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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Governo Dilma unido aos direitistas Alckmin e Cabral na repressão ao “vandalismo” do povo pobre e dos “Black Blocs”




Por Liga Bolchevique Internacionalista

Depois que dezenas de moradores da periferia de São Paulo atearam fogo em caminhões e ônibus que trafegavam na Rodovia Fernão Dias em protesto contra o assassinato do jovem trabalhador Douglas pela PM, em uma clara demonstração de ódio popular contra a repressão estatal protagonizando ações que muito se assemelhavam com as “táticas” dos “Black Bloc”, o Ministro da “Justiça”, Eduardo Cardoso (PT) anunciou uma parceria com os odiados governos Alckmin (PSDB) e Cabral (PMDB) para perseguir o que chamou de “vândalos”: “Dialoguei durante o dia de ontem e de hoje com o secretário Fernando Grella, secretário de Segurança Pública de São Paulo, e, na manhã de hoje, com o secretário Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro e nos parece que a situação exige que os órgãos de Segurança Pública compartilhem informações e tomem ações em conjunto.

Discutiremos medidas de segurança pública que devem ser tomadas para evitar esses atos de vandalismo” (G1, 29/10), marcando uma reunião em Brasília para o próximo dia 31 que terá também representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e da Secretaria Nacional de Segurança Pública para tomar medidas concretas contra as manifestações.

Está claro que a burguesia exige que o governo do PT haja com mão forte diante da radicalização dos protestos populares, com a mídia murdochiana acusando a revolta do povo pobre de “vandalismo contra a ordem pública”, ou seja, como uma ameaça à sacrossanta propriedade privada e a seu Estado.

Após ter se solidarizado com o Coronel Rossi da PM de São Paulo, agredido por “Black Blocs” quando reprimia uma manifestação no centro de São Paulo, Dilma em uma clara jogada de demagogia eleitoral lançou uma mensagem em sua conta no Twitter abordando o caso do assassinato de Douglas, morto no último domingo, 27, pela PM na periferia de SP: “Nessa hora de dor, presto minha solidariedade à família e aos amigos.

Assim como Douglas, milhares de outros jovens negros da periferia são vitimas cotidianas da violência. A violência contra a periferia é a manifestação mais forte da desigualdade no Brasil”.

Demagogia à parte, seu governo tratou de reforçar o aparato repressivo na região dos protestos: a ida de policiais rodoviários federais do Rio para São Paulo foi acertada na manhã desta terça, durante reunião entre a Secretaria de Segurança Pública paulista e a Polícia Rodoviária Federal. Segundo Cardoso, “A Polícia Rodoviária Federal deve atuar também com reforço da sua tropa.

 Estamos deslocando efetivo do Rio de Janeiro para São Paulo para fazer uma melhor cobertura daquele trecho. Isso foi objeto da reunião de hoje [terça] de manhã, onde a distribuição de efetivo, a alocação de situações deve ter sido planejada e se fará uma ‘análise de inteligência’ sobre os incidentes que têm se repetido durante os protestos” (G1, 29/10).

Lembremos que durante as “Jornadas de Junho”, o ministro da “justiça” Eduardo Cardoso, figura que representa a chamada “esquerda” petista no governo (grupo Mensagem ao Partido apoiado pela DS e outros agrupamentos do PT) já havia oferecido a ajuda da Polícia Federal para a repressão mais “fina” ao movimento. Blogs “chapa branca” também saíram a acusar os Black Blocs de fascistas, exigindo sua imediata prisão.

Luiz Nassif declarou “Após o espancamento do seu oficial, o que a Polícia Militar deve fazer, daqui por diante: Identificar os cabeças que comandam o vandalismo nas cidades, prendê-los e levá-los a julgamento por formação de quadrilha.

 E que recebam penas severas. A agressão a um oficial da PM – ainda mais nas circunstâncias relatadas - é uma quebra de ordem gravíssima, sim.

 “Se não houver punição exemplar, essa maluquice irá se espalhar como um rastilho de pólvora”.

Esta conduta tem o apoio de toda a esquerda petista, tanto que a corrente Esquerda Marxista (PT) lançou novo artigo asqueroso intitulado “Os Black Blocs: rebeldes sem causa” em que defende abertamente a democracia burguesa: “Entendemos a revolta dos jovens com essa ‘democracia’, como se expressam os jovens do movimento dos Black Blocs.

