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quarta-feira, 16 de julho de 2025
NOJENTO: MALAFAIA DÁ CHILIQUE E EXIGE QUE BRASIL SE AJOELHE PERANTE OS ESTADOS UNIDOS
Ela falou tudo o que os bolsonaristas precisavam ouvir. Nos comentários ditos por ela, de fato, trabalhadores eram presos e torturados. Eu estive de guarda algumas vezes nas celas do 18º BIMtz (então em Porto Alegre), e essa tarefa era exclusiva aos integrantes da 2ª Cia OP, e ali estava um dos vários presos, e ele se chamava Miguel. O Miguel era um operário que foi preso quando estava panfleteando em frente a uma fábrica ou comércio na cidade de Canoas, numa convocatória para assembléia de trabalhadores, e havia sido acusado de pertencer a uma célula subversiva. Miguel havia passado por várias unidades, onde permanecia por 6 meses e era transferido, e também torturado. Levou muita coronhada de fuzil nas costas, nas pernas, murros e tapas na cara, além de safanões e telefones nas orelhas. Esse tipo de tortura e agressões era comum nas unidades militares no sul do Brasil, que serviam de entrepostos de presos políticos. Uma época em que a barbárie era a ordem do dia. Dois anos após eu ter vazado dessa unidade, eu encontrei o Miguel na Av. Borges de Medeiros em Porto Alegre, e fiquei muito feliz de ter sido libertado. Conversamos alguns poucos minutos e nos despedimos com um aperto de mão, desejando a ele tudo de melhor. Miguel havia se tornado meu amigo durante sua prisão, e eu lhe fornecia cigarros (ele fumava Continental). Também pedia no rancho que reforçassem sua bandeja sempre que eu estava de guarda, mas isso nem sempre era possível. Esse é um assunto que muitos ex-milicos daquela época não gostam de comentar. Havia, sim, torturas físicas e psicológicas dentro de unidades militares tradicionais, incluindo os batalhões da Brigada Militar no RS. Eu estive no exército de 1971 a 1974, ano em que desertei. Pronto, falei.
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