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terça-feira, 28 de agosto de 2012

FARC EP - Quem muito se abaixa, o cú aparece!

























 Sob pressão de Chávez e Fidel, FARC inicia “negociações de paz” com o facínora Santos''

Por
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA

 
As FARC assinaram neste dia 27 de agosto um acordo para começar as “negociações de paz” com o governo colombiano.

 Não por acaso, as partes celebraram os termos do pacto em Havana, já que a burocracia cubana e Hugo Chávez foram diretamente responsáveis por conseguir que a guerrilha firmasse com o facínora Manoel Santos, assassino do comandante Afonso Cano, uma “agenda de diálogo” que está voltada a desarmar as FARC, o que na prática significa um verdadeiro suicídio político e militar para a guerrilha.

O processo teria sido iniciado em maio deste ano, quando conversas secretas sobre o assunto foram estabelecidas com o acompanhamento dos governos da Colômbia, Venezuela, Cuba e Noruega. Tanto que a próxima reunião do grupo de “reconciliação nacional” será em Oslo, mediada pelo ex-presidente colombiano César Gaviria.

Em um comunicado emitido em abril, as FARC haviam anunciado que a “reincorporação na vida civil implica e exige uma Colômbia distinta e que confiamos que esta seja a vontade oficial do governo. Assim, sem dúvidas, poderemos todos desenterrar a paz”. A agenda de negociação entre o governo e as FARC teria seis pontos básicos, porém, pela primeira vez se discutiria assuntos como a desmobilização de guerrilheiros, o fim das hostilidades e a entrega de armas, assuntos que segundo o governo Santos haviam “limitado” no passado as negociações.

Como se vê, tal “diálogo” está voltado a por um fim nas FARC. Isolada pelo chavismo, que chegou a entregar vários de seus dirigentes ao próprio governo Santos e suas masmorras, a direção da guerrilha dá passos concretos para fechar um acordo com o governo lacaio dos EUA na América Latina.

Não esqueçamos que dias após os guerrilheiros das FARC terem sido massacrados pelo governo Uribe, cujo ministro da defesa era Manoel Santos, em uma operação militar conjunta com o imperialismo ianque no Equador, Hugo Chávez defendeu que as FARC entreguem as armas: “Que (as Farc) entreguem as armas, que formem um partido político, mas que não lhes matem” (Folha On Line, 07/02/2008).

Agora seu “pedido” começa a tornar-se realidade. Tal declaração trata-se de um chamado à completa rendição militar das FARC pela via de um acordo para esta se integrar ao simulacro da democracia burguesa colombiana.

A proposta do chavismo tem como consequência direta e prática não só o enfraquecimento político da guerrilha, mas a sua completa exterminação física, tendo em vista a experiência das próprias FARC, que na década de 80 deslocou parte de seus quadros para a constituição da Unidade Patriótica e impulsionou um partido político legal, tendo como resultado o assassinato de cerca 5 mil dirigentes pelas forças de repressão do Estado, pilar-mestre da democracia bastarda colombiana.


Essa tragédia teve como base as mesmas ilusões reformistas hoje patrocinadas de forma requentada pelo presidente venezuelano. Ao narcotraficante regime burguês colombiano não interessa sequer a conversão da guerrilha em partido político desarmado, apenas sua extinção. Somando-se ao coro reacionário daqueles que responsabilizam os “métodos” das FARC pela ofensiva militar do governo Colombiano, ou seja, o uso da luta armada e da captura de prisioneiros de guerra, Chávez instigou as FARC a “que humanizem a guerra, que não utilizem o sequestro como uma arma” (Idem).

 Fidel também aconselhou a guerrilha a libertar incondicionalmente os que continuavam retidos: “Critiquei com energia e franqueza os métodos objetivamente cruéis do sequestro e a retenção de prisioneiros nas condições da selva.

 Mas não estou sugerindo a ninguém que deponha as armas, se nos últimos 50 anos os que o fizeram não sobreviveram à paz. Se algo me atrevo a sugerir aos guerrilheiros das FARC é simplesmente que declarem por qualquer meio a Cruz Vermelha Internacional a disposição de pôr em liberdade os sequestrados e prisioneiros que ainda estejam em seu poder, sem condição alguma” (Cubadebate, 05/07/08).


Neste ano de 2012, o conselho de Fidel foi “atendido”. O Secretariado do Estado Maior Central das FARC anunciou em fevereiro a libertação unilateral de todos os prisioneiros políticos de guerra e decidiu pôr um fim à chamada política de “retenção” de adversários políticos para a o
btenção de recursos financeiros.

Em seu comunicado as FARC declararam: “Muito se tem falado acerca das retenções de pessoas, homens ou mulheres da população civil que, com fins financeiros, nós das FARC efetuamos para sustentar nossa luta.


Com a mesma vontade indicada acima, anunciamos também que, a partir desta data proscrevemos a prática delas em nossa atuação revolucionária. A parte pertinente da lei 002, expedida pelo nosso Pleno do Estado Maior, no ano de 2000, fica, por conseguinte, revogada.


