A crise política e ética de uma parcela
da esquerda mundial
As posições políticas
alinhadas com o imperialismo não podem mais ser tratadas como
diferenças táticas, a crise com os valores marxistas/leninistas de
certos setores da esquerda mundial está tomando proporções assustadoras e
criminosas, que afetam a correlação de forças na luta de classe, na medida que
manipula um setor importante da vanguarda e da juventude com suas posições
contaminadas pelo inimigo, e afetam, sobremaneira, a prática da solidariedade
internacionalista à luta dos povos oprimidos contra o capital e o imperialismo.
Em particular, afeta, no Oriente, sobretudo, à luta pela Palestina Livre.
Por Maristela R. Santos Pinheiro - Cientista Social
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TRADUÇÃO: Nós estamos prontos para
ajudar, se vocês quiserem
Matéria transcrita do Blogue "Somos todos Palestino"
Todo militante da causa palestina sabe que se dependesse da mídia corporativa, ou das ONGs a verdadeira situação do povo palestino, os 64 anos de crimes de guerra, o cotidiano dramático da ocupação, a história da própria formação da entidade sionista, o significado ideológico do sionismo e a história de todos os movimentos de resistência da Palestina ocupada estariam, ainda, sem a devida compreensão que hoje uma grande parcela tem deste enfrentamento covarde e criminoso.
Essa consciência da dura realidade da
luta palestina foi uma construção dos partidos identificados com o
internacionalismo proletário. Essas organizações tiveram papel
fundamental na organização da solidariedade internacionalista espalhadas pelo
mundo.
Aqui no Brasil, por exemplo, mesmo
durante a Ditadura Militar, no final da década de 70, os militantes das organizações de esquerda, do Rio de Janeiro, organizaram um
Comitê pelo Reconhecimento da OLP, e apesar da
clandestinidade, os comunistas, juntos com outras organizações, se esforçavam por um
contato com os lutadores palestinos e participavam ativamente pelo
reconhecimento da organização árabe/palestina.
No entanto, temos observado o
grave afastamento de uma parcela da "esquerda" do internacionalismo
proletário, cuja base marxista sempre foi fundamental para correta
análise da realidade, considerando seu movimento em sua complexa totalidade, historicamente
determinada e daí tomar as decisões e posições, aquelas que mais favorecerão as
nossas posições e, enfraquecerão ou fragilizarão as do inimigo
de classe e seus aliados.
Talvez esse fenômeno seja ainda reflexo ou eco
da derrocada soviética e de um balanço ainda não totalmente apurado e
enfrentado da derrota histórica do movimento operário internacional e da
consequente abertura de espaço para o fortalecimento da ideologia do inimigo de
classe.
Quando a OTAN, representante de 28
Estados "democráticos", lançou toneladas de bombas sobre a
antiga Iugoslávia nos Bálcãs, ficou patente e exposta a crise da
esquerda com os valores marxistas/leninistas.
Muita gente boa e
organizações caíram na cantilena americana da "responsabilidade
de proteger", da "campanha humanitária" e na campanha de
"criminalização do inimigo atacado"e, ainda na
"ingenuidade" do "fogo amigo" .
O imperialismo, através da
OTAN, com o apoio incondicional da UE, conseguiu, depois de massacrar,
assassinar e derramar muito sangue, fragmentar o Estado em diversos e pequenos
cinturões étnicos, dos quais consegue , com
muita facilidade, extrair riquezas naturais e explorar a mais
valia: Servia, Montenegro, Kosovo,
Eslovena, Macedônia, Croácia, Bósnia e Herzegovina.
Durante muito tempo depois, velhos militantes iugoslavos denunciavam
exaustivamente que organismos dos direitos humanos e ONGs
especializada em democracia haviam proliferado no país, algum tempo antes dos
acontecimentos, para nutrir a ideologia pró- imperialista e arregimentar
grupos mercenários e esquadrões da morte que fomentavam as provocações entre as
etnias, que até então, sempre viveram juntas e sem problemas.
Poucas
organizações da esquerda lhes davam ouvidos, seja na Europa, ou América
Latina. Muita gente boa entorpecida com o fim da URSS e outras gentes
felizes pela "democracia" ter voltado aos países
socialistas, como a Iugoslávia.
