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domingo, 15 de novembro de 2015

ELIO GASPARI, IMPERDÍVEL: "LULA E SUA TEORIA DO RETROCESSO POLÍTICO".


Algumas vezes é oportuno que alguns jornalistas em seus momentos de inspiração coloquem as palavras exatas, no momento exato, tudo aquilo que vemos, mas que por um lapso não conseguimos traduzir na escrita diária mesmo que em poucas palavras. Enfim, abaixo o trecho que transcrevo do blogue Náufrago da Utopia do também jornalista Celso Lungaretti...

Texto de Elio Gaspari
Lula disse na Colômbia que sente "um cheiro de retrocesso político na América Latina e na América do Sul" e pediu à plateia que não acreditasse "nas bobagens da imprensa". Nosso Guia tinha ao seu lado o ex-presidente do Uruguai, José Mujica.

Falta explicar o que Lula considera "bobagens da imprensa".

Certamente não são as notícias sobre a honorabilidade de Pepe Mujica, um ex-guerrilheiro que presidiu seu país de 2010 até março passado e elegeu seu sucessor.

Ele não teve mensalón, nem petrolón. Continuou morando na mesma casa, com o mesmo carro e a mesma cachorra Manuela. Ao assumir, anunciou que doaria 70% de seu salário para a construção de casas para os pobres. Segundo a Transparência Internacional, o Uruguai, junto com o Chile, têm os menores índices de corrupção da América Latina.
Lula: alarmismo olfativo.

Talvez Lula esteja falando das "bobagens da imprensa" em relação à Argentina, que vai eleger seu novo presidente no dia 22.

Lá, 14 anos de domínio do casal Nestor e Cristina Kirchner levaram a economia para o buraco e a família da presidente para a fortuna. O país tornou-se conhecido pelos escândalos envolvendo as relações do governo e seus amigos com empreiteiros, petrogatunose exportadores.

Uma banda da esquerda latino-americana acumula duas marcas sinistras. Tem a mais longeva das ditaduras em Cuba e os dois países mais corruptos do continente: a Venezuela narcobolivariana, seguida pela Nicarágua sandinista da família Ortega. A Bolívia, Equador e Argentina têm índices de corrupção piores que o Brasil.

O que há por aí não é um cheiro de retrocesso político, mas a verificação de que existem países assolados pela corrupção e têm governos que se dizem de esquerda. O Chile e o Uruguai estão na outra ponta.
Mujica: entrou e saiu do poder com reputação ilibada.

Bolivarianos, sandinistas e petistas chegaram ao poder com a bandeira da moralidade. O que há no ar não é um cheiro de retrocesso político, mas de repúdio aos pixulecos.

Roubalheira não tem ideologia. O general Augusto Pinochet tinha o apoio de grande parte da população chilena enquanto torturava e matava opositores. Quando se descobriu que ele e sua família tinham US$ 15 milhões em 125 contas secretas, a direita chilena jogou sua memória no mar.

Quando o filho da presidente chilena Michelle Bachelet foi apanhado em traficâncias, ela demitiu-o e disse que enfrentava "momentos difíceis e dolorosos como mãe e presidente". Não culpou a elite nem viu conspiração, muito menos "retrocesso político". Viu apenas realidade: seu filho metera-se numa roubalheira.

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