 É o momento de começar a esclarecer quem e com quais propósitos se sequestra hoje na Colômbia”.
Como se pode constatar, tratam-se claramente de medidas tomadas com o objetivo de buscar o chamado “diálogo” com o facínora governo Santos, no marco de um profundo isolamento político e militar da guerrilha.


Ainda que consideremos justo que as FARC tomem medidas de autopreservação neste momento delicado do combate, pois a guerrilha tem todo direito de negociar a liberdade de seus presos políticos através da troca de reféns, definitivamente não é anunciando o fim das “retenções”, a libertação unilateral de todos os prisioneiros políticos de guerra e um “diálogo” que coloca em pauta seu desarmamento, o melhor caminho para se defender dos ataques do genocida regime colombiano, muito menos tendo ilusões de que este possa chegar a algum acordo com a guerrilha que não seja baseado na sua liquidação enquanto força política e militar.

As “negociações de paz” com Santos e o conjunto das medidas anunciadas pelas FARC estão sendo tomadas no marco de uma enorme pressão “democrática” de seus “aliados”, particularmente do governo Chávez e de Fidel Castro.


A ofensiva militar imperialista na Líbia e na Síria, apoiando-se na onda de “reação democrática” que varre o Oriente Médio, é a prova do que afirmamos. Não por acaso, o mesmo Chávez que clama pela deposição das armas pelas FARC tem colaborado vergonhosamente com Santos na perseguição aos quadros políticos e militares da guerrilha, justamente porque o caudilho bolivariano deseja ter as FARC como moeda de troca em seus acordos com a Casa Branca, ainda mais com o agravamento de seu quadro de saúde e diante das eleições presidenciais de outubro.


Frente a essa conjuntura dramática, os revolucionários bolcheviques criticam publicamente as decisões tomadas pela direção das FARC porque estas medidas desgraçadamente levam paulatinamente à sua rendição política e não “só” militar.


 Através de concessões crescentes como a libertação unilateral dos presos políticos e a decretação do fim das “retenções” se aposta na via da conciliação de classes e na política de integração ao regime títere como prega a senadora Piedad Córdoba e seu movimento “Colombianos pela Paz”.

Na Colômbia, mais que em qualquer outra parte do mundo, hoje a simples luta sindical contra os patrões e as multinacionais exige a ruptura do proletariado com os limites da legalidade burguesa e a construção de milícias operárias armadas para desarmar os exércitos paramilitares e as escaramuças do aparato repressivo.


 Não é por acaso, que os mesmos moralistas pequeno-burgueses de “esquerda” se mostram tão preocupados com os danos que os métodos da guerrilha causam à consciência e à organização dos trabalhadores, sejam incapazes de conclamar a organização de milícias operárias para combater o assassinato sistemático de trabalhadores pelos bandos armados burgueses.

 Isso acontece porque tal tarefa deve ser encabeçada por um genuíno partido trotskista completamente independente da opinião pública burguesa e de sua moral, armado de um programa revolucionário capaz de preparar pacientemente a insurreição das massas colombianas.

É vital para o movimento de massas colombiano organizar milícias operárias tão fortes que sejam capazes de acaudilhar atrás de si as organizações guerrilheiras, submetendo-as militarmente à democracia das assembleias proletárias para desarmar o aparato repressivo oficial e paramilitar assassino.

Diante do cerco crescente neste momento de maior fragilidade das FARC, os marxistas revolucionários declaram seu apoio incondicional à guerrilha diante de qualquer ataque militar do imperialismo e do aparato repressivo de Santos.

Simultaneamente, apontamos como alternativa a superação programática da estratégia reformista da direção das FARC baseada na reconciliação nacional com a oposição burguesa e a unificação da luta armada com o movimento operário urbano sob a estratégia da revolução socialista para liquidar o regime facistóide e organizar a tomada do poder pelos explorados colombianos.


 Defendemos que uma política justa para o confronto entre a guerrilha e o Estado burguês passa por aplicar a unidade de ação contra Santos, com a mais absoluta independência política em relação ao programa reformista das FARC.

Ao lado dos heróicos guerrilheiros das FARC e honrando o sangue derramado pelos comandantes Afonso Cano, Manuel Marulanda e Mono Jojoy, que morreram em combate, apontamos como alternativa programática a defesa da estratégia da revolução socialista e da ditadura do proletariado, sem patrocinar nenhuma ilusão na possibilidade de construir uma “Nova Colômbia” sem liquidar o capitalismo e seus títeres

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O que vale mais: uma missionária ou uma caixa de chiclete?

 Por

As decisões podem estar tecnicamente corretas. Mas não deixam de me incomodar.

Regivaldo Pereira Galvão, um dos condenados pela morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, ocorrida em fevereiro de 2005, em Anapu (PA), foi solto por liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, no dia 23. 


Foram seis tiros – um deles na nuca – aos 73 anos, em uma estrada vicinal. 

Ela enfrentava ameaças de morte de fazendeiros da região, descontentes com sua defesa dos Programas de Desenvolvimento Sustentável como modelos para a Amazônia. Regivaldo havia sido condenado a 30 anos de prisão como um dos mandantes do crime, ao lado de Vitalmiro Bastos de Moura – que cumpre pena. 