Talvez
tenha sido este o primeiro grande teste para aferir os valores
internacionalistas de solidariedade proletária que tínhamos conseguido,
ou não, manter e assegurar dos destroços. Por óbvio, os sinais de mudança e crise estavam no horizonte das diversas
tradições da esquerda, mas apesar deste ser um tema apaixonante para o debate,
este não é o tema desse texto.
Seu objetivo
é muito mais simples, queremos contribuir para por fim à forma
hipócrita que estamos lidando com esses visíveis e lamentáveis
sinais de retrocesso e deformação.
Não podemos mais tratar posições
políticas alinhadas com o imperialismo como diferenças táticas,
quando são problemas estratégicos e de princípios; queremos enfatizar e
denunciar que a crise com os valores marxistas/leninistas de certos
setores da esquerda mundial está tomando proporções assustadoras e criminosas,
que afetam a correlação de forças na luta de classe, na medida que manipula um
setor importante da vanguarda e da juventude com suas posições contaminadas
pelo inimigo, e afetam, sobremaneira, a prática da solidariedade
internacionalista à luta dos povos oprimidos contra o capital e o imperialismo.
Em particular, afeta, no Oriente, sobretudo, à luta pela Palestina Livre.
No Brasil,
a ocupação do Iraque motivou a última história de unidade na luta
internacionalista das diversas organizações de esquerda, que se perfilaram
contra a invasão do Iraque e pela soberania de seu povo.
Nesta invasão militar,
os EUA colocaram em movimento sua tradicional campanha de "criminalização
do inimigo atacado" , a "campanha humanitária" e a sua "responsabilidade
de proteger", mas, em que pese a reação da esquerda, ter sido débil ,
fraca e pontual, longe de expressar a tradição bolchevique, é
inegável e positivo que foi uma reação contrária às campanhas
imperialistas/sionistas.
Nestes 10
anos de ocupação, os norte americanos utilizaram bombas
de nêutrons empobrecido, última variante da bomba atômica;
assassinaram mais de 1 milhão de iraquianos; ainda derramaram duas bombas
nucleares: uma em Faluja e outra em Bora Bora, no Afeganistão.
No entanto,
grande parte da esquerda, nestes 10 anos, ignorou a estratégia geopolítica e
militar americana, ignorou , da mesma forma, a resistência debilmente armada
que Faluja sustentou durante muito tempo.
Pouco se importou com a estratégia
dos exércitos mercenários, ou com as bombas de nêutrons, ou com
as corporações privadas paramilitares sionistas que implantavam a
"democracia" no Iraque. Claro, houve textos em sítios e artigos
em jornais , como há missas aos domingos.
A esse
comportamento frouxo, com relação a solidariedade internacionalista,
adicionamos as aberrações nas análises políticas dos mais variados
matizes: reducionismos primários, teorias economicistas e liberais
"pós-modernos"; unidades inusitadas, por exemplo com as ONGs,
em particular de Direitos Humanos e pró-democracia; uma aproximação fervorosa
com a ideia da democracia como valor universal, o foco nas questões
imediatas e de grupos específicos, tendencias às lutas fragmentadas com pautas
próprias e as famosas políticas de identidade.
Enquanto
parte das organizações de esquerda se afasta dos valores
internacionalistas de Marx e Lenine, a crise sistêmica do
capitalismo o leva a seguir, com mais vigor, sua estratégia expansionista de
tomar posse das riquezas do planeta.
No Oriente, isso significa expandir sua
ocupação "democrática" para além das fronteiras de Israel, e
dos Emirados Árabes, completar a limpeza étnica da Palestina, manter o domínio
sobre o Egito, onde tem a classe operária mais importante do Mundo Árabe
e aumentar a exploração da mais valia das massas árabes.
Para isso necessita
destruir o bloco de resistência pan-árabe, sustentado pelo trio
Hezbollah, Síria e Irã e , concomitante, fortalecer e se aliar ao que tem
de mais atrasado e pró-sionista, a Irmandade Muçulmana.
A destruição do Estado líbio e o
massacre de seu povo pela OTAN, foi um marco na mudança de paradigmas de
parte da esquerda mundial.
Na
Líbia e na Síria, o papel da Irmandade, aliada privilegiada para esta
estratégia , foi, e ainda é, especialmente militar. Financiada pela Arábia Saudita,
Qatar e com a ajuda técnica da Turquia, a Irmandade construiu um exército de
mercenários, cuja base social é a escória, o lumpesinato e os
fundamentalistas mais atrasados do Islã, recrutados pelo mundo.