Mas não se justifica um rechaço da democracia representativa em geral. Fazendo isso só estão facilitando o caminho de todos aqueles que hoje erguem a voz clamando por um golpe militar de tipo fascista” (EM, 28/10).

O mesmo declara o PSTU, nas palavras da vereadora Amanda Gurgel: “Participarmos das legítimas manifestações populares, mas não concordamos com quebra-quebra e depredação de prédios públicos, muitas vezes inclusive realizados por agentes infiltrados da repressão nas manifestações e que acabam justificando a ação policial contra as manifestações da juventude e dos trabalhadores.

Somos contrários às ações isoladas de indivíduos, pois acreditamos que somente a organização coletiva dos trabalhadores e estudantes fortalece a democracia e o movimento” cinicamente deixando a porta aberta para se acusar os “Black Blocs” de “infiltrados da repressão” (site PSTU, 28/10).

Em resumo, estes canalhas revisionistas se somam ao coro do PT, da esquerda “chapa branca” e dos governos da direita tradicional que apregoam serem os movimentos legítimos desde que pacíficos, ordeiros, respeitando a ordem burguesa e desde que não recorram à autodefesa!

Quem na verdade abre caminho para o recrudescimento do regime político e sua militarização é o governo da frente popular, que recorreu à Força Nacional para reprimir os manifestantes ao Leilão de Libra e aciona a PF para monitorar os lutadores sociais, mascarados ou não.

Não por acaso, Cardoso organiza neste momento uma ação conjunta com os governos do PSDB e PMDB, comandados por figuras sinistras e fascistizantes.

Só o movimento de massas pode barrar o curso de ataque à liberdade de manifestação e resposta a sua ação direta por parte da repressão policial.

Sobre o argumento cínico da burguesia e seus papagaios de “esquerda” acerca do vandalismo do povo pobre e da tática dos “Black Blocs” que provocariam a reação da polícia vejamos o que nos diz Trotsky sobre questão análoga no capítulo intitulado sintomaticamente “A Milícia Operária e seus Adversários” do livro “Aonde Vai a França?”: “Conclamar a organização da milícia é uma ‘provocação’, dizem alguns adversários certamente pouco sérios e pouco honestos. Isto não é um argumento, mas um insulto.

Se a necessidade de defender as organizações operárias surge de toda a situação, como é possível não se conclamar a criação de milícias?

É possível nos dizer que a criação de milícias ‘provoca’ os ataques dos fascistas e a repressão do governo? Neste caso, trata-se de um argumento absolutamente reacionário.

O liberalismo sempre disse aos operários que eles ‘provocam’ a reação, com sua luta de classes. Os reformistas repetiram essa acusação contra os marxistas; os mencheviques contra os bolcheviques.

 No fim das contas, essas acusações se reduzem a este pensamento profundo: se os oprimidos não se pusessem em movimento, os opressores não seriam obrigados a golpeá-los”.

Os revisionistas que se dizem a favor da “violência revolucionária” em abstrato, mas que agora não seria o momento porque facilitaria um golpe fascista, recorrendo a um cinismo sem igual para defender a democracia burguesa, também são desmascarados pelo velho Bolchevique que alerta: “‘Mas armar os operários não é oportuno, a não ser em uma situação revolucionária, que ainda não existe’. Este argumento profundo significa que os operários devem se deixar espancar até que a situação se torne revolucionária.

A própria questão do armamento só surgiu na prática porque a situação ‘pacífica’, ‘normal’, ‘democrática’, deu lugar a uma situação agitada, crítica, instável, que facilmente pode transformar-se tanto em situação revolucionária quanto contrarrevolucionária.

Esta alternativa depende, antes de tudo, da resposta a esta questão: os operários de vanguarda se deixarão espancar, impunemente, uns após outros, ou a cada golpe responderão com dois golpes, aumentando a coragem dos oprimidos e unindo-os ao seu redor?

 Uma situação revolucionária não cai do céu. É criada com a participação ativa da classe revolucionária e do seu partido” (Idem).

Como observamos, mais do nunca devemos defender incondicionalmente a autodefesa dos trabalhadores, a revolta “bárbara” do povo pobre e a ação dos “Black Bloc”.

