook pela comunidade Guarani Kaiowá, desde as 16 horas do dia de hoje.


Ato Contra o Genocídio do Povo Guarani Kaiowá



URGENTE!!!!! Indígenas se encaminham para FUNAI, conflito iminente!!

 Os fazendeiros estão armados e a PM está presente!!!! 

Mas, é claro, está ali fazendo média. Na verdade a Policia Militar está conivente com as agressões e só intervirá se os índios levarem a melhor neste entrevero desigual.

Como eu havia denunciado numa Postagem mais abaixo, a Policia Federal e o governo xenófobo do PT permitem que fazendeiros criem milícia armada para matarem e intimidarem os índios guarani Kaiowá.



Chico Maia, presidente da Acrisul chega ao local e organiza para que produtores não saiam da Funai / Campo Grande / MS



Neste momento, a FUNAI de Campo Grande/MS esta' tomada por fazendeiros. Funcionários foram feitos reféns, sob ameaças e agressões verbais. 


Funcionarias foram xingadas de vadia e um indígena, enquanto concedia entrevista, foi ameaçado com uma garrafa térmica e interrompido sob gritos de ofensa. 


Os invasores tentam retirar câmeras e celulares das mãos dos indígenas e funcionários presentes.


A força repressiva atuante no local e' a PM (em que pese a FUNAI ser uma autarquia federal) e colocam-se de forma complacente, contrastando com a conduta da corporação quando se trata de reprimir indígenas. 


Aparentemente, os conhecidos latifundiários não estão na invasão, porem sabe-se que são os articuladores; os invasores seriam pequenos proprietários induzidos pela falácia de que são prejudicados pelos indígenas.

Funcionários tentam dissuadi-los, argumentando que estes têm em comum com os índios o mesmo inimigo: o agronegócio.

O governo do PT, a Policia Federal e os fazendeiros querem agir sob a égide da violência e do terror. Sendo assim, mais adiante não adianta chorarem o leite derramado, ou melhor, o sangue dos cara-pálidas

Segundo os Xamãs o antídoto é extraído do próprio veneno!!!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

PSTU e PSOL tocam cornetas com a burguesia corrupta deste pais!


Por Carlos Alberto


 O reformismo, segundo o Arquivo Marxista da Internet
É uma corrente política no seio do movimento operário, que nega a necessidade da luta de classes, a revolução socialista e a ditadura do proletariado, é favorável à colaboração entre as classes e aspira converter o capitalismo numa sociedade de "prosperidade geral" com a ajuda das reformas aplicadas no marco da legalidade burguesa. Surgiu no último quarto do século XIX e se difundiu entre os partidos social-democratas. Em 1954, o Reformismo proclamou como sua doutrina oficial o "socialismo democrático", oposto ao "comunismo científico" e orientado a adaptar o capitalismo às novas condições históricas sem mudar a sua natureza.


Vamos ao entendimento das ações políticas recentes, mas históricas do PSTU e do PSOL! Um nasceu sonhando com o capitalismo e o outro nasceu como tal.


"Um" apóia a primavera árabe pelo qual chama de revolução que, na verdade é uma ponta de lança imperialista para a derrubada dos governos nacionalistas burgueses da região, inclusive defendem que a OTAN bombardeie e arme os traidores árabes...

O "outro" (que também apoia a OTAN) é aliado do asqueroso José pé na cova Sarney já vai tarde que,  em síntese,   é o proprietario dos estados do Maranhão e do Amapá, mas,  que os “Psolistas” tem admiração e respeito. Além disso o Partido da Solidariedade com a Ford Veículos do Brasil, também toca cornetas com o partido morenista...


Agora, ou melhor, desde sempre ambos sonham estarem mais bem representados no congresso dos ricos para poderem galgar condições financeiras melhores,  como exemplo: Mandatos particulares que titulam como populares que rendem a bagatela de mais de 100 mil reais por mês, sem contar os conchavos e as emendas lucrativas e fisiológicas negociáveis...


Por conta das eleições que se avizinham, os dois siameses estão querendo formar uma frente de esquerda (que anda e olha para a direita) em parceria com o PCB.


Como ex-militante e-ex candidato a Vereador do PCB durante a minha militância de 1989 a 1998 eu pergunto: E a militância do partidão foi ouvida e houve debates? Ou está sendo como nas eleições municipais de 1992 em Florianópolis que, logo após o congresso do racha em São Paulo (fui delegado por SC e candidato derrotado ao Comitê Central, inclusive recebi apoio de setores da OPPL hoje PCML), os donos do partidão em Santa Catarina (Professores da UFSC) enfiaram guela abaixo do partido um candidato que declarava publicamente de que não era marxista e, anteriormente havia procurado o PDT e o PcdoB para sair candidato de ambos...


Contra tudo o que exaustivamente debatemos no congresso realizado no Teatro Záccaro*, localizado no Bairro Bexiga em São Paulo/SP, e que foi a razão mestra do racha, o diretório  municipal do PCB em Florianópolis naqueles dias agiu com fisiologismo junto ao ex-MSR que, é nos dias de hoje parte do gabinete e base de apoio ao Deputado Sargento Soares do PDT.

"Santinho" das eleições municipais do ano de 1992 em Florianópolis SC - O nº 79 (histórico) do PCB foi em decorrência da disputa espúria com Roberto Freire que havia registrado a sigla PCB como invenção sua junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, pasmem...


Eu imagino que o PCB (referencia política aos militantes marxistas revolucionários), vá cometer mais este erro histórico do nada pelo nada...


Ora, o meu questionamento é baseado na caminhada de ambos os partidos “Um” e “Outro” que há  muito tempo tem pisado nos tomates  em relação as causa populares, revolucionárias e de interesses vitais dos movimentos sociais, ao declararem publicamente apoio as greves da Policia Militar, do “DOPS” (se existisse) e que na ante-sala do apoio finge defender as causas sociais, tendo como exemplo a comunidade de Pinheirinho massacrada pela PM, e recentemente deu apoio incondicional aos bate-pau da burguesada na repressão aos Black Blocs, que são na verdade a linha de defesa e ataque espontânea dos movimentos sociais de massa...




Vale lembrar que ficou visto a “olhos nu” as trairagens do PSTU e do PSOL durante as manifestações que se iniciaram no mês de junho deste ano de 2013.


Defensores de manifestações de cordeirinhos, eles estão tentando arrastar o PCB para a cova política da história...


Bem, alguns teóricos irão dizer: O que uma coisa tem a ver com outra?


Muito! Trata-se de agentes siameses aos ideais da burguesia...


A pergunta que não quer calar: O que os movimentos sociais ganham com a eleição de candidatos de partidos  políticos reformistas e traidores?

(*) Corrigindo o texto mais acima, vale lembrar que o Congresso do racha iniciou-se no Teatro Záccaro, onde nossas lideranças fizeram um discurso político e a seguir saímos em caminhada pelo bairro do Bexiga em direção ao Colégio Rooselvet, no bairro da Liberdade, local onde concluímos o nosso congresso, já que o outro da criação do PPS nós o consideramos espúrio.


OPPL - Organização Popular Para Lutar que hoje se denomina Partido Comunista Marxista Leninista que também publica o Jornal revolucionário Inverta...