Na Líbia, esse
exército de mercenários só conseguiu dar o golpe de Estado, depois que a OTAN
massacrou o país pelo ar.
Com
a ajuda da mídia, ONGs, Organismos Internacionais de Direitos Humanos e certas
organizações , o imperialismo pôs em marcha, primeiro na Líbia e
desde março de 2011, na Síria, uma operação de surfar e manipular os protestos
pacíficos e reais da população destes países, logo no seu início, para em
seguida introduzir armas e mais mercenários e mudar completamente a natureza
e a composição social destas "agendas". Esta não é uma nova
estratégia.
Esquadrões da morte para fomentar violência sectária,
ou destruir organizações insurgentes foram plantados pelos serviços
secretos imperialistas, em diversas ocasiões históricas, por exemplo em El
Salvador, os contra da Nicarágua, os mercenários mujahedeen no
Afeganistão, os paramilitares da Colômbia, e os esquadrões de terror para o
Iraque, só para citar alguns.
A
tragédia na Líbia, chamada criminosamente de "revolução popular" por
setores da esquerda, passado um ano, não tem nada de revolução e de popular: é
o caos e a desgraça para o povo líbio, vítima da barbárie e do
atraso instalado nas ruas pela escória mercenária e pelo governo títere da
Irmandade Muçulmana. A população que se gabava de ter o melhor IDH da região,
voltou a idade do tacape, literalmente.
Para
a Síria, a estratégia foi muito parecida, mas a situação não está exatamente
como o imperialismo/sionismo desejava: A Síria resiste, resiste e resiste! Por
um principal e inequívoco motivo: a unidade e determinação do povo sírio pela
defesa de sua soberania e autodeterminação. O povo sírio luta pelo seu
Estado laico e antimperialista. Essa é a poderosa força que impede a
Síria de ser destruída e voltar, como a Líbia, um século no tempo.
Entretanto, setores da esquerda
resolveram caracterizar os mercenários de revolucionários, ONGs e
Mídias corporativas de fontes de informação do QG da
Comissão Revolucionária e grupos pequenos burgueses das redes
sociais de soviets da revolução. Bom, daí assumir a unidade
militar com o imperialismo em nome da "democracia", não precisa
nem pular, é o passo seguinte e assim tem sido.
Quem está apontando armas para o povo
sírio e praticando atos de terrorismo não é o Exército Árabe da Síria,
são os mercenários, os esquadrões da morte da Irmandade Muçulmana, chamado de
exército livre da Síria (ELS), com quem parcela da esquerda faz unidade e
chama o envio de armas. Eles estão sendo armados pela França, pelos
EUA, Arabia Saudita, Turquia e Israel, e têm o aparelho militar da OTAN ao seu
lado, não necessitam desta "solidariedade".
A vertente de esquerda que comemorou
como vitória a queda da União Soviética, quando deveria ajudar no balanço dos
erros cometidos que levaram a derrota da classe operária mundial; que diz que
Cuba é uma ditadura castrista, por que o sistema democrático cubano é
socialista e dirigido por Fidel, por quem nutrem um ódio sem igual, enfim, essa
esquerda, que na Colômbia rotula a guerrilha das FARCS de
reformista, e na Venezuela faz manifestações em unidade com a direita, se uniu
militarmente ao imperialismo sob a bandeira do fascista Rei Idris e
chamou esse movimento de revolução popular na Líbia.
Essa "esquerda"
fez campanha chamando o envio de armas para os "rebeldes" líbios,
quando nem isso os mercenários bem armados da OTAN precisavam; se pauta
pelas informações de observatórios de Direitos Humanos, pela mídia corporativa
e por ONGs implantadas nos territórios dos países como braços dos serviços de
inteligencia .
Esta parcela da esquerda se uniu aos
"rebeldes" que são assumidamente descritos pelos próprios Estados
agressores, como mercenários ligados a Al Qaeda.
Na Síria, não estão fazendo
diferente, estão juntos com o imperialismo no terreno militar.
O que se passa com esses grupos?
Considerando que muitos deles vêm de uma tradição que se construiu como
alternativa crítica à degeneração da burocracia soviética , essa nova postura é
de se espantar!
A primeira coisa que vem à mente é
que esses grupos foram picados pelo mesmo veneno que historicamente foi a
origem da burocratização soviética e sua posterior derrota para o
capital, ou seja abandonaram de vez os princípios do marxismo revolucionário.
