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sábado, 25 de junho de 2016

VITÓRIA DO BREXIT ABRE A SENDA PARA REORGANIZAÇÃO DO IMPERIALISMO FASCISTA EUROPEU



Por Liga Bolchevique Internacionalista

A derrota da campanha eleitoral do "SIM" no plebiscito pela permanência ou não da Inglaterra no marco da União Europeia, terá consequências diretas no processo de reorganização do fascismo europeu, agora impulsionado a ingressar em uma escala estatal. A renúncia do primeiro ministro David Cameron (Partido Conservador) é um sintoma imediato de que as forças políticas do fascismo, agrupadas na campanha do "NÃO" se preparam para governar o Reino Unido nas próximas eleições de outubro e estender sua influência para os aliados franceses da Frente Nacional. Nigel Farage, dirigente do partido neonazista de extrema direita UKIP (Partido da Independência do Reino Unido), um dos líderes da campanha pelo "NÃO" declarou o 24 de junho como o “Dia da Independência” do Reino Unido. É bem verdade que segmentos importantes do Tory (Partido de Cameron) também comemoraram a decisão "popular" pela saída da UE, como Boris Johnson, ex-prefeito de Londres. Cameron decidiu-se opor a campanha do "BREXIT" sob pressão direta de seu chefe ianque, Barack Obama, e de seus pares do imperialismo alemão e francês, porém estava consciente dos riscos que corria caso fosse derrotado: perder o governo e rachar seu próprio partido, conduzindo a um inexorável triunfo da extrema direita nas próximas eleições para o parlamento. O Partido Trabalhista envidou todos seus esforços políticos e materiais pela vitória do "SIM", com seu "renovado" líder de "esquerda", Jeremy Corbyn, prometendo lutar por "medidas anti-recessivas" e " mudanças políticas" na política conservadora da cúpula estatal europeia. Nem mesmo a rara unidade entre o Labour Party e o Tory foi suficiente para deter a "avalanche" de descontentamento popular com os ajustes neoliberais exigidos pela União Europeia. Na ausência de um partido revolucionário de massas que impulsionasse uma outra campanha pela "União das Repúblicas Socialistas da Europa", o neofascismo xenófobo saiu vitorioso, nada a comemorar! Entretanto uma parte da esquerda revisionista se perfilou com a direita pelo "BREXIT", como os Morenistas, e outra pela abstenção no referendum como o PTS argentino, por exemplo. Na própria UK houve uma tímida e covarde participação política da esquerda no plebiscito, como o SWP que apoiou envergonhadamente o "NÃO" (Left Exit)". Na verdade a esquerda revisionista do Trotskismo esperava que Labour Party e Corbyn convocasse o voto crítico pelo "Não", como forma de abater Cameron e fincar a "bandeira" antineoliberal, não ocorreu e "BREXIT" ficou integralmente nas mãos da direita neofascista com seu discurso reacionário do "medo da imigração". É óbvio que muito além das questões institucionais está em jogo neste "BREXIT" poderosos interesses de mercado do imperialismo ianque, que apontavam para manter a subordinação comercial da Europa a indústria dos EUA. É neste ponto que se concentra o papel econômico da UK, um forte entreposto comercial dos EUA no mercado comum europeu. Obama já afirmou que aceitará a derrota mas que a decisão dos ingleses trará mais recessão e desemprego, ao contrário das expectativas populares do "NÃO", que saiu amplamente vitorioso em todas as regiões operárias do país. Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusão alguma na unidade do capital financeiro europeu celebrada no Tratado de Maastricht, porém não podemos assistir passivos a ofensiva fascista protoimperialista ganhar fôlego com o triunfo do "BREXIT". Sabemos historicamente que o nazismo necessita controlar um forte estado nacional para "desafiar" seus concorrentes imperialistas "democráticos", a Inglaterra pode servir de escada para esta escalada mundial, ao contrário da Alemanha atual que não possui contingente militar autônomo da OTAN. Sabemos muito bem que a besta do fascismo não será derrotada pelas urnas, mas isto não deve significar a adoção de nenhum tipo de abstencionismo político por parte da vanguarda mais consciente do proletariado europeu e mundial. Como Trotsky nos ensinou a negativa de conformar a frente única eleitoral entre o PC alemão e a Social Democracia custou o preço político da chegada de Hitler a chancelaria do Reischstag...

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