Como ainda há um recurso que pede a anulação do julgamento, o ministro concedeu o habeas corpus por entender o processo ainda não acabou.


Uma mulher condenada a dois anos de prisão por ter roubado caixas de chiclete em Sete Lagoas (MG) foi mantida encarcerada por Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, em maio de 2009. O ministro justificou que como o furto não era para matar a fome e a ré em questão já havia sido condenada por outros crimes, ela teria que seguir presa (processo HC 98944). 

Um ano depois, a Primeira Turma do STF também indeferiu, de forma unânime, o pedido de habenas corpus para o caso do chiclete. De acordo com a decisão, os ministros analisaram que deve ser considerado o “interesse da sociedade em inibir práticas criminosas” ao se utilizar o princípio da insignificância. 

(O princípio da insignificância pode ser aplicado quando o caso não representa riscos à sociedade e não tenha causado lesão ou ofensa grave. É verdade que o Supremo vem desconsiderando os furtos de pequeno valor como crime, mas não é sempre.)

Ambas as decisões estão legalmente embasadas. 

Mas, seja sincero: não gera a sensação de que algo está errado?
Dezenas de lideranças sociais ameaçadas de morte na Amazônia dormem apreensivas com a notícia de que a impunidade segue livre. Enquanto supermercados e docerias podem dormir tranquilos, pois o chiclete está seguro.

Não é uma questão apenas de mudança de leis, mas de sua aplicação. Não importa a orientação política e ideológica, um punhado de gente consegue acesso à Justiça – seja através de um telefone-linha-direta, seja por ter recursos para pagar bons e influentes advogados com estrutura para brigar até o último ponto final da lei. 

A maioria depende dos defensores públicos (importantíssima profissão que é maltratada e sucateada), de Deus (se for uma pessoa de fé) ou da sorte (se não for). Como ter uma Justiça de verdade se, na prática, ela é aberta e sorridente para alguns e fechada e mal-encarada para outros?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

FARC EP - LA SUPERACIÓN DEL MODELO ECONÓMICO EN COLOMBIA..



Somos un movimiento de izquierda que lucha por la superación del modelo económico y político existente, y por una nación plena de dignidad y soberanía.
Por Pablo Catatumbo