Construíram seus alicerces e suas
identidades tão presos à crítica pontual e à preocupação de
rotular os "inimigos" da própria classe, que se perderam,
ou se cristalizaram no pequeno instante, no alienante momento focado, e não
conseguem se localizar nos movimentos reais, complexos, dinâmicos e históricos,
em tempos de mudanças rápidas e vitórias dos inimigos de classe, da outra
classe.
Em muitos países, esses grupos mal conseguem sustentar um
compromisso de unidade para lutar, com outras correntes e tradições porque,
como alguns grupos religiosos fundamentalistas, só acreditam em suas
almas abençoadas e purificadas, e sustentam, miticamente e metafisicamente, uma
fé de que a revolução nos espera na próxima esquina, logo, para que tanto
energia gasta com a unidade.
Essa forma mecanicista de analisar a
realidade está anos luz do marxismo revolucionário e passa longe
da compreensão da totalidade e da complexidade
dos fenômenos históricos e sociais no contexto da luta de classes.
Não me leve a mal: Essa esquerda cuja
principal base social em todo o mundo é a pequeno burguesia não é, hoje,
exatamente marxista, não porque são pequenos burgueses, mas por que agem e
pensam como tal.
SUPOSTA "MILITANTE" SÍRIA
ELOGIADA EM SITIO DAS
FORÇAS ARMADAS DOS EUA !?
O que pode significar isso?
No Brasil, uma dessas organizações
abriu espaço em seu sítio e nos sindicatos no qual dirige para uma suposta
"rebelde" síria. Uma mulher chamada Sara Al Suri que conta uma
estória redondinha, a mesma que lemos no Globo.
Essa mulher tem um espaço na
mídia que o companheiro Latuf, militante da causa palestina, não
tem; ou mesmo os grupos da comunidade síria identificados com a luta
antimperialista e antisionista em seu país, não tem.
Os movimentos sociais
contra a remoção, as vítimas da violência policial, enfim, nada , nem nenhuma
luta social, do interesse da classe trabalhadora, em nosso país, tem o
poder midiático desta mulher síria.
Ela surge no Brasil pronta e
preparada para dar entrevistas e fazer discursos redondinhos sobre a
importância de apoiarmos os mercenários que querem destruir o Estado laico da
Síria e transformá-lo num domínio do grupo pró sionista
chamado Irmandade Muçulmana.
E , ainda afirma que se a Síria for
destruída e o governo antimperialista cair, isso facilitará a vitória da
Palestina Livre!!!???
Como,
cara pálida, que os aliados do sionismo, uma vez no governo da
Síria, irão manter a ajuda que a Síria dá atualmente aos militantes
palestinos?Afinal, é neste Estado laico, sob o governo de Bashar Al
Assad, apoiado pela esmagadora maioria de seu próprio povo, que as diversas
facções e braços armados das organizações palestinas recebem treinamento
militar e armas para libertar a Palestina da ocupação sionista.
A derrota da
Síria para os EUA e Israel, será a derrota da resistência pan-árabe e da maioria do povo
sírio contra o que há de mais fascista e atrasado no Mundo árabe, expressos no
grupo político da Irmandade Muçulmana.
Por tabela, será a derrota da luta pela
Palestina Livre, que como disse um amigo palestino, militante e simpatizante da
Fatah, "O custo da derrota Síria será o de voltar, no mínimo, 50
anos para trás em nossa luta."
Esta
suposta síria, agente "humanitária e da democracia", omite o fato
que grande parte das forças de resistência palestina estão perfiladas na
unidade ao lado do povo da Síria em defesa da soberania e independência do
Estado sírio e do pan-arabismo, desde o início das tentativas de desestabilizar
o governo e impor , de fora, um golpe de Estado.
A maior prova disso
aconteceu em Yarmouk.
Leia
aqui : http://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2012/12/declaracao-da-fplp-cg-sobre-o-ataque.html
Nas
últimas semanas do ano, em dezembro de 2012, os mercenários armados até os
dentes entraram no Campo-cidade de Yarmouk, cidade/campo
de refugiados palestinos na Síria, desde 1948, com o objetivo de
fazer ali uma carnificina, mas foram surpreendidos pelos
combatentes da FPLP- CG que bravamente entraram em luta mortal, lado a
lado com o Exército Árabe da Síria, para defender o povo e acabar com as intenções
do famigerado e terrorista ELS de fazer do campo uma base contra o Estado
sírio.