 A revolta popular contra o assassinato do jovem trabalhador Douglas em São Paulo foi mais uma demonstração de que o chamado “vandalismo” tão apregoado pela mídia venal e os governos burgueses de todos os matizes não é obra de minorias e sim uma justa reação à selvageria policial.

A esse coro reacionário se somou a “esquerda” do PT e o PSTU!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Uma polêmica com o PT e o PSTU: Com quem a esquerda deve solidarizar-se, com o coronel da PM agredido ou com o militante “Black Bloc” espancado e preso?

Cel Cmdt da repressão contra os trabalhadores e estudantes leva corretivo da milícia popular de auto-defesa/Black Bloc

O PSTU defeca fora do pinico aqui no Brasil, e lá fora senta na benga do Tio Sam, nas questões do oriente médio.

Eu não tenho outra forma de me expressar (Com palavras obscenas, e daí? Faz diferença?). Eu não sou um teórico ou intelectual do marxismo revolucionário, e sim, apenas um militante praticista meio tosco, matuto,   mas guerreiro,  diante de tamanha covardia e falta de caráter ideológico daqueles que se dizem "trotskistas" (partido que, infelizmente militei, como em outros também), enquanto levam as massas populares (das ações espontâneas) aos braços da repressão do aparato militar e assassino do estado burguês,  comandado pela Frente Popular- PT/PCdoB e seus asseclas direitalhas em São Paulo.

Trata-se na verdade da manipulação descarada dos dirigentes morenistas, ao afirmarem aos quatros ventos, de que as ações "legítimas" dos Black Blocs, dos anarquistas e da população indignada, e de movimentos sociais fora de seu alcance e domínio, são na verdade ações de criminosos.

Sinceramente, se isso fosse declarado num momento pré-revolucionário, essa cambada de falsetas e revisionistas (na verdade, sociais-democratas, não assumidos) estaria diante de um tribunal popular, sem choro e nem velas...

Por outro lado, é bem esclarecedora, e de uma visão lúcida, essa analise de conjuntura elaborada pela LBI que, a luz dos acontecimentos diários desta sociedade conflituosa e desigual,   onde avança o  fascismo (apoiado e incentivado pelos falsetas), coloca em desnudo a real intenção e o papel histórico de rendição aos ideais da burguesia, aqueles que por muito tempo conseguiram enganar a militância. 
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Por Liga Bolchevique Internacionalista

O protesto ocorrido em São Paulo na noite desta sexta-feira, 25 de outubro, seria “apenas” mais uma manifestação duramente reprimida pela PM na capital paulista com dezenas de feridos e presos não fosse por um “detalhe” que logo ganhou as páginas de todos os jornais e as manchetes da TV pelo país: o coronel da PM Reynaldo Rossi, comandante do policiamento da área centro de São Paulo, foi agredido com pedaços de madeira por alguns manifestantes enquanto os seus comandados com bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e balas de borrachas atacavam duramente o conjunto dos manifestantes na proximidade do terminal de ônibus Parque Dom Pedro II, no centro da cidade.

Segundo ele “Eu me dirigia para o Parque D. Pedro para tomar pé dos primeiros conflitos que foram gerados aí pelos criminosos. Nos deparamos com autores de danos de novos pontos de ônibus.

Tentamos prendê-los. No momento que nós passávamos a conduzi-los, fomos surpreendidos por um grupo de vândalos, criminosos, que passaram a agredir a mim e a meu policial” (G1, 26/10).

 Como revelam as palavras do próprio coronel da PM, uma parte dos manifestantes nada mais fez que reagir em autodefesa contra a agressão policial a seus companheiros, tentando lhes libertar das garras da brutal repressão estatal.

Na luta contra a PM assassina nada mais justo e legítimo que as massas atacarem o inimigo para defender-se!

Assim foi feito, até que Rossi foi socorrido por um PM infiltrado com arma em punho!

O coronel, apresentado pela mídia venal como vítima é, nada mais nada menos, que um dos principais responsáveis pela repressão sobre as manifestações populares no centro de São Paulo, em bárbaras e violentas ações que deixam diariamente centenas de ativistas presos, com pernas, braços e costelas quebradas, alguns até cegos.

Ele “apenas” sentiu (em grau muito menor) os efeitos do que sua tropa assassina faz todos os dias contra os lutadores socais, para não falar dos milhares de trabalhadores que são mortos por sua PM mafiosa nas favelas e bairros da periferia.