Integrante del Secretariado de las FARC EP


Se nos acusa a las FARC EP de dos cosas. La primera, ser el palo en la rueda para un verdadero desarrollo y consolidación de la izquierda en Colombia, y la segunda, de ser los artífices del paulatino giro de la vida política hacia formas abiertas de fascismo durante la última década.
¿Somos las FARC-EP una talanquera que impide el avance de las tendencias de izquierda en Colombia?
La pregunta surge, en nuestro parecer, de dos situaciones: el desconocimiento sobre nuestra historia y actividad como organización revolucionaria, de un lado, y una obvia intención de desligarnos del campo de las izquierdas en la historia de nuestro país, por el otro. Es como si nuestro surgimiento y desarrollo obedeciera a una suerte de generación espontánea militar única en la historia universal.
La realidad contrasta con lo anterior. Nuestra historia es producto de la convergencia de las más diversas expresiones de las luchas sociales del pueblo colombiano. Si tomamos el caso de nuestros dos más grandes timoneles, Manuel Marulanda Vélez y Jacobo Arenas, observamos que se juntaron las luchas de los colonos campesinos liberales y comunistas de la cordillera central y el turbión proletario del pueblo santandereano. Dos hombres, dos cordilleras, dos luchas hechas una en las trincheras de Marquetalia.
En el proceso de surgimiento de los frentes y compañías de las FARC se recogen muchas de las tradiciones político-culturales del campo popular colombiano. Es así como contamos con camaradas provenientes del movimiento indígena, del campesinado rebelde, de la lucha estudiantil, de los afrodescendientes, las mujeres rebeldes, el proletariado, los intelectuales, artistas y el movimiento cooperativo.
Vale la pena hacer un poco de historia. El asesinato de Rafael Uribe Uribe, la persecución a tiros y la conversión en asunto de guerra del socialismo revolucionario de María Cano, la masacre de las bananeras, la santa cruzada decretada contra el joven Partido Comunista por Laureano Gómez, el magnicidio de Jorge Eliécer Gaitán y el subsiguiente período denominado La Violencia, así como la persecución internacional de los partidos políticos colombianos emprendida por Rojas Pinilla, junto a sus salvajes guerras contra Villarrica y el Sumapaz, constituyen acontecimientos de honda repercusión en Colombia, sucedidos todos antes de la existencia de las FARC.
La represión a la izquierda, el asesinato selectivo de sus líderes y la búsqueda del desmembramiento de sus organizaciones han sido una constante de largo aliento dentro de la historia colombiana, cuya responsabilidad recae directamente en el régimen reaccionario y antidemocrático. Y, lo más importante, esta constante no se vio interrumpida con el surgimiento del conjunto de las guerrillas revolucionarias, incluyendo, obviamente a las FARC-EP.
La persecución sistemática contra la Unión Patriótica, A Luchar y el Frente Popular, así como la desatada contra incontables organizaciones cívicas, sindicales, campesinas, étnicas o comunitarias no pueden ser examinadas como procesos aislados o casualidades políticas, sino como el ejercicio continuado de la represión antipopular y retrógrada que ha imperado en Colombia.
Cuando aún lloraba el pueblo la pléyade de grandes dirigentes asesinados por el militarismo en la década de 1980, una Asamblea Nacional Constituyente, convocada con la rimbombancia de quien pretende llamar la atención por el hecho de gritar y no por lo que grita, proclamaba la Carta Magna de 1991. Era ésta una premisa para la imposición imperialista de las políticas neoliberales, que significaban el saqueo abierto del patrimonio y recursos de Colombia.
No fue esta Constitución la ocasión ni el escenario para una verdadera construcción de la paz, sino por el contrario, el sello perfecto para la cooptación de un importante sector del campo popular que se convertía ahora en defensor de la presunta legitimidad del Estado. La dispersión de la izquierda no la imponía la insurgencia, sino que la patrocinaba el régimen.
He allí otro rasgo que pretenden ignorar nuestros críticos. ¿Por qué no hablan de la cooptación de decenas de intelectuales y analistas ayer ultra revolucionarios e incendiarios, por las instituciones, la academia y los medios de comunicación? ¿Por qué eluden la actuación corrupta y reaccionaria de una gran parte de los integrantes de grupos revolucionarios que renunciaron a la lucha y se acogieron a la desmovilización? ¿No estuvo el gobierno de Álvaro Uribe repleto de exrevolucionarios? ¿No consulta hoy Santos su política de seguridad con quienes hace veinte años lo consideraban un oligarca?
Este tipo de hecho no puede verse como la sucesión de simples coincidencias, vocaciones tardías o reflujos ideológicos. Se trata de otra estratagema clave del accionar del Estado en contra de la unidad de las izquierdas colombianas. La infiltración, la delación, la perfidia y el embuste han sido tretas permanentes que han hecho florecer cíclicamente el oportunismo y la división en la izquierda. El actual debate permite dilucidar nuevos elementos en esta larga historia de traición.
Es necesario resaltar que las FARC-EP han participado activamente dentro del campo de las izquierdas colombianas desde su fundación misma.
Con las comunidades campesinas de Marquetalia, El Davis y Riochiquito, de mayoría liberal, sólo se manifestaron solidarias la izquierda colombiana y mundial. Los partidos tradicionales del Frente Nacional azuzaron el desarraigo, el despojo y la sevicia en contra de unos cuantos labriegos e indígenas que se negaban a regalar años de ardua colonización. Ese mérito signó nuestro rumbo en la lucha por la paz, la democracia, y el socialismo. El camarada Jacobo recalcaba en Riochiquito, hace ya más de cuarenta años, que la resolución de los problemas de las masas campesinas sólo podía darse a partir del triunfo de un frente político, que incluyera a todas las izquierdas y a los verdaderos demócratas y patriotas de nuestro país.
En la Unión Patriótica, la Coordinadora Guerrillera Simón Bolívar y muchos otros espacios de convergencia y unidad hemos manifestado nuestro carácter definido de combatientes por la libertad y por la construcción de una Nueva Colombia.
Somos un movimiento de izquierda que lucha por la superación del modelo económico y político existente, y por una nación plena de dignidad y soberanía. Y sabemos que el logro de esto no se derivará de una acción solitaria de nuestra parte. Por ello estamos abiertos a la discusión con todas las izquierdas.
Durante todos estos años hemos dialogado con diversas formaciones de nuestra izquierda. Maoístas, marxistas-leninistas, socialistas, trotskistas, socialdemócratas, indigenistas y muchas otras vertientes, en espíritu de solidaridad, respeto y franca crítica. Esta tradición, que indudablemente ha tenido pausas lamentables dentro del devenir político patrio, no puede ser abandonada, y seremos reiterativos en ella.
No se nos puede achacar, de buena fe, la responsabilidad plena sobre el desarrollo actual de la izquierda colombiana. Seguramente tendremos una carga determinada, pero la magnitud de ésta, habría que dilucidarla en un franco debate colectivo de todas las organizaciones que constituimos el campo popular y de las izquierdas de nuestro país.
En nuestro parecer, quienes sostienen la existencia de una extendida y generalizada crisis de la izquierda colombiana, son los mismos que la conciben simplemente como una representación parlamentaria, asumiendo que el éxito o fracaso está en el número de curules y la popularidad en las encuestas. La izquierda real no se circunscribe únicamente al escenario electoral, sino que tiene un componente vivo, móvil y cambiante en el agitado universo de los movimientos sociales.
Es allí donde cualquier observador avezado encontrará que en Colombia se vivencia un florecimiento de ricas y nuevas experiencias organizativas dentro del campo popular, que se manifiestan en heterogéneas manifestaciones de movimientos, convergencias, expresiones y plataformas que saludamos con la alegría de quien encuentra nuevos amigos y compañeros para su brega diaria. Las FARC-EP no han visto en este creciente y novedoso turbión popular un enemigo o un contrario.
¿Somos las FARC-EP coadyuvantes de la extrema derecha en Colombia?
Quisiéramos partir de una afirmación categórica. Quienes sostienen esta teoría son fundamentalmente los voceros de la socialdemocracia y el liberalismo.
Así, cada vez que actuamos militarmente, en acciones legítimas propias de la guerra de guerrillas, saltan los críticos y analistas a señalarnos como sustentadores de la pretendida validez de gobiernos de mano dura, y como talanqueras en el camino de una supuesta izquierda, descafeinada y vacua, que no resulta ser ni siquiera oposición.
Se trata a todas luces del guión de las teorías de la conspiración tan en boga en estos días. Un grupo de revolucionarios que combate contra el Establecimiento, su fuerza militar y su paramilitarismo, con el secreto fin de favorecer políticamente a sus misteriosos y clandestinos amigos fascistas. Un libreto repleto de absurdos y contradicciones que sólo puede caber en la cabeza de quienes pretenden que se continúe con la falacia de pintarnos como unos delincuentes sin principios, que en el pasado tuvimos orígenes revolucionarios, pero que ahora no somos más que vulgares narcotraficantes.
Tal hipótesis se contradice completamente con la realidad. Miles de combatientes farianos confrontan en toda la geografía nacional al fascismo y al imperialismo con las armas en la mano, exponiendo sus vidas y entregándolo todo por la revolución. La pregunta es, ¿serán ellos coadyuvantes, agentes inconscientes o colaboradores telepáticos del proyecto de la extrema derecha?
Hagamos un ejercicio de rememoración político-militar.
En 1999 entró el Bloque Calima a realizar masacres, ejecuciones, torturas y violaciones en el centro oriente vallecaucano. Su accionar criminal, abierto y escandaloso no fue en momento alguno repelido por el Ejército o la Policía, ni mucho menos rechazado públicamente por los poderes locales y regionales. Fueron los hombres y mujeres del Bloque Móvil Arturo Ruiz, el Comando Conjunto de Occidente e integrantes del entonces existente Movimiento Jaime Bateman Cayón, quienes confrontaron eficazmente a las tropas fascistas, llevándolas a su completa derrota y al fracaso de su proyecto en esa parte del país.
¿Tendrá sentido afirmar que esto permitió el fortalecimiento de tendencias de derecha en la región? ¿Que condujo a la consolidación de grupos fascistas en el Valle del Cauca?
Es claro que en el andamiaje discursivo montado por los grandes medios en contra de las FARC, existen dos prácticas de intenso uso:
La primera, de uso corriente y orientada al público popular, es la discursiva del narco terrorismo que no es más que la readaptación del clásico terror rojo de la Guerra Fría, que bebe en los más retrógrados mitos del anticomunismo.
La segunda, según la cual la guerrilla tendría, bajo esta versión, unos orígenes medianamente justos, opacados infelizmente por el desarrollo ulterior, la adopción del narcotráfico como supuesta forma de vida y la conversión en una difusa máquina de guerra, al mismo tiempo anquilosada y miope políticamente, así como macabra en el plano militar.
Dentro de esta trama los guerrilleros seríamos simples fichas de los truculentos mandos que, además, buscan contribuir con su accionar al fortalecimiento de su enemigo.
¿Qué designios cruzan por la mente de quienes defienden semejante hipótesis?