O fato grave não é tanto o surgimento
dessa mulher e sua estorinha redondinha isso faz parte da luta de classes, mas
o mais grave é que um grupo de esquerda, no Brasil, não está
somente apoiando politicamente a estratégia imperialista, com esta atitude,
está promovendo a manipulação direta das massas, em unidade de ação com o
imperialismo/sionismo. Não é a VEJA que está levando uma agente
"humanitária" a manipular nosso povo, é um partido de esquerda!
Alguém poderia dizer: Não há exagero
nisso? Pois bem, camaradas, vamos aos fatos
O vídeo/conferência da tal Sara
foi encontrado no sitio das Forças Armadas dos EUA e, imediatamente, após
ter encontrado, militantes postaram a denuncia no Facebook Uma
semana após a denúncia, feita no Brasil, o vídeo foi tirado do ar.
Por sorte,
copiamos algumas fotos do sítio, postadas abaixo, já prevendo que fariam
isto. Imaginem que as Forças Armadas imperialistas iriam querer atrapalhar
o trabalho da agente Sara, sua aliada.
Denúncia e fotos postados no Facebook em
24 de dezembro:
"Ao mesmo tempo em que PRESTA HOMENAGEM ÀS FORÇAS FEMININAS DA IDF
- Exército de Israel- em um vídeo intitulado " Quem não gosta das mulheres
da IDF" o site "Military .com." das FORÇAS ARMADAS DOS EUA,
ELOGIA SARA AL SURI, que se reivindica ativista síria e explica ao site o
que está acontecendo na Síria. Quem quiser conferir veja em :http://www.military.com/
http://www.military.com/video/operations-and-strategy/battles/female-syrian-rebel-talks-conflict/1969156851001/
A primeira foto, tirada do site Millitary.com
(EUA), é de uma soldado judia do exército sionistas. Como era de se
esperar de um sitio das Forças Armadas do imperialismo, este tem
inúmeras matérias onde exaltam a força e determinação do
Exército de Israel e de suas belas soldados. A foto da direita foi
copiada do vídeo da suposta "ativista" síria publicada amplamente na
Internet.
A foto abaixo foi copiada da página
inicial do Military.com (EUA) : A primeira imagem é da Campanha
de recrutamento do Exército dos EUA, logo abaixo vem a chamada do vídeo
da "rebelde" síria.
Aumentamos o tamanho da foto para que
todos vejam o nome do sito indicado pela seta azul.
Na primeira semana do ano, uma semana
após a denúncia ter circulado no facebook o vídeo foi tirado do ar, vejam:
Lamentamos, a página
solicitada não pode ser encontrado. tente uma das seguintes
opções: Utilize a caixa de pesquisa para encontrar o vídeo você está
procurando ou check-out Military.com 's vídeos mais populares e vídeos em destaque . Military.com Entretenimento :
Encontre o mais recente em filmes, jogos e muito mais! Confira os Mapa Entretenimentopara
mais. Military.com Home Page : Confira alguns dos outros recursos em
Military.com Military.com Mapa : Olhando para uma página específica ou
tópico? Experimente o nosso mapa do site.
As denúncias não param por aí:
Canadense
se alista no exército mercenário e diz que serão leais à Israel
Outra
denúncia que desmascara a estratégia dos agentes"humanitários
e democráticos", que se dizem preocupados com o povo sírio e com os
palestinos, foi publicada no insuspeito (sionista) Jornal
israelense Yane news, em novembro de 2012 , onde o jornalista exalta o
perfil de uma mulher síria identificada como
"rebelde" de nome Thabia Qanfani, que vivia no Canadá
e se "juntou" ao mercenário exército livre, fala
abertamente, sem travas na língua, que "Israel vai se beneficiar
de nos apoiar" solicita que "Israel deve nos apoiar
na luta contra Assad"e que"vamos cooperar com o
diabo se ele ajudar nossa causa".
O
Jornal conclui assim: " Qafani diz que os membros da oposição
síria e civis que ela conheceu ""todos dizem a mesma coisa. Nós
não somos inimigos de Israel e não vamos prejudicá-lo, ... podemos vir a ser
mais leais a Israel do que Assad e seus comparsas.""