Não para a nossa surpresa, o oficial da PM recebeu o apoio da presidente Dilma que declarou: “Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP” (G1, 26/10), o que confirma mais uma vez que o PT e seu governo burguês não passam de servis instrumentos a serviço da classe dominante contra os explorados e suas lutas.

O PSTU, nas palavras de seu presidente nacional, José Maria de Almeida, poucos dias antes do ocorrido já havia declarado que “É fato que a ação de grupos isolados, como os ‘Black Bloc’s’, jogam água no moinho da repressão.

 Acabam servindo para justificarem, aos olhos da opinião pública, a ofensiva policial contra as manifestações e a criminalização do movimento, jogando contra a massificação dos protestos” (site PSTU, 18/10), em uma política canalha que acaba por justificar a repressão sobre os “Black Bloc”.

 Diante de posicionamentos escandalosos como o da presidente Dilma (PT) e do principal dirigente do PSTU, abrimos junto à vanguarda militante uma polêmica crucial frente às lutas em curso: com quem a esquerda deve solidarizar-se, com o coronel da PM agredido ou com o militante “Black Bloc” espancado e preso?

Desde a LBI nos colocamos incondicionalmente a lado do companheiro “Black Bloc” que após a agressão ao coronel da PM foi espancado e preso.

Declaramos publicamente que sua reação assim como dos demais “mascarados” foi justa e legítima na luta por libertar os lutadores que estavam sendo presos quando atacaram o coronel Rossi.

 Exigimos a liberdade imediata de todos os ativistas presos pela PM! O trabalhador comerciário Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, suspeito segundo a polícia de participar da agressão ao coronel, foi indiciado por tentativa de homicídio e associação criminosa.

No total, 92 pessoas foram detidas na região central de São Paulo, sendo que 69 delas foram encaminhadas ao 1º DP, seis para o 2º DP, 10 para o 8º DP, e outras sete para o 78º DP. Sete pessoas foram indiciadas por dano qualificado, formação de quadrilha e arremesso ou porte de material explosivo no 8º Distrito Policial, no Belém. Junto com eles, foram apreendidos outros três menores, que foram levados à Fundação Casa.

Longe de acusar estes lutadores como “grupos isolados que são funcionais a repressão policial” como faz o PSTU ou de declarar que “Agredir e depredar não fazem parte da liberdade de manifestação.

São barbáries antidemocráticas. Violência deve ser coibida” (G1, 26/10) como vociferou Dilma (PT), os marxistas leninistas defendem como legítimo o direito de autodefesa dos trabalhadores em suas manifestações justamente para responder a violência policial.

No PT, não somente Dilma saiu a condenar os “Black Bloc”.

A Esquerda Marxista (EM), tida como representante da ala mais à esquerda do partido, também se somou a este coro reacionário, apesar de tentar dar uma justificativa “teórica” a sua posição sob a cortina de fumaça de se colocar contra a repressão estatal em geral: “A Esquerda Marxista sempre rechaçou, sem hesitar, as prisões e a repressão brutal da polícia nos atos contra os Black Bloc’s e outros manifestantes.

Contudo, a repressão policial é dada, a polícia obviamente é inimiga dos trabalhadores.

A questão é: o que conseguimos, quais nossos avanços quando a enfrentamos a repressão em QUALQUER situação e de modo desorganizado? Para onde levam as quebradeiras? A LUGAR NENHUM E NÃO AVANÇAMOS EM NADA! Sempre deixamos claro que DISCORDAMOS dos métodos da horizontalidade, da ação direta e quebra-quebras...

Uma manifestação é um ato coletivo e ações de terrorismo individual, como os ‘quebra-quebras’ tendem somente a desestabilizá-la e fazê-las perder seu caráter de transformação social”. (Luta pelo Transporte, relatos e reflexões, 26/10)

Tanto a EM como o PSTU insistem em falsificar a realidade para, no fundo, condenar a radicalização dos protestos e impedir a unidade de ação dos trabalhadores com os “Black Bloc”, anarquistas e outras agrupamentos classistas.

Desde a LBI nos colocamos publicamente em defesa dos “Black Blocs” diante dos virulentos ataques direitistas do PSTU e EM, que de forma abominável os acusam de “provocar a violência policial” quando, na verdade, os “Black Bloc” são parte do movimento de rebeldia da juventude.