Montañas de Colombia, Agosto de 2012

sábado, 18 de agosto de 2012

FALTA SALVARMOS BRADLEY MANNING, O ÚLTIMO HERÓI ESTADUNIDENSE

                 Por Celso Lungaretti*

  É alvissareiro e reconfortante que a tramóia contra Julian Assange esteja dando com os burros n'água. Outro Cesare Battiti foi arrancado das garras dos inquisidores. Devemos nos orgulhar --e muito!-- destas vitórias improváveis que estamos conseguindo obter, contra as piores forças políticas do planeta e a incessante lavagem cerebral efetuada pela grande imprensa.

Mas, no Caso Wikileaks, falta ainda a tarefa principal: salvarmos Bradley Manning da destruição psicológica a que o estão submetendo. Não podemos descansar enquanto ele estiver em prisões militares que mais parecem masmorras medievais.

Para reavivar a memória dos companheiros, eis o artigo que escrevi sobre ele há 15 meses, O heróico Bradley Manning está sofrendo terríveis retaliações. Nada mudou. Continuamos devendo-lhe esforços mais incisivos, proporcionais ao extraordinário serviço que ele prestou à causa do resgate da verdade, com depreendimento, arrojo e coragem. 




ISTO ficou reduzido...
Os filmecos de tribunal com que Hollywood fetichiza a justiça estadunidense são uma comprovação da frase de Joseph Goebbels, de que, de tanto se martelar uma mentira, ela acaba passando por verdade.

É claro que, em meio a centenas (quiçá milhares, incluindo os seriados de TV) de fitas medíocres e enganadoras, podemos pinçar  alguns clássicos, a cumprirem o papel de exceções que só servem para confirmar a regra. 

De pronto, lembrei-me de 12 homens e uma sentença (1957) e O Veredicto (1982), do grande Sidney Lumet; O sol é para todos(1962), de Robert Mulligan; Testemunha de Acusação (1957), de Billy Wilder; Anatomia de um crime (1959), de Otto Preminger;Julgamento em Nuremberg (1961), de Stanley Kramer; e Justiça para todos(1979), de Norman Jewison.

