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quinta-feira, 21 de junho de 2012

[Não tem dinheiro pra tarifa zero?] Peugeot terá R$ 4,8 bilhões para fábrica




A PSA Peugeot Citroën assinou um acordo com o Estado do Rio de Janeiro para usar uma linha de crédito de R$ 4,8 bilhões, que está disponível por até 50 anos, com carência de 30 anos para pagamento.
Os recursos serão usados na construção de uma segunda fábrica no Estado, ampliação das instalações já existentes em Porto Real (RJ) e desenvolvimento de produto.
O anúncio foi feito nas últimas 14 linhas (eventos subsequentes) das demonstrações contábeis anuais publicadas pelo grupo francês no Diário Oficial do Rio de Janeiro no dia 6 de junho, véspera do último feriado.
O grupo PSA Peugeot Citroën não se pronunciou, até o fechamento desta edição, sobre a linha de crédito e sobre os resultados financeiros.
A empresa (Peugeot Citroën do Brasil Automóveis Ltda.) fechou 2011 com lucro líquido de R$ 148,3 milhões, queda de 31% em relação a 2010, e receita de vendas de R$ 6,60 bilhões, 7% acima.
O decreto do governador, datado de 13 de dezembro, foi aprovado na Assembleia Legislativa, autorizando a operação.
Segundo informou ao Valor a Secretaria do Desenvolvimento do Estado, trata-se de um incentivo financeiro previsto no chamado programa de atração de investimentos estruturantes (Rioinvest), criado em 1997, e sob o qual estão todos os grandes investimentos feitos no Rio nos últimos anos.
No caso da PSA, o incentivo prevê o financiamento de parte do ICMS que seria cobrado sobre a segunda fase de modernização do parque industrial. Na prática, segundo a assessoria da secretaria, a empresa paga 20% do valor do ICMS que incide sobre esta ampliação e financia os 80% restantes.
O programa permite usar o recurso até 50 anos, respeitando o limite de crédito equivalente ao valor do investimento a ser feito. O pagamento do financiamento se daria ao longo dos 20 anos finais do prazo, passados os 30 anos de carência. A Secretaria de Desenvolvimento informa que, na maior parte dos casos, as empresas têm antecipado o pagamento da dívida.
A montadora informa nas demonstrações contábeis que sobre o crédito utilizado incidirão juros de 1% ao ano e comissões que podem chegar a 1,5% do valor utilizado.
As características da segunda fábrica do grupo, que será erguida utilizando parte desses recursos não são detalhadas no demonstrativo. Especula-se no setor que o grupo se prepara para ter operação conjunta com General Motors, a partir da aliança mundial acertada em março, por meio da qual a GM ficou com participação de 7% no grupo francês. A montadora americana estaria, com isso, tentando reforçar presença na Europa.
Inicialmente, a parceria visa compartilhar plataformas de veículos, componentes e módulos e criar uma joint venture de compras para produtos e serviços em escala mundial, com volume total de compras de aproximadamente US$ 125 bilhões por ano. Cada empresa continuará a comercializar seus veículos de maneira independente. Segundo informações que circularam no mercado, a América do Sul poderia ser a primeira região a ter uma fábrica compartilhada pelas duas marcas.
O grupo francês inaugurou a fábrica em Porto Real há 11 anos. A instalação é responsável pela maior parte dos automóveis e motores vendidos no Brasil e na Argentina, onde há outra fábrica do grupo. As vendas das duas marcas no Brasil alcançaram 176 mil veículos, o que representou uma participação de 5,2% no mercado. Com 108 mil unidades vendidas em 2011, o grupo tem fatia de 13% no mercado argentino.
As poucas demonstrações financeiras publicadas pela indústria automobilística no país, que tem o quinto maior mercado de veículos do planeta, são insuficientes para dar um quadro exato da situação financeira do setor. Mas servem, quando somados aos dados revelados nos resultados publicados no exterior, para mostrar que as operações dessa indústria na América do Sul são rentáveis. O quadro positivo na região pode, de certa forma, ajudar a compensar os tempos de vacas magras em mercados como a Europa.

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