Como leninistas dizemos claramente que tais “críticas”, próprias do mais arraigado pacifismo pequeno-burguês, não fazem parte da tradição do marxismo revolucionário.

Como genuínos trotskistas, mesmo se delimitando com o limitado programa anarquista dos “Black Blocs”, jamais condenamos suas ações quando voltadas a atacar o Estado burguês, pelo contrário, na medida de nossas forças militantes sempre estivemos em “frente única” com estes companheiros para responder aos ataques policiais e questionar a ordem capitalista no vivo campo de batalha.

Nossa crítica leninista a este setor anarquista sempre partirá do mesmo campo da batalha e nunca para justificar a repressão estatal, como se a PM necessitasse dos desvios “ultra-esquerdistas” dos “Black Blocs” para atacar o conjunto do movimento de massas.

O leninismo delimitou-se historicamente do anarquismo sempre pela esquerda e nunca denunciando os métodos da conspiração e clandestinidade na organização de ações, próprios do Partido Bolchevique.

Também não passa de uma grosseira falsificação do trotskismo a tese empunhada pela EM e o PSTU (na verdade um misto de espontaneísmo sindical e oportunismo) de que somente as “massas” poderiam radicalizar ações contra o Estado burguês, negando a possibilidade de destacamentos avançados da classe preparem ações como sabotagem e ataques militares contra “símbolos” do capitalismo.

Trotsky comentando a conduta terrorista de um jovem anarquista, Grynszpan, que atacou uma embaixada nazista, afirmou o seguinte: “Todas nossas emoções, nossa simpatia estão com os vingadores sacrificados, ainda que eles são incapazes de descobrir o caminho correto.” (Em defesa de Grynszpan, L. Trotsky).

O mais vergonhoso na conduta do PT, seja da presidente Dilma seja da sua ala “esquerda” (EM) assim como do PSTU, é que sua posição acaba por reforçar a criminalização do conjunto do movimento de massa e principalmente de seus setores mais radicalizados que não se subordinam à institucionalidade burguesa e o respeito à sacrossanta propriedade privada, jogando água no moinho da repressão estatal, para perseguir os “Black Bloc”.

Segundo a nota da PM “Desde o início da Manifestação foi percebida a presença de integrantes “Black Blocs” que gritavam palavras de ordem contra a PM, bem como tentavam provocar os PMs a alguma reação violenta para fins midiáticos.

 No Parque Dom Pedro os ‘Black Blocs’ passaram das palavras à ação e iniciaram um confronto com os policiais militares, neste episódio eles agrediram, de forma covarde, o Cel PM Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento da área centro e seu auxiliar, roubando a pistola calibre .40 e o rádio comunicador do Oficial”.

Da mesma forma age a mídia venal afirmando que “O tumulto começou no início da noite, após uma passeata pacífica convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) que percorreu ruas da região central de São Paulo. Mascarados danificaram 15 caixas eletrônicos, colocaram fogo em um ônibus e destruíram os vidros de outro.

Vários coletivos foram pichados e grades e bilheterias, quebradas.

O terminal precisou ser fechado por causa da confusão”.

 Há nitidamente uma convergência de posições entre o diz a PM e a mídia com o que expressam o PT e o PSTU, todos acusando os “Black Bloc” como responsáveis pelos seus atos “isolados” ou de “vandalismo” pela repressão estatal!

As acusações caluniosas do PT e do PSTU contra os “Black Blocs” ajudam na perseguição política e repressiva aos companheiros simplesmente porque parte de uma crítica própria do pacifismo pequeno-burguês que sempre busca isolar as ações mais radicalizadas das massas e de seus setores de vanguarda, condenando-as como “métodos que não constroem o movimento” simplesmente porque não estão ancoradas nos acordos podres que a Conlutas faz com a CUT e as demais centrais “chapa branca” para impor marchas “ordeiras e pacíficas” e atos de lobby ao parlamento burguês.

É a conduta desta “esquerda” que ajuda a repressão policial e não o contrário! Sua “delimitação” não tem nada de progressista porque acaba jogando os trabalhadores e a população em geral contra os setores mais radicalizados que se lançam contra o aparato de repressão e atacam as instituições burguesas assim como os símbolos do grande capital!