Acrescentados os que não me tenham ocorrido, os salvos do incêndio deverão totalizar uma dezena, no máximo duas. O resto não passa de tralha cinematográfica mesmerizante.

Eu era muito jovem quando, lendo A tragédia de Sacco e Vanzetti (1953), de Howard Fast, cai na real: o grotesco linchamento com tinturas legais dos dois anarquistas italianos era a realidade; e a infabilidade das sentenças estadunidenses, na qual seriados comoPerry Mason tanto nos queriam fazer crer, não passava de  piada de mau gosto.


...este saudável soldado de 23 anos.
Depois, ao longo da minha vida adulta, fui tomando conhecimento de muitos outros exemplos, com destaque para as aberrações jurídicas do macartismo e para o premeditado assassinato de dois pobres laranjas  (o casal Rosenberg) como bodes expiatórios de um delito cujos principais responsáveis só poderiam ser cientistas.

A partir do atentado contra o WTC, multiplicaram-se as arbitrariedades contra os acusados que os EUA despejaram no centro de torturas de Guantánamo, para tratá-los como animais longe das vistas de seus respeitáveis cidadãos.

Graças ao heróico soldado Bradley Manning, que forneceu ao Wikileaks as provas dos podres, o mundo ficou sabendo, p. ex., que cerca de 150 pessoas inocentes ficaram presas durante períodos variáveis (até por vários anos) em Guantánamo, sem julgamento nem nada, apenas por terem a ascendência errada ou haverem sido encontradas perto do lugar errado e na hora errada, sem nenhum motivo concreto respaldando as suspeitas de envolvimento com ações terroristas.

É a razão de estado falando mais alto do que a justiça e os direitos humanos -- exatamente a acusação que os EUA sempre fizeram aos países do chamado  socialismo real. Nada como um dia depois do outro.

O CALVÁRIO DE MANNING 

E, por haver escancarado a nudez do rei, o próprio Manning está sofrendo terríveis retaliações -- como, aliás, sempre aconteceu nas ditaduras apoiadas pelos EUA no mundo inteiro. O serviço sujo volta a ser feito também em casa.

É esta a face que o império mostra para os que ousam confrontá-lo ou atingir seus interesses; o dr. Jekyll não precisa de poção nenhuma para virar mr. Hyde.

Sim, passada a eleição, ele pode...
dar uma banana p/ direitos humanos

Porque, na verdade, é monstruoso em sua essência e benigno apenas na aparência forjada e impingida pela indústria cultural.

Estes trechos de uma notícia deste domingo (1º), que Andrea Murta enviou de Washington, dão uma boa idéia da malignidade do monstro:
"Durante o tempo encarcerado, Manning, 23, foi submetido ao que seus defensores classificam como punição extrema pré-julgamento.
O soldado ainda não teve sua primeira audiência, agendada para ocorrer em junho e ficou confinado em solitárias, sem exposição à interação humana, a exercícios e à luz do sol.

Na semana passada, ele finalmente foi transferido para uma prisão no Kansas, onde poderá conviver com outras pessoas.

...segundo o 'Free Bradley Manning', uma rede de apoio que paga a defesa do soldado, há várias razões para maus-tratos.

A primeira seria que os militares sabem que o caso contra Bradley não é tão forte quanto anunciam e, caso ele seja inocentado, querem garantir alguma punição que sirva de  alerta  a outros no futuro', disse (...) Jeff Paterson, porta-voz do grupo.

O ex-porta-voz do Departamento de Estado PJ Crowley (...) disse que o tratamento dado a Manning é 'ridículo, contraproducente e estúpido'. Ele renunciou pouco depois.

 O presidente [Obama] também sofreu o constrangimento de ver um ex-professor assinar um manifesto de juristas criticando as condições da detenção. Um representante da ONU foi outro a protestar.
Paterson diz que o soldado já não é o mesmo. 'Quando recebe visitas, leva um tempo até que a parte do cérebro ligada à interação social volte ao normal e ele se lembre de como conversar. Isso não faz mais parte de sua rotina.'"
O martírio do último herói estadunidense está prestes a completar um ano. Para quem quiser saber o que ele sofreu durante os (felizmente findos!) 11 meses de detenção no DOI-Codi... quer dizer, numa base dos fuzileiros navais na Virgínia, recomendo a leitura de A prisão infernal de Bradley Manning.

(*) Jornalista e Escritor


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FHC sai em firme defesa de Dilma, está se formando um novo eixo de poder no país?

 












Por Liga Bolchevique Internacionalista

A figura tucana do ex-presidente FHC esteve praticamente ausente na disputa presidencial de 2010, rompido frontalmente com Serra e estremecido com Aécio, preferiu ficar de “pijama” em casa para assistir passivo a vitória de Dilma. 


No início deste ano retornou com força ao cenário midiático, já que na cúpula tucana não encontra muito espaço para atuar na briga feroz dos três caciques do PSDB (Alckmin, Aécio e Serra). 


