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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A DAMA DE FERRO




“Carinhosamente” apelidada de “Dama de Ferro” pelos soviéticos durante a Guerra Fria, a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher é uma das figuras mais controversas do século 20. Única mulher a alcançar o mais alto cargo político do Reino Unido, Thatcher dividiu e divide opiniões até hoje sobre seu legado: ela foi responsável por planos econômicos que privilegiaram privatizações e a rédea solta no mercado financeiro – o que, para muitos, salvou a Inglaterra da recessão. Para outros, no entanto, sua conduta aumentou a divisão entre ricos e pobres e marcou um retrocesso nas reformas sociais e nos serviços públicos. Heroína ou vilã, “A Dama de Ferro”, novo filme de Phyllida Lloyd (“Mamma Mia!”, de 2008), não tem a menor pretensão de encontrar o lugar histórico da personagem.

A ideia de alguém repressor ou agressivo, provocado pelo irônico título, cai por terra já na cena inicial, que mostra Thatcher nos dias de hoje, aos 80 anos e anônima, tentando comprar leite num mercadinho. A fragilidade da personagem é ainda mais evidenciada na cena seguinte, quando ela chega em casa e começa a reclamar do preço do produto ao seu marido, Denis (Jim Broadbent), e imediatamente é revelado que ele não existe – Thatcher sofre de Alzheimer, com perda da memória e frequentes alucinações. E é este o caminho escolhido pelo roteiro de Abi Morgan (“Shame”): explorar a vulnerabilidade da protagonista e abster-se de comentários políticos mais incisivos.


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