Somente os canalhas completamente adaptados à democracia burguesa, poderiam construir o amálgama de acusar combativos manifestantes de “provocadores da repressão policial” quando todo militante honesto sabe que é a polícia que infiltra P2 para tentar “legitimar” suas barbaridades, valendo-se da ajuda da grande mídia para criminalizar os “radicais”.

Não por acaso, estas mesmas correntes do PT (EM, O Trabalho) e o PSTU defendem o apoio do movimento de massas às reacionárias greves apresentando os policiais como “trabalhadores da segurança pública”.

Só seitas completamente deformadas podem ignorar o ABC do marxismo e conceber agentes da repressão como meros “trabalhadores”.

A LBI caracteriza os policiais como membros de um “destacamento especial de homens armados” do Estado burguês para garantir a ordem capitalista e a propriedade privada.

Por isso, apoiar as greves reacionárias das polícias significa apoiar suas reivindicações que exigem melhores condições de trabalho (armamento, equipamentos, salários, etc.) para que possam exercer sua função “especial” de assassinar e torturar a população pobre, além de reprimir as mobilizações das massas exploradas.

Ao contrário de subordinar as organizações de massas à reacionária greve policial, como fazem os reformistas de todos os matizes, é necessário impulsionar nas lutas em curso a formação de comitês de autodefesa e milícias operárias, educando o proletariado e a juventude para a necessidade da destruição do aparato repressivo do Estado burguês, única via que poderia inclusive forçar uma ruptura revolucionária na hierarquia militar.

Por esta razão, a LBI é a favor de construir nas manifestações milícias de autodefesa e não nos opomos a que no curso da luta se ocupem prédios públicos e, muito menos, condenamos que se destruam bancos, estas são ações que expressam o ódio de classe contra o capitalismo.

A grande batalha a ser travada é prover essas ações no marco da adoção de um programa revolucionário, mas este debate programático em nada significa condenar as ações dos “Black Blocs”.

 Se houve algumas ações incorretas, como atacar lotações ainda ocupadas por trabalhadores, estas estão subordinadas à dinâmica geral do movimento de massas, correta no combate frontal aos “monumentos” da classe dominante.

Somente revisionistas do pior naipe podem afirmar que “A repressão é acionada em função das ações isoladas e radicalizadas”... de um setor que está do nosso lado na barricada da luta de classes!

A escandalosa posição do PSTU e da EM não representa a posição clássica do trotskismo, tanto que o velho bolchevique novamente no livro “Aonde Vai a França?” escreve: “Necessitamos de autodefesa de massas e não de milícia, nos dizem freqüentemente.

Mas, o que é ‘autodefesa de massas’? Sem organização de combate? Sem quadros especializados? Sem armas? Transferir para as massas não-organizadas, não-equipadas, não-preparadas, entregues a si mesmas, a defesa contra o fascismo, seria representar um papel incomparavelmente mais baixo que o de Pôncio Pilatos.

Negar o papel da milícia é negar o papel da vanguarda. Nesse caso, para que um partido? Sem o apoio das massas, a milícia não é nada.

Mas, sem destacamentos de combate organizados, as massas mais heroicas serão esmagadas, em debandada, pelos grupos fascistas. Opor a milícia à autodefesa é absurdo.

A milícia é o órgão da autodefesa”. Na verdade, a política do PSTU e da EM tem com base a negação de construir de um partido conspirativo, que organize as massas para a tomada do poder pela via da violência revolucionária, daí preventivamente isolar e atacar dentro do movimento qualquer setor que questione na prática sua estratégia pacifista pequeno-burguesa completamente adaptada ao regime burguês democratizante!

O que chama mais atenção é que enquanto condenam os “Black Blocs” no Brasil por quebrarem algumas vidraças de bancos, concessionárias de carros e lojas de luxo, quando se trata de apoiar os “rebeldes” mercenários na Síria ou anteriormente na Líbia chegam até mesmo a pedir, como o PSTU, que o imperialismo lhes forneça armas e apoiam inclusive os bombardeios da OTAN a população civil!

Em resumo, quando se trata de uma luta anticapitalista nada de “radicalismo”, porém quando apóiam abertamente forças reacionárias no Oriente Médio estes mesmos revisionistas!