FHC, considerado o príncipe (senil) dos sociólogos, vem granjeando simpatia na classe média e na juventude urbana ao defender sua “tese” da legalização do consumo pessoal da maconha, tentando com isso deletar da memória nacional sua era das “privatarias” e subordinação ao receituário do FMI. 


Mas, desta vez o “intelectual” tucano vem ocupando a mídia “murdochiana” com a surpreendente defesa política de um segundo mandato para a presidente petista (?) Dilma Rousseff.


 No último domingo (12/08), no programa do notório reacionário João Doria Jr, na rede TV, discorrendo sobre as possibilidades da sucessão presidencial de 2014, FHC afirmou que o seu partido deveria se preparar bem para... 2018, ou seja, para suceder Dilma em seu segundo mandato. 


Sob a perplexidade de João Doria, o ex-presidente analisou que nenhum dos três caciques do PSDB estão em condições de enfrentar o “excelente governo” da gerentona Dilma.


 Novamente e para não deixar dúvidas, FHC sai em defesa da atual presidente sobre a greve dos servidores federais. Na edição de “O Globo” desta terça (14/08) o tucano declarou que: “O povo está achando que ela está direita, mesmo contrária a essas posições antigas do PT”. 


Para o tucano,Dilma tem toda razão de “enrijecer” com a mobilização do funcionalismo: “Não vejo como ela pudesse não enrijecer”. 


FHC obviamente tem muita identidade política com o governo Dilma, particularmente no que tange a arrochar salários dos servidores federais, mas esta afinidade vai bem mais além do que “somente” atacar a combativa greve do funcionalismo público.
Como já havíamos caracterizado anteriormente a operação “espetaculosa” do julgamento do escândalo do “mensalão”, pelo STF, recebe o amplo patrocínio do Palácio do Planalto. 


FHC consciente desta movimentação política da ex-“poste” Dilma, conclama sua contemporânea a depurar definitivamente a ala de José Dirceu e “afins” do campo governista, utilizando o julgamento do “mensalão” como instrumento desta manobra política. 


No caso de uma condenação judicial dos “mensaleiros” a tendência interna majoritária no PT, “Articulação” (da qual Dilma nunca fez parte) estaria praticamente fora do “jogo do poder”, enfraquecendo brutalmente a liderança já abalada de Lula, principalmente pelo seu “delicado” estado de saúde. 


Com índices de popularidade muito altos, seria uma tarefa inútil ousar enfrentar a reeleição de Dilma em 2014, a melhor opção para um setor da burguesia é tentar construir um novo pólo de poder “neoliberal 100%”, com Dilma e FHC, isolando os elementos “históricos” do PT e PSDB.


A tentativa de unir parte do PT e PSDB em um novo agrupamento ideológico não é propriamente uma novidade do mundo político burguês. Mas, a “ideia” volta a ganhar força em função da postura cada vez mais submissa do governo Dilma em relação aos ditames de Washington. 


Não que o governo do ex-presidente metalúrgico possuísse alguma característica anti-imperialista, mas pelo menos procurava manter um verniz de demagogia nacionalista, principalmente pela ação diplomática do Itamaraty. 

Dilma segue uma agenda econômica, imposta pelo amo do norte, sem nenhuma preocupação em desagradar a burocracia dirigente petista e cutista. Também importantes intelectuais “terceiro mundistas”, como Samuel Pinheiro, abandonam a nave governista denunciando a inflexão política direitista da atual gestão frente populista. 

O cenário da conjuntura nacional aponta para a sedimentação de novo bloco hegemônico, após uma certa fadiga do modelo original petista.

O elemento decisivo para o desenlace do atual impasse político, no seio das classes dominantes, será o fator econômico, ou seja, a capacidade do Brasil atravessar o atual cenário de recessão mundial. 

Com um horizonte turvo na economia internacional, o “desafio” da burguesia nativa é de inserir o Brasil em uma nova posição na divisão global das forças produtivas, aproveitando-se do crash financeiro dos centros imperialistas. 


Países como Canadá, Austrália, África do Sul, Índia, Rússia, China e, em certa medida, o próprio Brasil vem contornando a crise capitalista mundial com o novo “desenho” do fluxo mundial de investimentos (produtivos e financeiros). 


A gerência burguesa estatal, a ser parida em 2014, deve colar o país nesta vertente global, abandoando temporariamente o viés do “neodesenvolvimentismo”, tão cultuado pelo governo Lula. 


Provavelmente estaremos próximos de assistir a uma “depuração” ainda mais conservadora do PT, que nem a imensa crise política do mensalão de 2005 conseguiu produzir. 


Em resumo, atravessamos uma etapa de reação política e ideológica em toda linha, onde a classe operária continua atomizada e sem assumir o seu papel de protagonismo histórico.


Disponível em  http://lbi-qi.blogspot.com.br/

 

domingo, 12 de agosto de 2012

Justiça torta, por linhas tortas...



Sinceramente a justiça se escreve torta por linhas tortas...


Bem, qualquer cidadão ciente de que seus direitos foram atropelados pelo pressuposto jurídico do direito, não estaria pensando diferente.