A
entrevista completa pode ser lida em
http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4318384,00.html
Para
terminar, e confirmando nossas preocupações sobre a gravíssima crise dos
valores marxistas e leninistas de um pequeno setor da esquerda
mundial, reproduzimos abaixo um trecho do discurso de um dirigente da LIT
por ocasião de um ato comemorativo:
"O
final do ato ficou por conta de Angel Luís Parras, o Cabeças, da direção do
Corriente Roja da Espanha e da LIT. "A situação atual é muito
complicada, mas muito apaixonante", afirmou."Temos assistido a
explosão das revoluções do Norte da África e Oriente, fruto da crise econômica
e ascenso popular, mas também fruto dessa mudança que foi o fim do aparato
estalinista. Submetidos à miséria e à ditadura, os povos irromperam o cenário
político", citando a crise na Europa e as revoluções do Norte da África.
Cabeças
atacou a posição de grande parte da esquerda e do castro-chavismo, de apoio ao
ditador Assad na Síria."
Esse
trecho do discurso é esclarecedor , em todos os sentido: A caracterização de
que na Líbia (África) houve explosões revolucionárias e sua origem é a
crise econômica, ascenso popular e claro, o fim dos "stalinistas".
Na
Líbia, em primeiro lugar, não havia crise econômica, em segundo,
não houve nenhuma manifestação ou processo de organização de manifestações de
massa, ou da classe trabalhadora e, em terceiro, não havia nem
organizações stalinistas, nem partidos comunistas desde o início da era Kadafi,
mas ONGs , muitas, e redes sociais dirigidas desde o exterior.
Além disso, o
dirigente da LIT esqueceu de falar em seu discurso, a única explosão
sentida pelo povo líbio não foi a revolução, e sim a explosão de
toneladas de bombas da OTAN , massacrando as conquistas do povo e o próprio
povo líbio (mais de 50 mil mortos).
Em seu afã de provar que havia uma
revolução onde, na verdade, acontecia uma contra revolução, esqueceu
também de contar que grupos de mercenários estupraram todas as mulheres que
viam pela frente. Devo dizer , que este foi um insignificante
esquecimento na lógica desses grupos.
O
dirigente faz uso dos famosos e já rotineiros rótulos do tipo:
stalinistas, castro-chavistas, ditador Assad, sempre muito
utilizados pelos que reduzem e desejam descartar a discussão, por
que desqualifica de imediato uma opinião contrária, ou um debate franco para se
chegar à compreensão dos processos ricos e complexos da realidade,
não para nos gabarmos em discursos estéreis da academia, e
sim para melhor intervir na realidade, afim de transformá-la.
Entretanto, neste caso, lamentavelmente, o mais importante é a disputa dos
aparatos e a superfície das análises e discussões.
Quero
terminar essa contribuição ao debate sobre a crise política e moral
refletida na prática do internacionalismo proletário de parte da esquerda
mundial reproduzindo o final do discurso do dirigente da LIT, onde afirma a
unidade com o imperialismo e expõe uma tentativa grotesca de falsear a história
com comparações escandalosamente inapropriadas historicamente:
"Dizem que há uma unidade de ação entre os rebeldes e o
imperialismo. Mas claro que houve. A mesma unidade de ação que houve no
desembarque dos aliados na Normandia e os partisanos contra Mussolini".
"Neste
ato, queremos enviar uma saudação a nossos detratores: sigam convocando atos em
defesa de Assad, pois a LIT continuará na resistência" provocou
Cabeças. (texto completo pode ser encontrado
no sítio dessa organização internacional)
Afirmam
que continuarão na "resistência", leia-se: continuarão mantendo
a unidade com o imperialismo contra o povo sírio, contra as massas
árabes e o pan-arabismo, contra o bloco antimperialista e contra a Palestina
Livre! Tudo, claro em, nome dos valores democráticos burgueses.
Por
sorte, uma parcela significativa da esquerda mundial, a mesma que está
comprometida em fazer o balanço dos muitos erros cometidos pelos soviéticos, e
os próprios, em seus países de origem, está tentando a duras penas manter
o timão apontado para o marxismo-leninismo.
De
nossa parte , vamos insistir na análise marxista da realidade, vamos
insistir na posiçãoque nos dê a chance de alterar a realidade para ficar a
nosso favor, a favor dos trabalhadores, nunca contra e nunca em
unidade com o inimigo!
Viva
o povo da Líbia que resiste contra a barbárie prometida!
Viva
a unidade do povo sírio , sua autodeterminação e soberania do Estado laico!
Viva
a Palestina Livre!
Viva
a unidade e a luta pan-arábica contra o imperialismo, o sionismo, a OTAN,
a UE !
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