O episódio envolvendo a legítima agressão de “Black Blocs” ao chacal coronel Rossi vai ser cinicamente usada como pretexto para ampliar a pressão da classe dominante pela militarização do regime político.

Tanto que o oficial da PM agredido, já em pleno Jornal Nacional neste sábado (26/10), vociferou: “Estou me sentindo como todos os policiais que se feriram até hoje, sentimento de dever cumprido, mas com uma clareza muito grande que só uma mudança legislativa e um conjunto de ações que transcendam as ações de polícia vão poder resolver esse problema.

Não é o homem que está sendo atingido ali, é o estado de direito. É o estado que está ali”. A tarefa colocada neste momento, onde a burguesia abertamente desencadeia uma nova onda repressiva contra o movimento de massas, é redobrar as mobilizações e cobrir de solidariedade todos os segmentos que estão na luta, independente de nossas diferenças programáticas.

Desde a presidente Dilma e o governo petista do Rio Grande, passando pelos tucanos em São Paulo até chegar à máfia do PMDB no Rio de Janeiro, há um acordo geral de criminalizar os militantes de esquerda e ativistas sociais como “formadores de quadrilha”.

É necessário que o movimento discuta sua própria forma de autodefesa contra a PM, os nazifascistas e infiltrados ao invés de fugir deste debate para depois facilmente “carimbar” os Black Blocs de “vanguardismo inconsequente”.

Como vemos, o debate sobre o “Black Blocs” é bem mais profundo, ele está ligado à estratégia do movimento de massas para derrotar a burguesia e a necessidade da construção de um partido leninista conspirativo com influência de massas para tomar o poder e impor a ditadura do proletariado contra a antiga classe dominante.

Enquanto o PT, inclusive sua ala “esquerda” e o PSTU alimentam o pacifismo pequeno-burguês e condenam os “Black Bloc”, a esquerda classista e os genuínos trotskistas devem apoiar todas as ações que ajudam a avançar na consciência de classe e na denúncia da democracia burguesa, travando um debate desde a trincheira de luta acerca de quais são os melhores caminhos a seguir no combate de classe pela liquidação do modo de produção capitalista.

Por isto nos colocamos incondicionalmente ao lado do militante “Black Bloc” espancado e preso por agredir o coronel da PM e exigimos sua liberdade imediata, assim como de 

TODO APOIO AOS BLACK BLOC, AO MPL, AOS VANDALOS E BADERNEIROS, E AOS CÃES BEAGLE!

Exemplo de Black Bloc no Brasil e no mundo
Por Carlos Alberto 
Jornalista MTb. 4028/SC




As questões sociais no Brasil só se resolverão através da ação direta! 

É assim na luta pela moradia digna, na luta pela reforma agrária, na demarcação imediata de todas áreas indígenas históricas do Brasil, no aumento do piso salarial das categorias da educação e da saúde entre outras, na melhoria da mobilidade urbana, além da luta em defesa dos cães Beagle e no apoio incondicional ao MPL (Movimento Passe Livre) que luta por tarifa zero. 

Até porque, o serviço de transportes coletivo é um serviço publico e, sendo assim, é uma atribuição das empresas "permissionárias" prestarem um serviço de qualidade em todos os sentidos, incluindo a tarifa zero ou, simplesmente largarem o "osso" pra quem de direito.

Afinal, quem paga o funcionamento dessa “merda" chamada "transporte público" que enriquece os exploradores, somos nós os usuários...

É sabido de todos nós de que as instâncias dos poderes da superestrutura do estado burguês brasileiro estão apodrecidas e contaminadas com os vírus da inoperância, da corrupção, do fisiologismo, da libertinagem com o dinheiro público, da xenofobia contra as etnias indígenas e, da covardia social e policial contra as comunidades das periferias!

É o estado burguês brasileiro em processo acentuado de fascistização!

Elegemos um governo que teria tudo para ser popular e democrático, mas o que vemos é um governo “neoliberal” e fascistóide, atendendo unicamente as demandas econômicas das classes sociais abastadas, do setor financeiro, das empresas transnacionais, e do imperialismo internacional (enquanto estado submisso), tendo como exemplo último, a venda de parte “fabulosa” do pré sal.