O caso a que me refiro trata de uma reintegração de posse de fachada, na verdade, a tomada ilegal de uma posse reclamada por outrém sem ao menos ter sido exercida ou comprovada de fato.

O que me leva a este entendimento é algo que me deixa assustado diante do que assisti e vivencie de corpo presente, por ora, meramente como uma testemunha não testemunhável (sic).  

Afinal, uma vez inquirido mediante uma carta AR que exigia minha presença sob a pena, e multa pela própria justiça, eu fui dispensado juntamente com as demais...

Este é um emaranhado de interesses, ilegítimos, despertados por uma família constante em um documento passado, e que na condição de parentesco à um juiz e juíza, incluindo ai o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, (Tico Brae Fernandes) como uma das partes, sem ao menos, esta, ter observado os fatos verídicos do qual o documento se referia, ou seja, alguém de sua família loteou uma porção de terra, porém, de fato não fora objeto de esbulho ou algo parecido.

Tudo começou com uma construção na área que lhe pertence, que no inicio foi prontamente embargada pela prefeitura da capital, na verdade, este imóvel está sobre um projeto de via expressa a ser construída, talvez no futuro.

 Sendo assim, a prefeitura da capital não lhe dá viabilidade de construção. Mas enfim, o que pesa na questão é o fato de uma porção de terra (sobra de área pública, uma “nesga” na verdade) ter sido ocupada por uma família de baixa renda (sic).


 Essa “nesga” por muitos anos foi utilizada pela prefeitura como local de manobras do ônibus que fazia a linha circular inicial do Jardim Castanheiras que por ali transitava.

 Passado algum tempo daquele embargo e da transferência da linha para outro percurso, a família citada construiu um casebre (com a ajuda de moradores do local) e ali passou a residir.

 Ocorre que a proprietária da área adjacente  ou limítrofe sem ao menos se dar ao cuidado ou zelo de medir o seu próprio terreno, entendeu que o seu terreno tinha sido invadido por “estranhos”. 

Preocupado com a situação, eu sugeri e contratei de forma dativa uma empresa que fazia o levantamento topográfico na ampliação e duplicação da BR 101, que prontamente aceitaram fazer em horário de folga do seu serviço, o levantamento topográfico proposto.

O resultado foi que o terreno da reclamante tinha 450m2 na fração ideal de escritura pública e no levantamento topográfico apareceu com 453m2, ou seja, tinha mais terra do que rezava o seu documento. 

Mesmo assim, a dita proprietária ainda pleiteou abocanhar desavergonhadamente, e para isso contou com o aval da justiça, a porção de área pública (ocupada pela família de baixa renda) que media outros 124m2, pasmem, isso ocorreu de fato.

 Bem, entenda-se que até então, para a tal proprietária o seu imóvel era o da esquina, sendo que como não residia ali, viu a nova ocupação como se tivesse ocorrida no seu imóvel.

 Em síntese, a tal proprietária pensou e agiu de má fé como tendo sido esbulhado o seu imóvel, e acionou a justiça para requerer aquilo que não lhe pertencia, mesmo tendo se dado em conta que o imóvel em questão estava fora de sua propriedade.

Em certas ocasiões, as coisas tornam-se fáceis, bastou haver o nome de um integrante da justiça catarinense como membro de uma família que loteou uma área de terra, e a posterior terem o seu nome citado em documentos, que, o veredito ocorreu sem que os fatos verdadeiros fossem apurados.

Trata-se na verdade de uma pendenga sobre uma propriedade pública que fora reclamada como sendo sua. Neste caso, a justiça foi implacável a seu favor, mesmo a área não lhe pertencendo. 

De fato, o judiciário catarinense representa na plenitude aquilo que há muitos anos vem ocorrendo a nível nacional, ou seja, juízes legislam em causa própria um verdadeiro quem pode mais chora menos. 

O resultado disso foi uma ação de despejo com data programada para daqui a seis meses, de uma família pobre, residente no local a mais de 15 anos, naquilo que sempre foi uma área publica, porém reclamada ilegalmente por particulares como sendo propriedade privada. 


Os reclamantes nunca haviam residido ali e tampouco detinham a posse do local.

Ah, entendi, as provas não foram apresentadas nos prazos previstos em lei, e sendo assim, o juiz toma a decisão que lhe convém, obviamente, naquilo que lhe tem interesse...

Esse fato ocorreu no ultimo dia 08 de agosto as 14 horas na cidade de Florianópolis, ali na 5a Vara Cível, quando me fiz presente como testemunha arrolada e que não fora ouvida, por entenderem que já estava tudo previamente definido, ou seja, a lei exigiu a presença de testemunhas, mas por decisão do juiz, ninguém foi ouvido, mas, a sentença foi proferida.

Cartas AR sob as penas de multa ou responsabilidade processual serviram apenas como cortina de fumaça... 

Dizia a certa altura a mentirosa proprietária, que havia doado a área de boca para a infeliz ali residente, porém, com o tempo desistiu dessa doação... 


Bem, como poderia alguém estar doando para particulares uma área pública que não lhe pertence...

Seria o mesmo que eu doar o salário de alguém para outra pessoa...

É a justiça torta escrita por linhas tortas...