Por isso todo o apoio aos Black Bloc, aos anarquistas, aos vândalos, aos baderneiros, aos injuriados e indignados, na defesa incondicional dos “cães Beagles” e ao MPL!

Pela demarcação imediata de todas a áreas indígenas no Brasil!

Por um governo socialista e revolucionário!

sábado, 26 de outubro de 2013

Questão Indígena! Presidenta Dilma Rousseff, o STF e o Congresso Nacional são aparatos xenófobos da república dos ricos... O sofrimento indígena é o delírio da burguesia corrupta deste país!


Jovem índio Guarani-Kaiowá


Por Carlos Alberto

[...] Em vias de extermínio iminente, as comunidades, que estão sob cerco de pistoleiros, anunciam o genocídio Guarani – Kaiowá. Uma tribo com 170 pessoas está em vias de ser exterminada.

O Mato Grosso seria território do Paraguai se aquelas nações não tivessem lutado para defendê-lo, por isso receberam através de documento lavrado por D. Pedro II aquelas terras como propriedade legítima.

Esse ato na verdade foram um descalabro impositivo do modo de pensar das sociedades européias (invasoras dos territórios indígenas) e que são as matizes históricas da burguesia imperialista...

Os jovens, de estrutura emocional mais vulnerável, têm cometido suicídio com regularidade alarmante, por não suportarem o cerco e a ameaça iminente de serem atacados, passando pelos mesmos terrores que viveram anteriormente, por não abrirem mão do seu território

Enquanto isso a nossa Presidenta Dilma Rousseff se queixa de que os brasileiros são contra a participação de empresas estrangeiras na “partilha” do Pré-Sal (expropriação), e diz aos quatro ventos de que isso é um ato de “xenofobia” dos contrários.

Imagine tudo isso, é apenas porque uma grande maioria do povo brasileiro se posiciona contra a venda do Pré-Sal que, na verdade é uma riqueza estratégica para o futuro do povo e um baluarte da soberania nacional, e que nunca deveria ser tocado pelas mãos das potencias estrangeiras...

Bem, Presidenta, se usarmos o seu raciocínio na questão indígena, eu também diria que a não demarcação das terras indígenas, em especial a Guarani Kaiowá, não ocorrem porque a senhora se considera acima de todos nós, até porque, sendo “Búlgara” descendente, talvez lhe falte esse sentimento de brasilidade tupiniquim.

Não obstante, o próprio STF que é o detentor das “letargias” criminosas e jurídicas, a serviço da ideologia dos ricos, juntamente com o Congresso Nacional, também sofrem coletivamente dessa patologia desonesta e diabólica chamada de “Xenofobia”.

Outro sim, não há razões para esse “postergamento” baseado em conceitos e interpretações jurídicas descabidas, naquilo que historicamente é um direito legítimo, ou seja, dar aos índios (meu povo, porque nãoʔ) aquilo que nos pertence desde que fomos invadidos em 1500. Ou será que eu estou sendo xenófobo?

Esses são os entendimentos da Presidenta Dilma Roussef baseada no seu modo de pensar, queixando-se das contrariedades em relação ao Pré-Sal.

Na verdade as terras indígenas estão sendo expropriadas lentamente ao longo dos anos, inclusive com o apoio da “Teologia da Mentira” (proprietária de todos os movimentos sociais) que impõem aos nativos da terra, um novo pensar baseado no cristianismo inquisitório da etnia... 

Em algumas aldeias e acampamentos “dominados” pelas ONGs católicas picaretas e sugadoras de dinheiro público, os índios usam calças jeans, camisetas “Hering”, “Bilabong” etc, relógios digitais, filmadoras, notebooks, celulares e outras parnafenalias eletrônicas, elementos materiais alienígenas a cultura guarani, caracterizando esse novo “modus vivendi” como algo a ser perseguido pelas etnias nativas...

Crianças indígenas mascam chicletes, chupam balinhas de hortelã, comem gomas suculentas e açucaradas e, aos adultos, só falta mesmo usarem paletós e gravatas, para delírios dos defensores da pedofilia de batina (proprietária de todos os movimentos sociais) que tem como objetivo final catequizar e civilizar os genuínos donos das terras para entregá-los “lenta” e estrategicamente em bandeja a exploração dos caras-pálidas...


Neste ínterim, continua o assassinato de lideranças Guarani Kaiowá, e nada da demarcação das terras...